A chegada da carta

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Mellody POV's On

Meu nome é Mellody Christie, moro em Kent e tenho 17 anos. Outras pessoas terão histórias fascinantes para contar sobre suas vidas, mas eu não. Sinto que, se fosse contar minha história, eu daria mais importância aos outros do que a mim mesma.

Era mais um dia comum para mim. Eu estava em meu ateliê improvisado no fundo da floricultura dos meus pais quando um homem vestindo roupas finas entrou na floricultura. Novamente abandonei meu posto no ateliê e fui atende-lo.

-Illéa Flores e Cia, no que posso servi-lo?

O homem, com seus trinta anos me olhou de cima abaixo antes de responder.

-Mil perdões, fui informado que a Mel's era aqui...

Não pude acreditar em meus ouvidos, eu tinha um novo cliente.

-Ah! - disse-lhe - é aqui sim. Eu sou Mellody... Meu ateliê é mais ao fundo, entre! - disse convidativa.

Ele riu.

-Não será necessário minha jovem. Vim lhe trazer um formulário do palácio.

Oh my Good. O palácio! Perai! O palácio? Eu devia estar esquecendo de algo... O que tinha importante esse ano?

Com um susto me lembrei! A Seleção!

-Ah...- comecei, sem graça - que formulário?

Ele pareceu estupefato.

-O da Seleção! Com quem posso deixá-lo?

Suspirei.

-Comigo.. - disse. E ele me entregou o formulário e passou para a próxima casa.

*** *** ***

A carta estava no centro da mesa. Lá estávamos eu, meu pai, minha mãe e meu irmão mais novo. Todos encarando o formulário e a mim. Sem dizer uma palavra. Depois de quase 15 minutos minha mãe quebrou o silêncio.
Mellody POV's off /Audrey POv's On

Meu nome é Audrey Lee, tenho 18 anos, moro na província de Waverly e sou escritora.

Era um sábado nublado e eu estava tentando convencer minha irmã a sair comigo.

- Vamos, Alice, já fazem 15 dias que você não saí para tomar um sol! - gritei puxando ela.

- Não grite com sua irmã, Audrey! - meu pai disse invadindo a sala.

- Até quando ela vai ficar assim? - perguntei olhando nos olhos dele - Alice, me escuta! - chaqualhei ela - Mamãe está morta! - senti uma lágrima escorrer - mas eu ainda estou aqui, e eu te amo! - falei chorando.

A campainha tocou e Alice continou ali, olhando pela janela.

Desde que haviam encontrado o corpo da minha mãe, desaparecida dois anos atrás minha irmã gêmea parecia ter se congelado em um mundo só dela.

- Não vai atender? - perguntei ao meu pai.

- Estou ocupado - Josh disse voltando a mesa onde corrigia algo dos alunos.

Me levantei e fui até a porta abrindo ela e forçando um sorriso.

- Posso ajudar?

Olhei um pouco a baixo avistando um homem de meia idade. Ele tinha cabelos escuros, olhos claros e trajava roupas finas.

- Aqui é a casa dos Moore Lee? - ele perguntou.

- Só Lee, na verdade - falei baixinho - em que posso ajudar o senhor? - repeti.

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