Assassinato

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Olá, as histórias que deixo aqui foram escritas durante um desafio de escrita, caso vc esteja procurando por um, pode utilizar os prompts desse, que vou deixar sempre no começo das histórias. Comentem o que acharam, se gostaram, se têm sugestões, o que quiserem.

Prompt: um assassinato.
Foto pega no freepik
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A risada doce da jovem mulher ainda era ouvida enquanto ela se levantava do sofá onde estava sentada com um homem rico de meia idade que tinha abordado no bar do hotel. Ela caminhou até a mesa com as bebidas dizendo:

- Ah Pietro, você é tão engraçado.

- O homem riu, encantado com a mulher a sua frente, quem diria que encontraria uma contrabandista em seu hotel?

- Mas é verdade, isso aconteceu mesmo, estou te dizendo. - Afirmou, ainda sorrindo.

- Então, máfia italiana, deve ser perigo. - comentou ela em um tom baixo, enquanto misturava bebidas para um novo drink.

- Ah é, com certeza, mas é irritante às vezes também. - Reclamou, suspirando cansado.

- Por quê? Posso saber? - Questionou ela, parando o que fazia e virando-se para ele.

- Eu tenho que seguir ordens de um moleque, só porque ele é o chefe da família principal, ele não tem nem trinta anos e acha que sabe de alguma coisa. - Resmungou, passando uma das mãos pelos cabelos.

- É mesmo? Deve ser horrível. - Murmurou, voltando às bebidas.

- É, mas eu já estou resolvendo isso. - Falou ele mais calmo.

A mulher parou por um segundo o que estava fazendo e sorriu sem que o homem pudesse ver. Sentindo-se confiante, Pietro continuou falando sobre seus planos.

- Ele não perde por esperar, o assassino de estimação dele não me assusta. Ah, ele vai ver só, eu vou acabar com ele. - Afirmou ele enquanto sorria.

-Assassino de estimação? - Perguntou ela, com uma sobrancelha levantada.

- Sim, um tal de Caim, eu acho que é só uma lenda, nenhum homem pode ser tão bom assim. - Ponderou ele com o peito estufado.

- Ah Pietro - disse ela enquanto levava uma mão discretamente à fenda em seu longo vestido, pegando sua glock 43 com silenciador, presa em sua coxa - você tem total razão - continuou enquanto levava sua outra mão à peruca chanel de cabelos pretos que usava. - Nenhum homem é tão bom assim. - Terminou ela, jogando a peruca para o lado e virando-se para o pobre homem que ainda sorria no sofá.

Pietro olhava para a mulher em sua frente com o cenho franzido, mas ainda com um sorriso no rosto pensando, o que será que ela está tramando? Pobre homem tolo.

- É por isso que eu sou uma mulher. - Sentenciou ela, com o rosto inclinado e um olhar inocente, enquanto olhava para o mafioso.

- Ah que gracinha, é uma arma de brinquedo? - Questionou ele rindo, achando que era uma brincadeira.

A assassina revirou os olhos e respirou fundo, voltando a olhar para o homem com um olhar irônico, dizendo:

- Bom, por que não descobrimos?

E então ela atirou no sofá, ao lado da cabeça de Pietro, que o olhou chocado. Ah, pensou ela, ele finalmente entendeu.

- E então querido, - disse enquanto se aproximava dele lentamente - como quer que eu faça o serviço, a glock ou aquela faca em cima da mesa? - continuou, apontando para a mesa - Sabe eu até poderia usar veneno, mas aí ficaria na cara que sou mulher e parte do meu sucesso depende de homens como você, que acham que eu sou só um rostinho bonito. - Terminou ela, sorrindo docemente.

-Eu… - Pietro tremia enquanto tentava se mexer - eu te pago o dobro que o Raffaello… ou o triplo, você escolhe.

A jovem revirou os olhos, suspirando entediada, já estava cansado do mafioso.

- Raffaello me deu muito mais do que dinheiro querido, você não entenderia. - Afirmou ela, apontando a arma bem no centro da testa do homem. - Sua últimas palavras?

- Não, por favor não. - Implorou ele, em voz baixa enquanto juntava as mãos para orar.

O rosto da mulher se revirou em nojo e tédio, ele estava orando? Sério mesmo? Sem mais um pingo de paciência ela apertou o gatilho, tirando a vida do pobre Pietro.

Ela guardou a arma no coldre em sua coxa, trocou o belo vestido de festa por um uniforme de arrumadeira do hotel, prendeu os longos cabelos claros em um coque e desceu pela sacada um andar, entrando em um quarto fazia onde tinha um carrinho com produtos de limpeza, que ela pegou e empurrou até a porta, saindo tranquilamente pelo corredor.

Já fora do hotel, ela pegou seu celular descartável, discou o conhecido número e sorriu quando foi atendida.

-Trabalho feito. Quer comemorar? Um vinho? Um cházinho? Ah já sei, sorvete? - Disse ela rapidamente, enquanto gesticulava com as mãos.
- Mia! Só venha para a casa agora. - Exclamou ele, desligando em seguida.

A jovem jogou o celular fora e sussurrou enquanto andava pela rua:

- Sim senhor.

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