71 - Ela é muito forte

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(Pov finn)
20:00

Ficamos horas ali esperando alguma notícia da Millie mas infelizmente não recebemos nada, eu estava surtando internamente, eu só queria poder ver ela, saber como ela está.

Boa noite -- um doutor diz entrando no quarto -- vim dar uma olhadinha nos pequenos.

Como a Millie tá? -- pergunto me levantando.

Me desculpe mas eu não estou cuidando do caso dela, mas eu posso falar com o doutor que está com o caso dela pra vocês -- ele diz e eu assinto.

Eu quelo ir embora -- Alice diz me olhando -- pufavo papai.

Vocês vão poder ir pra casa -- o doutor diz examinando a Alice -- como você está? Ta com dor em algum lugar?

Naum -- ela diz fazendo bico.

E como o garotão está? -- o doutor diz indo até a Sadie.

Ele tá bem -- Sadie diz olhando para o Miguel no seu colo.

As crianças já estão liberadas -- o doutor diz me olhando -- podem ir para casa.

Mas e a Millie? -- pergunto o olhando.

Acredito que ela ainda não pode sair daqui -- ele diz e eu respiro fundo.

Tudo bem, obrigado -- digo a ele.

Eu só queria saber como ela está -- Lilia diz bufando.

Todos nós -- Sadie diz a olhando.

Vamos levar essas crianças pra casa -- digo e pego a Alice no colo.

Só assine aqui por favor -- o doutor diz me entregando um papel.

Depois de assinar o papel, saímos do quarto e fomos para a recepção.

E a Millie? -- Noah pergunta se levantando assim que nos vê.

Ela ainda não pode sair -- digo e ele me olha com os olhos cheios de lágrimas.

Vamos pra casa, as crianças estão cansadas -- Sadie diz e caminha até a saída.

Caminho atrás de todos até o carro, decidimos ir todos no mesmo carro para não ter que pagar um táxi.

Entrei no banco de trás com a Alice no meu colo, Sadie foi do meu lado com o Miguel no colo.

Por quê a mamãe não pode ir com a gente? -- Alice pergunta me olhando.

Ela tem que ficar aqui para o doutor cuidar dela -- digo e ela deita no meu peito.

Assim que chegamos em casa, levei a Alice para o quarto dela e lhe dei um banho, vesti o pijama nela, dei uma mamadeira pra ela e a fiz dormir.

Fui para o quarto do Miguel e vi a Sadie e a Lilia trocando ele. Me aproximei delas e elas me encaravam sérias.

Olha, eu sei que eu errei muito feio mas eu nunca quis que isso tivesse acontecido -- digo e respiro fundo -- eu gosto muito de vocês e peço que me perdoem.

Eu te perdoo -- Sadie diz me olhando -- mas ainda to com raiva.

Eu também -- Lilia diz séria.

Me desculpem mesmo -- digo com os olhos cheios de lágrimas.

Tudo bem, já foi, não tem mais como mudar o que aconteceu -- Lilia diz e eu assinto.

Eu vou fazer a mamadeira dele -- digo e saio do quarto.

Desço as escadas e caminho até a cozinha, faço a mamadeira do Miguel e volto para o quarto dele.

Obrigado por cuidarem dele -- digo para as meninas.

Elas assentem com a cabeça e saem do quarto, pego o Miguel no colo e dou a mamadeira para ele. Assim que ele terminou de mamar, fiz ele arrotar e coloquei ele para dormir.

Fui para o meu quarto e tomei um banho rápido, peguei o meu celular e pedi um uber, fui para a sala e me sentei no sofá.

Onde você vai? -- Sadie pergunta me olhando.

Eu vou voltar para o hospital -- digo a ela -- não quero deixar ela sozinha de novo.

Eu vou com você então -- Noah diz e eu nego.

Eu quero que fiquem aqui cuidando da Alice e do Miguel -- digo respirando fundo -- se eu tiver alguma notícia eu ligo.

Fiquei alguns minutos esperando até o uber chegar, saí de casa e entrei no carro.

Chegando no hospital perguntei sobre a Millie mas disseram que ela ainda não podia receber visitas então me levaram para uma sala de espera.

Peguei um copo de água e me sentei em um dos sofás, mandei uma mensagem para o Noah falando que ela ainda não podia receber visitas.

[...] 23:30

Já estava quase dormindo no sofá, eu preciso saber como ela está ou eu vou ficar louco aqui. Levantei do sofá e peguei um copo de café pra ver se eu despertava desse sono.

Finn Wolfhard? -- uma enfermeira pergunta me olhando.

Sim -- digo a ela.

Me acompanhe por favor -- ela diz e eu a sigo.

Caminho atrás dela pelos corredores até que paramos na frente de um dos quartos.

Doutor Baker -- um médico diz me cumprimentando.

Finn Wolfhard -- digo apertando a mão dele.

Vamos entrar e eu irei te explicar o caso dela -- ele diz e eu assinto.

Assim que ele abre a porta, vejo a Millie deitada na maca cheia de tubos pelo corpo, seu rosto tinha alguns cortes e ela ainda não estava acordada.

Millie... -- digo e me aproximo dela -- como ela tá?

Pode não parecer mas ela está ótpela gravidade do acidente -- ele diz e eu o encaro -- eu não acredito em milagres mas esse caso foi um.

Como assim? -- pergunto sem entender.

O carro foi atingido por um caminhão bem na parte do motorista, não teria como ela sobreviver a uma pancada tão forte -- ele diz me olhando -- mas ela está aqui, viva.

Ela é muito forte. -- digo passando a mão nos cabelos dela -- Mas por que ela não está acordada?

Devido a pancada e aos remédios que demos para ela, talvez ela ainda demore mais algumas horas para acordar -- ele diz e eu assinto.

Mas ela está bem então? -- pergunto a ele.

Ela teve alguns hematomas pelo corpo e fraturou a perna esquerda, mas como eu disse, isso não é nada para a gravidade do acidente que ela sofreu -- ele diz e eu respiro fundo -- não tinha como ela sobreviver, nem as crianças.

Foi mesmo um milagre -- digo sem conseguir conter as lágrimas.

Bom, eu vou deixar vocês a sós -- ele diz e saí do quarto.

Me perdoa -- digo passando a mão nos cabelos dela -- eu nunca quis que isso tivesse acontecido -- digo e deixo um beijo na testa dela.

Me sento no sofá ao lado da maca e mando mensagem para o pessoal explicando tudo.

O intercâmbioOnde histórias criam vida. Descubra agora