Capítulo 1.8 - Pulseiras.

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No capítulo anterior:

S/N - Fui enganada....a minha vida inteira...

Sinto algumas lágrimas escorrerem pelas minhas bochechas, nunca imagine que sentiria meu coração doer tanto quanto agora.

Simon - Sinto muito, queria lhe achar antes de tudo isso....

A mesa ficou em silêncio, é como se tudo tivesse ficado mudo, posso ouvir somente as batidas agitadas do coração, agora eu sei a verdade e ela dói muito...

P.O.V S/N

Na cafeteria.

Sinto minha cabeça rodar quando uma forte tontura me atingiu, não enxergo muito bem por conta das lágrimas que estão cobrindo meus olhos, apoio meus cotovelos em cima da mesa e coloco meu rosto entre minhas mãos, meu peito sobe e desce rapidamente por conta do choro, meu coração parece querer explodir, minhas pernas e braços tremem, não consigo ouvir nada ao meu redor, estou em completamente desacredita e em estado de choque, tudo isso é demais para mim.

Jennie - Ei amor...eu estou aqui, está tudo bem...shhhh !!

Escuto Jennie sussurrar em meus ouvidos e sinto seus braços me envolverem em um abraço, é seguro estar entre eles, assim que encostei minha cabeça em seu peito, foi como se tudo que aconteceu nunca tivesse realmente se concretizado, meu coração voltou ao ritmo normal, meu corpo se estabilizou, minha respiração se acalmou, a tontura foi embora, agora posso ouvir o grande baralho das pessoas conversando e rindo ao nosso redor, aos poucos minhas lágrimas também acabaram e eu já estou levemente tranquila.

S/N - Obrigada....

Sussurro ainda com o rosto no peito de Jennie, ela beija minha testa e continua com o carinho em minhas costas, sutilmente me solto de seu abraço e seco as últimas lágrimas que escorrem pelo meu rosto, respiro fundo ajeitando minha postura.

Jennie - Toma um pouco de água...

Me entrega um copo d'água parcialmente cheio, o pego de sua mão é tomo tudo bem devagar, por fim ponho o copo na mesa e olho para os rapazes, Kai me olha com um leve sorriso, mas seu olhar ainda assim transmite sua preocupação, ao olhar Simon percebi que o mesmo me olha com preocupação e receio, suas mãos estão sobre a mesa, ele as aproximou das minhas algumas vezes, como se quisesse toca-las, mas então recuava.

Simon - Sinto muito por ter que lhe contar isso, principalmente dessa forma...vou compreender se não acreditar em mim...

Ele abaixa a cabeça entristecido, sutilmente coloco minhas mãos sobre as dele que me olha confuso, solto um sorriso fraco tentando anima-lo, olho nossas mãos e então volto meu olhar a ele novamente.

S/N - Então....eu tenho um irmão mais velho !! Poxa eu queria ser a mais velha....

Solto um riso o vendo sorrir largo, como se tivesse ouvido a melhor notícia da vida dele.

Simon - Então isso significa que acredita em mim ?!...

S/N - Vamos dizer que estou começando a acreditar, admito que nunca me senti bem com Lucius e Samanta, além da minha aparência ser completamente diferente da deles, eles nunca foram gentis comigo, quando era criança eles saiam toda dia e me deixavam sozinha, ficava sem comer o dia todo pois os alimentos sempre foram guardados em departamentos altos, com a intensão de que eu não alcançasse, quando chegavam me davam apenas um copo de água e uma fruta, o que não cobria nem metade da minha fome, tive que aprender a fazer tudo sozinha pois eles sempre se recusaram a mexer um dedo por mim, quanto mais eu crescia mais eles me rejeitavam, mas eu não precisava mais deles e não preciso agora também, aprendi a me virar sozinha, desenvolvi minha própria consciência e meio de pensar, quando descobri que gosto de garotas tudo ficou ainda pior, Lucius se tornou agressivo em relação a mim, sempre que tinha a oportunidade achava um jeito de me bater, Samanta já nem olhava na minha cara, eu não aguentava mais ficar naquela casa, então arrumei um emprego de meio período quanto comecei o ensino médio, já pretendia vir fazer faculdade aqui na Coréia, pois além da universidade ser ótima é o lugar mais distante que encontrei deles, consegui passar na prova e juntar o dinheiro suficente para morar aqui, me instalei na república e vivi lá até conhecer Jennie, foi aí então que tudo mudou, eu sempre duvidei e me questionei se por um acaso eu era adotada, talvez por conta disso eles me tratavam daquela forma, mas as coisas são um pouco mais complicadas do que eu imaginava...

O amor é arte - Imagine Jennie KimOnde histórias criam vida. Descubra agora