"Mas agora é sério, eu preciso ir pra casa mesmo. Você me ajuda a achar o Gil? Aquele menino não é nada sem mim." Riu Lia esbanjando sua típica marra."Ah então quer dizer que você continua com a mesma marra de sempre? Muito metida ein Lia!" Zombou Adriano abrindo um grande sorriso.
"E você parece não ter mudado nada também. O mesmo implicante que sempre foi." Retribuiu dando-lhe a língua. Alguns hábitos antigos eles preferiam não perder.
Lia saiu andando na frente, Dinho a acompanhou logo atrás. O menino não tinha muito interesse em encontrar Gil, precisava admitir. Conversar com Lia foi como um respiro de normalidade, por alguns minutos pareceu estar tudo bem. Talvez ele nunca mais a encontrasse, talvez nunca mais fosse se sentir tão calmo.
"Aha! Olha lá o Gil!" Celebrou a menina de cabelo azul. "Pelo que parece entornou algumas cervejinhas."
"Você vai deixar ele em casa?"
"Como assim Dinho? Eu bebi também." Riu a ex loira. "A gente vai é pegar um ônibus, é que ele ta morando comigo." Pontuou. "Não só ele ne, aquele apartamento é tipo casa da mãe Joana, sempre cabe mais um. Banda toda mora junta."
"E você não vai chamar o resto?" O aventureiro se agarrava a qualquer oportunidade de alongar o momento.
"Não, eles se ajeitam. Provavelmente vão querer ficar mais. Enfim, vou lá chamar ele e vou vazar."
"É, acho que vou vazar também. Você ta morando em Botafogo?"
"Claro que não ne Dinho, sonhou. To morando em Vila Isabel."
"Ah, então perfeito. Vou me juntar com vocês, que eu vou pra Tijuca. Apartamento do senhor Mário Costa. O ônibus que vocês pegam passa?"
"Passa sim!"
Os dois andaram até Gil, que sentava em um sofá no canto do bar levando uma cerveja a boca. Carregava um cigarro na ponta do dedo. Um dos hábitos que adquiriu fazia pouco.
"Você quer um cigarro, Lia?"
"Não era você que falava que eu não podia fumar?"
"Um não faz mal!"
"Ta, me da isso logo Gil." A menina aceitou. Fazia esforço para ficar longe de cigarros, mas vez ou outra fumava. Foi-se o tempo que Lia os consumia freneticamente, felizmente deu fim ao hábito antes que ele se tornasse insustentável. "Mas bora pra casa, a gente trabalha amanhã."
"Nossa, eu tenho duas aulas pra dar inclusive." Lembrou-se Gil. "Bora lá antes que a gente perca o ônibus." Concluiu levantando do sofá que se sentava.
Dirigiram-se para for do bar, Lia e Gil guiavam o caminho, que Dinho seguia sem questionar. 'O Dinho vai com a gente?' O grafiteiro sussurrava com a melhor amiga. 'Vai pegar o mesmo ônibus só' Foi a reposta de Lia, em tom tão baixo quanto o do amigo.
O ônibus provavelmente ainda demoraria vinte minutos pra chegar, aquela linha não passava com tanta frequência. Dinho perguntou sobre as aulas de Gil, que respondeu ser professor particular de violão, ensinava algumas crianças.
"Você ta aqui no Rio há muito tempo, Dinho? Ou veio só pro nascimento do filho do Orelha?"
"Eu vim de férias. Na verdade o Orelha nem sabe que eu to aqui." Explicou Adriano. "Enfim, papo complexo!" Riu. "O som de vocês foi irado!"
"Que bom que você curtiu!"
A viagem para casa foi silenciosa. Os três ocuparam os bancos de trás do ônibus. Dinho desceu algumas paradas antes de Lia e Gil.
"Lia, me passa o seu contato? Quem sabe eu não vou ver os próximos shows de vocês?" Precisava arriscar. Se queria manter contato com sua marrentinha, era melhor que lutasse por isso. Anotou o telefone e saltou pouco depois.
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Hm, uma micharia de capítulo! Essa parte é chatinha! Eu não tava muito querendo escrever.... fiz ai o que foi possível! Vou tentar fazer uma atualização mais legalzinha hoje ainda, mas isso vai depender da minha capacidade criativa!
Quem ta lendo me diz o que ta achando! Comentários são sempre bem vindos, e sugestões também!
É isso gays, até mai!
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tudo que vivemos - lia e dinho
Romanceos 23 anos carregam muitas incertezas. mas no meio de tantos desencontros, dois rostos familiares se reconhecem. ficzinha de lidinho pq eu serei eternamente viúva desse casal da malhação de 2012. não sei se vamos ter muito ibope por aqui, mas não t...