13.🌹

816 69 7
                                    

Pelas 6:30 da manhã eu chego ao campus da faculdade

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Pelas 6:30 da manhã eu chego ao campus da faculdade.

Eu sempre quis trabalhar com dança, esse era meu sonho. Já minha mãe queria que eu seguisse o rumo dela.

Minha mãe era uma das mais famosas de toda a Londres.

Eu sinto falta dela. A 3 anos atrás eu a perdi fisicamente. Mas eu a tenho aqui dentro, eu sempre a terei.

Quando joguei tudo para o alto e sai em busca de coisas novas, não achei que iria me arrepender. Mas o arrependimento veio.

Ele sempre vem.

E eu estou tentando juntar tudo que joguei.

Algumas coisas se quebraram e talvez eu nunca as consiga de volta.

Mas eu preciso dele.

É como se meu corpo necessitasse do dele.

Eu o amava em 2015, eu o amo agora.

Nos conhecemos por acaso, em um grande evento da minha mãe. Ele era do tipo mauricinho. Eu a marrenta. Odiava eventos grandes. Odiava vestir vestidos de gala.

Mas eu amei o evento daquela noite.

Ter o conhecido no jardim foi a melhor coisa que me aconteceu.

Os olhos verdes em um terno azul marinho impactante me fitaram durante toda aquela noite.

E só no fim dela, ele se dirigiu a mim.

Me perguntou meu nome, eu o respondi.

Nos tornamos melhores amigos.

Nos tornamos um só.

Em 8 meses ele me pediu em namoro.

Em 2 anos ele era a pessoa com quem pensei viver a vida inteira.

E em uma noite tudo mudou.

A noite que perdi minha mãe e meu pai trouxerem consequências amargas.

E eu tive que o deixar.

Eu tinha que fazer aquilo. Não era um plano B.

Eu precisava respirar.

E eu fui.

Deixando tudo que eu mais amava para trás.

Se eu pudesse voltar ao passado, eu correria para os braços do homem que amo.

O tempo fez o seu papel perfeitamente. Encaixando tudo aos eixos.

Encaixando o luto em seu devido lugar.

Diminuindo a dor.

O sofrimento.

E durante todo esse tempo, ele seguiu...

Ele seguiu sem mim.

Ele tinha que seguir.

Ele não poderia continuar me amando.

[...]

Durante o almoço eu o vejo passando, meu peito se aperta.

Eu ainda não dirigi nem um tipo de palavra a ele. A dois dias atrás Josh me viu no corredor, mas fiz questão de sair correndo de lá.

Quando eu o vejo passando pela praça de alimentação da Universidade, eu sinto algo esquisito no estômago.

Ele está procurando algo, e quando seus olhos se conectam aos meus sinto meu mundo desabar em segundos.

Ele analisa meus olhos, como sempre analisou e segue em frente.

Nenhum tipo de reação.

Ele está me evitando. Já sabe que estou aqui.

Eu engulo em seco sentindo meus olhos arderem.

Não chore.

Eu não permito que você chore

Eu respiro fundo e com um aperto enorme no peito eu volto a ler meu livro

𝙉𝙪𝙙𝙚𝙨 - (𝑳𝒐𝒗𝒆 𝑨𝒈𝒂𝒊𝒏)Onde histórias criam vida. Descubra agora