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entre fragmentos dessas memórias
os espelhos refletem meu passado em momentos doloridos
que partem o resto de sanidade que ainda me sobra
querendo ruir até nada mais restar
cheiro de medo no ar

os cacos de quem sou
caídos pelo chão
cortando minha carne
enfiando-se cada vez mais profundo
as vezes, não ligo
a punição é necessária
uma medida necessitada

gritos mudos partem daqui
lábios secos e cansados
a expressão deixa de ser essencial
observo as calças cáqui
de baixo pra cima
entre súplicas, tento fugir
submergir em meio a essa desgraça

o vermelho se torna normal
minha pele marcada, apertada, surrada
feridas mal cicatrizadas
e já remarcadas
do que adianta
me tornei prisioneira afinal

peço misericórdia a minha mente
pedindo que pare de rodar esse vinil
que arranha e machuca
que fere
que põe a baixo minhas lutas
que destrói tudo aquilo que já refiz

ultimamente,
nós últimos anos
a única coisa que eu quero
é ser feliz.

-all13