essa fic aqui é um role mas ela saiu, era pra ser sobre a viagem de maragogi mas agora vai ser sobre o aniversário da nossa velhinha Marcela. Espero que gostem!
Não esqueçam de VOTAR e de comentar bastante, por favor.
Boa leitura!
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Quem escreveu a música "Não existe amor em SP" com certeza não conhecia Marcela Mcgowan, seria impossível não existir amor num lugar que essa mulher está, ela era como o sol que sem pedir licença iluminava qualquer lugar e isso fascinava Gizelly.
A calmaria no meio da furacão, a voz baixa e mansa no meio da imensidão de confusão que era a capixaba, talvez fosse sobre isso que o destino queria mostrar quando juntou dois opostos complementares em um dos lugares mais inesperados para se reencontrar alguém.
Talvez seja para validar os poemas que nós acabamos lendo ao longo da vida que falam sobre achar alguém que foi destinado a você, que tenha a maior conexão já vista e que por um acaso desse mundo cheio de pessoas você acabe encontrando a sua, no meio de um reality show.
Gizelly acordou antes das 08h da manhã, a fresta da cortina entreaberta do quarto de Marcela deixava uma pequena linha da luz do sol invadir o ambiente escuro, um braço da loira descansava sobre a barriga da capixaba e o outro estava embaixo de seu pescoço com a mão aninhada em seu cabelo ondulado, não pode deixar de sorrir com a cena em que Marcela falava que odiava estar.
Olhou para o rosto sereno e calmo que continuava de olhos fechados e a respiração lenta, Marcela era linda até dormindo e com os cabelos loiros desgranhados pelo enorme travesseiro branco.
Sorriu de novo e se levantou.
Haviam passado a semana toda juntas, a morena tinha cancelado seus compromissos em Vitória e realocado a agenda de São Paulo com menos coisas para que pudesse aproveitar a loira, queria estar ao lado dela mesmo que fosse para ficar em silêncio mas precisava olhá-la e senti-la.
O apartamento que alugou com a gringa era perto do de Marcela, uns 15 minutos de uber mas não tinha passado as últimas noites por lá, avisou a amiga que dormiria na casa da loira para comemorar o aniversário todos os dias até que chegasse a data certa.
Mesmo não indo embora para casa, o grupo de amigos se encontrou durante todos esses dias, na casa de Marcela para beber e jogar conversa fora, no apartamento de Gizelly em São Paulo para assistirem filme e até Luiza veio de Goiânia para se juntar a "família tradicional brasileiro" como tinham carinhosamente se intitulado.
Era incrível como a companhia de todos juntos se tornou algo agradável e leve, as risadas eram soltas e ninguém precisava ter medo de ser quem é, eram simplesmente pessoas que se amavam juntas para comemorar o simples fato de estarem ali. Simples.
Caminhou até a cozinha ainda sonolenta, quase tinha se esquecido que estava na casa de Marcela e a médica não comprava quase nada pra aquela casa. Não de comer, porque o cavalo indiano estava ali parado na porta, mas quem queria comer cavalo no café da manhã?
Por deus, como uma pessoa vive assim.
Pegou as chaves que ficavam penduradas perto da porta e desceu até a portaria para buscar seu pedido que fez pelo aplicativo, nem se deu conta de que estava de pijama ainda, ficou vermelha quando o entregador perguntou se ela tinha esquecido de trocar de roupa para descer, ainda assim o ignorou e agradeceu.
Marcela continuava dormindo feito uma pedra, mas uma pedra fofa e linda que dava vontade de beijar o tempo inteiro.
Preparou o café da manhã da maneira mais silenciosa possível, passou café na cafeteira, fez ovos mexidos e cortou mamão numa tijela de cera branca que achou no fundo do armário, até lavou as louças antes de colocá-las na bandeja, talvez Marcela tivesse comprado tudo e nunca usado, vai saber.