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Depois daqueles dias incríveis que passei na casa dos Weasley já era hora de volta. Eu e Fred estávamos muito felizes por estar oficialmente namorando. Passei a viagem inteira de volta dormindo no ombro de Fred.
Quando chegamos fomos direto para o refeitório jantar e escutar o que Dumbledore tinha para falar. As corujas chegaram e várias cartas foram derrubadas, até que a minha apareceu, abri rapidamente para saber como foi a viagem dos meus pais.
"Oi filha! Espero que tenha aproveitado o natal na casa dos Weasley! Nossa viagem foi boa, mas temo que teremos que ficar por aqui novamente. Sua tia não está nada bem. Vamos ver o que faremos com você, conversei com a diretora do seu colégio antigo e ela disse que está de braços abertos para você. Desculpa pelo transtorno, mas veja pelo lado bom, você vai voltar com suas antigas amigas! Fique bem, daqui alguns dias iremos te buscar. Beijos, sua mãe"
Meu coração foi pela boca, estava em choque. Eu não queria me mudar novamente. Ter que deixar Fred? Jamais! Eu estava muito bem em Hogwarts, senti umas lágrimas se formarem em meus olhos e sinto escorrerem pela minha bochecha. Saio da mesa correndo e vejo que Fred está em pé, mas não quero falar com ele no momento, tenho que pensar em tudo. Mia vem atrás de mim e começa a chamar pelo meu nome.
- S/n! Para! Me conta o que aconteceu. - diz quando chegamos no salão comunal.
- Eles vão se mudar de novo! E vão me levar junto. - despenco no choro.
- Não vou deixar você sair do meu lado. - ela me abraça. - Calma, as vezes eles só falaram uma ideia, não que seja sério.
- Minha tia não tá bem e minha mãe até falou com a diretora sobre a minha volta. Como eu vou falar isso para Fred? A gente acabou de começar a namorar, não posso fazer isso com ele. - não consigo parar de chorar.
- Ai, Merlim!!! Vocês estão juntos! Sabia! Que lindosss, eu apoio muito vocês. Depois vai me contar cada detalhe. - tenta me animar.
- É, mas tudo isso vai por água a baixo. - abraço ela forte.
- Ô amiga, não fica assim. Ele vai entender, os relacionamentos podem ser a distância mesmo assim. - mesmo com tudo o que ela estava falando eu não conseguia pensar em coisas boas, sabia que ele não ia gostar nada disso. - É... vou pro quarto tá?
Fico confusa e olho para trás, lá estava ele, com o cabelo desajeitado, mas lindo do que nunca. Meu choro já estava controlado e ele senta do meu lado.
- Fred, você não pode ficar aqui. - digo dando um abraço nele.
- Prefiro ser expulso do que deixar você chorando. O que aconteceu? - dou a carta para ele ler. - Não! Isso não pode estar acontecendo.
- Fred, eu não quero ir. - começo a chorar de novo.
- Calma, não chora por favor. Por que você não fica aqui? Pode viver na minha casa, minha família iria adorar e eu também.
- Amor, não é tão simples assim. Eu queria muito, mas dependo dos meus pais para tudo ainda. - ele me dá um beijo na testa e fica abraçado por horas comigo.
- A gente vai resolver isso juntos, mesmo que você vá para lá, temos as cartas para comunicação. - tenta me animar.
Dou um beijo longo nele, não queria que fosse de despedida, mas pelo jeito seria.
