Capitulo 1 (Sozinhos?)

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Passaram-se dois dias, dois dias sem luz do dia, sem ver mais ninguém, apenas um ao outro. Ontem a energia havia acabado, eles encontraram cinco velas em cima da geladeira e uma caixa de fósforos, decidiram que iriam usar apenas uma por dia, por não saberem quando poderiam sair. O último celular que ainda tinha um pouco de bateria era o de Roslyn, o telefone marcava dez horas da noite. Nessas horas passadas tentaram ligar para os familiares mais não havia sinal.

Eles estavam sozinhos.

Agora, por mais incrível que pareça, tudo estava calmo. O trio não conversou muito, apenas o básico, ainda não se conheciam, somente as irmãs. As bebidas já estavam quentes, as comidas que poderiam estragar aproveitaram para comer tudo da geladeira. Algumas vezes a ideia de sair para ver se conseguiam algo se tornava um assunto no meio deles, mas logo era descartada. Estavam esperando, esperar era só o quê podiam fazer. Haviam algumas coisas nos armários dos antigos funcionários como: mochila, roupas normais, dinheiro, telefones descarregados, pertences pessoais. Algumas coisas até podiam ser úteis!

O cadáver estava começando a exalar mal cheiro, o sangue seco no chão já nem os incomodava mais. O pior era a dúvida. Antes de tudo isso acontecer várias coisas estranhas começaram a passar nos jornais, Ethan não assistia então tudo isso era uma completa surpresa. As garotas se lembram do quê haviam visto. "Centros de pesquisas fazem testes para tentar ressuscitar mortos." "Em Tóquio está sendo testada nova vacina para prolongar a vida." "Atos de canibalismo assustam moradores de Nova Iorque.". Esse tipo de coisa que anda martelando a cabeça de Roslyn.

- O que deu em você hoje, Lyn, se acalme! - Brianna falou vendo a irmã andar de um lado para o outro.

- Me deixa. - Pensar muito causava isso na morena, mesmo lutando contra a ansiedade, tentava levar uma vida normal. Lyn tem uma mania, ela toca os dedos querendo sentir o próprio toque, e quando fica pior, além de se beliscar, cerra os punhos causando ferimentos nas mãos com as unhas, é a necessidade de sentir.

Barulho de sirene.

- Atenção, se ainda houver sobreviventes dentro do shopping, por favor, vão até o estacionamento do lado leste, amanhã às quatorze horas vocês serão resgatados por um ônibus e, serão levados a uma base militar segura. Vocês serão salvos! - O mesmo anúncio voltou a repetir várias vezes.

- Ouviram? Seremos salvos! - Bri estava com lágrimas nos olhos e pulando de alegria.

Além do mal cheiro estar aumentando, o calor e abafamento estavam insuportáveis, agora eles tinham uma esperança. Eles estavam no estacionamento principal, o estacionamento do lado leste ficava do outro lado do shopping, eles tinham uma longa caminhada.

- Será que é seguro? - Lyn estava insegura, com um pressentimento ruim, mas ignorou.

- Muito melhor do que ficar e morrer aqui mesmo! - Ethan falou se levantando, havia passado tempo demais sentado observando Roslyn.

- Temos que ir agora, quanto mais cedo chegarmos, melhor será. - Bri não perdeu a animação e está falando tudo o quê vem a cabeça no momento.

- Não, é perigoso, está escuro lá fora e, precisamos nos preparar. - A morena falou seriamente.

- Você tem razão! Vamos pegar aquelas mochilas e arrumar, amanhã acordaremos cedo, não sabemos como está do lado de fora. - Elas concordaram.

Por conta dos auto-falantes, uma certa agitação começou do lado de fora, não sabiam de quem poderia ser, "transformados" ou sobreviventes. Resolveram esperar mais.

Algumas horas mais tarde, Brianna havia pego num sono profundo ao lado do fogão. Já a mais velha não conseguia pregar o olho, então só ficou deitada olhando para o teto branco daquela cozinha amena. Ethan está da mesma forma, mas sentado olhando para a garota, por algum motivo, olha-la se tornou seu novo hobby favorito.

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⏰ Última atualização: May 22 ⏰

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