O prêmio

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Notas iniciais

Oi, gente! O Kirishima que ia ser a "mulher do banheiro", afinal, a "bloody (e ainda é vermelho) Mary" faz mais sucesso que a nossa '"loira", mas deixei abrasileirado mesmo.
Boa leitura! ❤️

Kirishima tinha um sério problema. 

Bem, na verdade, ele tinha vários, mas vamos falar só de um. 

O baile de formatura. 

"Ai, que clichê", você deve estar pensando. 

Não, meus irmãos, o problema não estava no baile, baile. Quem liga para o baile? O problema estava no prêmio que o "rei da festa" iria ganhar. 

Rufem os tambores, comam suas unhas, preparem-se para a revelação! 

Aquele que fosse escolhido como o mais bonito, o mais charmoso, o mais galanteador da escola ganharia uma... bicicleta! 

"Nossa, mas que prêmio merda, hein?", opa, será que você pode esperar a explicação? 

A bicicleta não tinha, de fato, nenhum detalhe extravagante. Pendurada no teto da cantina, só não passava despercebida porque era um tanto estranho pendurar algo tão pesado sobre a cabeça de inocentes. Imagina almoçar todo dia com aquele treco ameaçando cair e esmagar seu crânio. Nada legal, mano. 

Aproveitando o absurdo, aquela escola inteira era estranha. Os alunos podiam reclamar que estava saindo sangue das torneiras da pia, nenhum adulto dava a mínima. No máximo diziam que iam verificar. Ok, os adultos não faziam isso de propósito. É que você não conhece o diretor Aizawa. Quando ele diz que vai verificar, acredite, ele vai é dormir. 

E não era invenção, não! Veja bem, no semestre passado, Kirishima tinha certeza que estava andando em círculos. Funcionava assim: toda vez que ele virava em um corredor, percebia que era o mesmo corredor que tinha acabado de sair. Quando olhava para trás, estava no início de novo. Foi um tanto bizarro, e só voltou ao normal quando um aluno jogou uma bola de vôlei pela janela. Crack. Kirishima nunca ficou tão feliz com cacos de vidro. 

Enfim, voltando à bicicleta, todos os alunos tinham receio de sentar nas mesas embaixo dela, visto que a firmeza era questionável. E foi em uma dessas vezes (tô falando de olhar para cima para se certificar que não vai morrer), que Kirishima reparou na etiqueta presa no guidão. 

"R$5.000

Cinco de mil reais?! Cara, desde quando bicicletas são tão caras? E como conseguiram comprar aquilo? O almoço parecia sobras de marmita para presidiários, as lâmpadas velhas piscavam, as portas rangiam, as paredes não viam tinta há séculos! 

Kirishima ficou inspirado. 

Ele ganharia o prêmio do rei do baile, custe o que custar. 

A turnê mundial do seu astro favorito, Crimson Riot, passaria na cidade ao lado. Embora tenha chorado para suas mães, elas foram inflexíveis e disseram que não tinham dinheiro. 

Ou seja, ele tinha que conseguir.

— Mina, o que é necessário para ser o rei do baile? 

Kaminari e Sero se engasgaram com o almoço. Kirishima não estranhou, afinal, hoje serviram vaca atolada, então qualquer vômito ou vontade de morrer era justificável. 

Mina o olhou com uma expressão que podia ser descrita como "afiada". — Por que você quer saber, Kiri? 

Kirishima ficou vermelho. Com suas madeixas pretas caindo até seus ombros, tinha certeza que todos repararam no seu rubor, mas inflou o peito e tentou parecer corajoso. 

O loiro (estressado) do banheiroOnde histórias criam vida. Descubra agora