Capítulo 4

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Após o ter levado a casa, dirigi me para a minha. Faltava pouco tempo para o café fechar e já não valia a pena ir para lá. Abri a porta devagarinho, para não acordar ninguém. Pousei as coisas e fui para o meu quarto.

"Temos de falar,minha menina!"  a voz do meu pai fez-se ouvir. 

"Estou cansada!" continuei a andar

" Não quero saber!" ele disse levatando se   "Para já!"  parei mesmo em frente dele

"O quê? Vais me bater? Bate! " aproximei a cara. Ele levantou a mão mas não o chegou a fazer.

"É o que tu merecias, sabes?! Já não tens respeito!"

" Tenho. Mas vocês têm de deixar de me controlar já tenho 19 anos. DEIXEM-ME!"  fechei a porta com força. Odeio tudo, tudo. Farto de me estarem sempre controlar, 18 anos a controlarem me. Chega. Vesti o pijama e deitei-me.

...


Já me encontrava vestida, mas hoje só ia trabalhar à tarde como ontem trabalhei à noite. No entanto, como já não conseguia dormir mais levantei-me. Atei o cabelo e desci. O meu pai já tinha saído, mas o meu irmão estava a mesa a comer.

"Bom dia!"   ele falou.

"Bom dia"   falei, sentando à mesa.

"O que foi aquela gritaria toda, ontem à noite?"   Max perguntou

" O assunto é sempre o mesmo."   falei fria  " Sempre a controlarem me"

"Tens de perceber que és a única rapariga na família, nós temos medo que te aconteça alguma coisa!"

" Mas não acontece. Eu já tenho idade para fazer o que bem entender. E vocês têm de perceber uma vez por todas que não me podem estar sempre a controlar. O pai queria que eu arranja-se trabalho e foi o que eu fiz. Prontos."  levantei e arrumei o meu prato

"Eu compreendo o teu lado."

"Não compreendes nada. Tu não fazes nada. Não arrumas, não trabalhas." falei da cozinha

"Trabalho sim, faço pequeno trabalhos."  falou sério. Até parece que acredito.

" Sim, sim. O pai trabalha e faz a comida, de resto não faz nada. Aqui a rapariga, faz tudo. O  tempo de salazar já passou. "  arrumei o que estava na mesa

" Eu sei que sim, mas... Bom, eu vou andando!"   pegou nas chaves da casa

" O que ias dizer?"  gritei da cozinha, mas ele já tinha saído de casa. Qualquer dia saiu de casa. Enquanto que arrumava a casa pensava como tinha ficado o Niall. Já eram 10h, vesti roupa de desporto e fui correr, estava com a cabeça cheia, farto do meu irmão e do meu pai. Corri por um jardim com flores brancas e vermelhas, fiquei chocada nunca vi nada assim. Decidi por breves minutos para apreciar aquele jardim. Dei por mim, estava a sorrir para o jardim, não me perguntem porquê, porque eu também não sei. Voltei a pôr os fones nos ouvidos, e sinto alguém a sentar se ao meu lado. Olhei.

"O que fazes aqui? "

"O que é que tens a ver com isso?"  falei para o rapaz loiro vestido com roupa de desporto.

" Nada, nada"  riu 

"Agora pergunto, não devias estar a trabalhar? "

"Devia. Mas só entro daqui a pouco. "  falou passando a mão pelos cabelos  "Agora, já posso saber o que fazes aqui?"

" Vim correr, e já que vi que tu também vieste! "   levantei a sobrancelha. Voltei a por os fones nos ouvidos e iniciei a minha corrida. 

"Posso-te fazer companhia?"  NIall perguntou e eu  tirei um dos fones do ouvido para o ouvir melhor

" Podes!"  tirei o outro fone.  Corriamos os dois pelo o jardim, sem dizer qualquer coisa. Eu decidi abrir a boca.   "De nada!"   disse-o com a voz um pouco alta 

"De nada? "   ele franziu a sobrancelha

" Eu levei-te a casa."

"Levas-te?"  franziu novamente a sobrancelha 

" Tu apareceste lá no meu trabalho já com uns copos a mais, e depois pediste mais eu dei-te e foste embora, mas eu não te ia deixar ir assim para casa." 

" Mas nós nem somos amigos, porque é que me levaste?"  Niall perguntou, sentando se num banco.E eu sentei me também.

"Apesar de seres estranho e assim, eu teria-o feito com qualquer pessoa que tivesse no mesmo estado que tu."    falei séria

" Não acredito! "    riu  

" Não sabes"  olhei-o. Os seus olhos são mesmo azuis!  " Não te lembras, mas eu vi-te vomitar-"  viu baixar a cabeça  "-e para tua informação, chamaste me de riquinha"  ele levantou a cabeça e riu 

"Nisso tinha razão, quando o disse. Deves ser daquelas raparigas que estão cheias de dinheiro e só ajudam os outros para não ficarem mal."   quando aquilo saiu da boca dele, a minha cara ficou chocada, não estava à espera, sinceramente.

"Tu não tens noção no que dizes! EU NÃO SOU RICA"  gritei  " ANTES FOSSE. TU NÃO SABES NADA DA MINHA VIDA NEM EU DA TUA. DE QUALQUER MANEIRA SE FOSSE RICA, AJUDARIA NA MESMA AS PESSOAS MESMO COM DINHEIRO, AJUDAVA-TE SE TE VISSE ASSIM NO CAFÉ BÊBADO, MESMO COM DINHEIRO."   levantei me caminhei até casa. Bahh, os rapazes são mesmo estúpidos. Ainda não me tinha conformado com essa ideia, mas hoje já vi que são assim. Tomei duche e fui para o trabalho.

"Olá Zoe."  guardei a mala num pequeno armário.

"Olá, Em. Bem, olha eu tenho de ir tratar de um assunto importante--"

"Sim, vai lá!"  interrompia e ela riu. Na minha infância o meu sonho era ser médica, no entanto nem tudo correu como eu queria e vim parar a um café. Porém, eu até gosto de trabalhar no café. Como o café não estava muito movimentado, sentei me num banco a ler o jornal. Passado algum tempo, a minha leitura foi interrompida pelo som de mensagem do meu telemóvel.

" Mana, o pai não vai jantar a casa e eu não posso ir também. Bjs Max"  vi a mensagem mas nem sequer dei ao trabalho de lhe responder.

As horas foram se passando, passando. Zoe não chegava, então deicdi mandar-lhe mensagem.

"Zoe, queres que feche o café?"   Cerca de 10minutos depois, ela responde dizendo que sim

...

Ice Girl || n.hOnde histórias criam vida. Descubra agora