Meigo como o amor

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– O quê?! – Hoseok se exaltou no meio da rua ao conversar pelo celular. – Como assim hoje?! Jin, não estou preparado, juro!

– Mas ele quer te conhecer, Hoseok. Não posso fazer nada e é bom obedecer.

Hoseok não estava mais nem prestando atenção para onde ia, deixando-se ser levado pela multidão. Ficou surpreso com a notícia que SeokJin acabou de lhe contar, nunca achou que isso fosse acontecer tão cedo; afinal, mal havia chegado na cidade. Apressou os passos, suspirando fundo, indo para algum lugar, decidindo-se rapidamente em uma resposta.

– Certo, eu vou... – Passou a mão pelo rosto levemente suado. – Reza por mim, Jin. Estou com medo dele não ir muito com a minha cara e acabar tendo outro sogro como inimigo.

– Aah, Hoseok! Aqueles seus sogros eram todos uns idiotas sem cérebro, não compare meu professor com eles. Então vai logo, não seja medroso. Mais tarde te ligo pra falar sobre o passeio. Tchau~

E antes do Jung dizer algo, para talvez pedir algum conselho, o mais velho desligou sem dar a chance.

Parado em uma calçada qualquer, mirava desolado para o celular em suas mãos, mais precisamente as horas. Foi uma tarde bem agitada para Hoseok, que decidiu visitar conhecidos e parentes para matar as saudades depois de quatro longos anos sem se falarem.

O fato do pai de Taehyung o querer conhecer pessoalmente hoje mesmo, assustava-o de certa forma. Não que tivesse planejado de falar com ele, só que não achou que fosse tão cedo. Já poderia sentir suas pernas tremerem somente ao imaginar ficar de frente para um novo sogro, e pela experiência nada agradável com os antigos, realmente estava amedrontado. Agora se lembrava das coisas que SeokJin já havia lhe contado sobre o pai do menor ser bem protetor – podendo revelar uma personalidade bem rigorosa – e que, se o visse, sairia correndo.

Verdadeiramente, relembrar dessas coisas não o estava ajudando manter a preciosa calma.

Fechou os olhos, respirando fundo. No fim das contas, sabia que isso iria acontecer uma hora ou outra, seria até bom mesmo ser agora e não deixar para depois, pois não teria possíveis problemas futuramente. Então mais relaxado, abriu os olhos convicto a encarar aquele desafio, todavia logo se tornou em um olhar confuso ao perceber onde estava.

Com o celular ainda em mãos, discou o número daquele seu amigo de cabelos dourados que havia desligado na sua cara minutos atrás. E depois de três toques, finalmente foi atendido.

– O que foi, Hoseok?

– Jin, onde diabos eu estou?!

– E como lucíferes eu vou saber?!


~♫♪♩♬~


Trêmulo, suor frio nas palmas das mãos e corpo inquieto a saltitar toda vez ao girar a cabeça – como forma de relaxar a tensão nos ombros –, estava finalmente em frente à porta de madeira branca. Parecia que o Jung estava se aquecendo para correr uma maratona ao invés de ir conhecer uma pessoa, porém, enfrentava aquele momento por quem amava e, com toda certeza, não se arrependeria.

Não deixou de sorrir ao pensar em Taehyung, naquele garoto que o deixava extasiado somente ao lembrar-se do seu jeitinho doce e suave.

Impossível esquecer o encontro de ontem, de quando o abraçou e sentiu que tudo era real. Estava tão perdidamente apaixonado, que idealizava o outro como um sonho inesquecível, difícil de acreditar por estar indo tão bem, sem que nada desse errado. E esperaria que fosse assim até o fim de sua vida.

Message - VhopeOnde histórias criam vida. Descubra agora