capítulo 7

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  Me joguei na cama tentando entender o que eu estava sentindo, não era uma despedida já que não era para ter acontecido e não éramos ficantes ou namoradas, sem contar que ela deve passar por isso sempre, não é? Peguei meu celular na cabeceira da ...

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  Me joguei na cama tentando entender o que eu estava sentindo, não era uma despedida já que não era para ter acontecido e não éramos ficantes ou namoradas, sem contar que ela deve passar por isso sempre, não é? Peguei meu celular na cabeceira da cama e vi a caixinha do filme no chão, o peguei enquanto procurava o número de Mani no celular, liguei pra ela deitada na cama olhando para a caixinha.

- Agora você quer falar comigo né? – Falou, mas não soava irritada.
- Você está ocupada?
- Não, por quê?
- Quer vir aqui no hotel?
- Você sabe que não vai transar comigo né? – Brincou – Qual o número do quarto?
- 27!
- Estou indo!

Olhei para o filme em minhas mãos, eu não sabia bem o que estava sentindo, mas com certeza Normani saberia, afinal, não existe ninguém que me conheça melhor que ela, me vesti e esperei ela chegar.

- Como foi? – Ela entrou perguntando depois de eu permitir a entrada dela.
- Foi surreal! – Respondi sem ter outra palavra para definir aquilo.
- E como se sente agora?
- Confusa!
- Com o que?
- Mani eu sou bissexual porque gostei de transar com uma mulher? – Questionei e ela olhou para o teto pensando no assunto.
- Não sei, acho que não Laur, acho que sexualidade é mais sobre quem você consegue se apaixonar, não com quem você consegue gozar!
- Como você soube que era bi? – Perguntei curiosa, não era um assunto que nós falássemos com frequência, até porque ela havia se assumido para mim na escola, onde tudo parecia extremamente normal.
- Quando me apaixonei pelo professor de educação física e pela professora de literatura ao mesmo tempo! – Ela riu me fazendo rir.
- Idiota!
- Bom, de qualquer forma você já resolveu isso né? Se vingou e agora pode dormir em paz!
- É! – Minha boca dizia uma coisa, mas minha mente parecia ter mais perguntas do que antes.

POV CAMILA

Tinha que buscar Sofia na escola porque minha mãe estava trabalhando, senão não teria saído do quarto 27 tão cedo, Lauren me surpreendeu, nunca tinha transado com alguém da forma que fiz com ela, foi quente e insano no nível de me sentir mal por cobrar por ter gozado com ela, mas eu estava lá para isso no final das contas não é?

- Mila, vamos tomar sorvete hoje? – Sofi perguntou me tirando dos meus pensamentos.
- Claro! – Sorri.

Fomos andando para a sorveteria que ficava no caminho de casa, Sofi amava sorvete de morango e quando as coisas não estavam legais em casa essa sorveteria era quase como um refúgio, coisas como essas faziam toda a merda que eu fazia valer a pena, poder pagar um sorvete para minha irmã, poder pagar o aluguel da minha mãe, ajudar, mesmo que anonimamente na reabilitação do meu pai e não deixar faltar nada em casa.

- O papai vai demorar pra voltar de novo? – Ela perguntou lambendo seu sorvete.
- Não sei Sofi! – Disse sincera.
- Eu sinto falta dele!
- Também sinto! – Respondi sem saber se aquilo era verdade ou não, tê-lo por perto era bom por ele ser quem era, mas também era estar o tempo todo em alerta caso ele tenha uma recaída.

The Wave (camren)Onde histórias criam vida. Descubra agora