Logo quando saí da cabana dei de cara com a cena mais aterrorizante que vi em toda minha vida; lá estava Lennel, na beira do precipício , ao lado dele uma figura de preto, pela silhueta parecia ser uma mulher. A chuva começou a cair cada vez mais forte.Chamei por Lennel enquanto corria em sua direção, eu o gritava cada vez mais, mas ele não parava, ele continuava indo em direção à beira. Até que ele chegou ao limite, ele ia pular.
—LENNEL! PARE! OQUE ESTÁ FAZENDO? VOCÊ VAI CAIR!
Ele se virou para mim ainda na beira no precipício, ele parecia em algum tipo de transe.
—LENNEL! ME OUÇA! VOCÊ ESTÁ ME ASSUSTANDO, PARA COM ISSO POR FAVOR.
Eu já estava em desespero, minha visão já estava embaçada com as lágrimas. Lennel parecia hipnotizado, ele deu um passo pra trás e estava a um palmo de cair, ele ia pular.
—NÃO! LENNEL!
Por um segundo ele pareceu atordoado e olhou em meus olhos.
—Delilah? Oque...
Ele disse; antes de voltar ao transe e se jogar da colina.
Eu corri o mais rápido possível até a beira e tentei procurar por ele, mas tudo estava cinza, pela chuva e a neblina.
—NÃOO! LENNEL! NÃO!
E tudo estava girando, eu não entendia, porque? Porque ele fez aquilo ? Porque tirar a própria vida?
Foi quando lembrei da figura da mulher de preto que vi ao lado dele; olhei em volta à procurando mas não a vi. Mas isso não importava, eu tinha perdido Lennel, tinha perdido o homem que amava, meu amor, eu estava sozinha agora.
—PORQUE?
Eu gritava ajoelhada na lama ensopada pela chuva, tudo girando, nada fazia sentido.
Acordei no chão da cabana, nem me lembro quando voltei pra lá, eu estava no automático , não podia acreditar no que tinha acontecido. Me lembrei da mulher de preto que vi antes, tentei me recordar das histórias que minha mãe costumava me contar sobre bruxas;com certeza era uma bruxa, Lennel nunca tiraria a própria vida,mas não importa quem fosse, foi responsável pela morte de Lennel, e eu não ia deixar barato, eu iria atrás do culpado, eu estava determinada a vingar a morte de meu amado, eu já não ligava mais pro certo ou pra misericórdia, eu não ligava pra nada, só queria minha vingança, e eu teria, não importava como.Lennel seria vingado.
Me troquei, comi alguma coisa, coloquei o arco e uma mochila com roupas e comida nas costas, alimentei o cavalo e parti; iria até o inferno por Lennel.
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𝙰 𝚙𝚎𝚛𝚜𝚙𝚎𝚌𝚝𝚒𝚟𝚊 𝚍𝚎 𝚞𝚖𝚊 𝚟𝚒𝚕𝚊
RandomDesde o começo de nossas vidas nos ensinam o que é o certo e o que é o errado, o herói e o vilão. Sempre com histórias em que o vilão faz coisas terríveis e o mocinho salva a todos. Mas e se o vilão apenas não teve chance de contar sua história? Sua...