Ogígia II

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Eu queimaria de dentro para fora
para ter mais.
Você chegou em uma época e tanto,
onde eu procurava um amor
de cinema, de novela, de livro.

Um amor complexo
com frases e poemas de efeito.
Mas tudo foi ao contrário.
O amor que você trouxe não foi nada
difícil ou complexo.

Houveram e ainda há poemas,
sem rimas porque nós dois
somos péssimos nessa arte.
Talvez, algum dia, haja filme.
Mas é estranho, porque foi tão fácil.

Fácil ouvir você falar outras línguas,
fácil o jeito que você me fez dançar,
cantar, pintar e escrever
nos braços de um fim inevitável.
E querer viver eternamente nessa vida.

E eu sei, eu sei, meu amor.
Que apesar de toda sua história de dor,
você nunca me deixaria.
Mas que boa amante seria eu
se te obrigasse a ficar?

Logo você, que me ensinou que o amor não obriga.
O amor simplesmente é.

Bom, em Ogígia I eu contei sobre meu medo e minha repulsa em relação ao amor romântico, trago-lhes a continuação.

Ogígia II é o momento onde eu me distancio um pouco da ilha (Ogígia ou Ogygia, é uma ilha mencionada por Homero na Odisseia livro V como o repouso da ninfa Calipso) e vou um pouco mais para o horizonte.

Pêssegos e CremeOnde histórias criam vida. Descubra agora