Capítulo cinco

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Capítulo cinco

No domingo pós-foda com Romeo eu sorria satisfeita com a minha mais nova loucura e apesar de ter sido perfeito, como ele mesmo tinha descrito, teria que ser só daquela vez, pois além de ser meu cliente ele era amigo do Mateus e seria muita proximidade. Eu não gostava de proximidades e não estava com vontade de começar a gostar.

Tínhamos nos despedido no quarto mesmo, onde o deixei deitado na cama e me olhando ao mesmo tempo em que eu me vestia. Quando eu já estava pronta para sair Romeo me perguntou:

— Quando vamos repetir?

Sorri.

— Acho melhor ficarmos apenas com essa vez.

— Foi tão ruim assim?

— Foi ótimo — respondi rápido demais.

— Então por que não novamente?

— Comigo raramente tem o novamente. Sou livre. — Pisquei um olho para ele e fiquei séria para falar: — E profissionalmente falando, isso nem devia ter acontecido, aliás, tínhamos combinado de fingir que nunca aconteceu.

— Tem razão. Não vou me lembrar que essa foi uma foda daquelas que ficam na memória. — Apesar do pouco contato, notei que Romeo não era de rir à toa, mas ao dizer aquela frase percebi um quase sorriso em seus lábios, além de usar um tom sério e sexy em meio a uma voz forte que quase me fizeram voltar para aquela cama.

— Não é para ficar — respondi com a sobrancelha arqueada.

Ele só usava sua cueca preta e com um sorriso malicioso no rosto, disse com os braços para cima e atrás da cabeça, evidenciando seus músculos:

— Palavra de honra. Nem me lembro do que aconteceu aqui. — Assenti, sorrindo e terminei de me arrumar.

Depois de vestida e mais uma olhada no homão que me observava, saí do quarto satisfeita sem olhar para trás.

Deitada na minha cama, relembrei cada pedacinho da noite surpreendente com Romeo e ao reviver a sensação incrível daquela noite, um arrepio percorreu meu corpo e pensei: por que não de novo? Mas em resposta aos meus pensamentos maliciosos imediatamente balancei a cabeça para me controlar e me corrigi falando alto para mim mesma:

— Sheila o sexo foi ótimo, mas melhor é a liberdade que você sempre teve de apenas desfrutar o lado bom dos homens.

Decidi levantar, mas acordei ainda mais cansada do que quando fui dormir, minhas pernas doíam, talvez por ter quicado tanto durante a madrugada e ao sentir a dor, sorri.

Era a dor que eu gostava de ter.

Ainda sentia o cheiro da luxúria em meu corpo e apesar de morta de cansaço, estava com o corpo saciado pelo sexo incrível que tivemos. Meu corpo queria repetir, mas a minha mente preferia a liberdade.

Mateus e Liara haviam me ligado e insistido que eu fosse passar o domingo com eles, já que meu cunhado me devia umas cervejas por ter aceitado o caso do Romeo tão de repente, mas eu estava um caco e decidi não ir e descansar.

A segunda-feira chegou e passei uma semana de correria no escritório, onde mal tive tempo de respirar, saí cedo e cheguei tarde em casa, rezando para que o final de semana chegasse logo e pudesse extravasar o cansaço nas minhas noitadas proibidas e assim sumisse com toda a tensão que acumulava no trabalho.

Não tinha mais falado pessoalmente com Romeo, apenas por ligação, rapidamente e profissionalmente sobre o seu caso, que infelizmente ainda tinham alguns detalhes para resolver.

Degustação Seu efeito sobre mimOnde histórias criam vida. Descubra agora