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perdoe a ignorância
dentre as línguas, me prendi
degustando essas ácidas palavras
sabendo da relevância
tornei-me intolerante
a cada passo, marcado na estrada
e após a alvorada
assim ficou marcada
cada estrela
sonhando com te-la

ser real ou
viver uma ilusão?
lamúrias sem noção
correndo por dentre meus sentidos
deixando atordoado
embolado pra ser rasgado
um pequeno pitaco
um, dois, três, quatro
não fuja, está trancado

nós envolta de nós
sufocando sentimentos
pulsa forte e rápido
não temos tempo
tic tac
despeça-se de tudo
a terra não parou e você ficou
pule no chão e caia infinitamente
transtorne, transforme e retorne

redemoinhos me levaram
sombras de um espaço desconhecido
entre tapetes e cobertas
monto o novo,
varro a poeira
espectadores de uma novela sem final
do adianta o sonho
se ele se dissolve entre lágrimas

a prata reluz o brilho do amanhã
e na manhã, nada sei
confundi linhas, papéis, portas e meias
e fiquei em meio a detritos
essa bagunça fugiu do controle
corri também
mas do que adianta
o tempo já acabou.

-all13


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