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Ótimo horário de ficar bêbada e dar um de louca- Noah pensava enquanto via a garota de cabelos dourados dançando em meio a multidão de homens

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Ótimo horário de ficar bêbada e dar um de louca- Noah pensava enquanto via a garota de cabelos dourados dançando em meio a multidão de homens.

Sina sempre dançou bem, disso ele nunca duvidou. Sua cintura, seu gingado. Não era errado observar uma garota dançando, não é é mesmo?

Mas se tratava de Sina Deinert, ela nunca seria uma garota comum ao ver de Noah. Um amor nunca seria comum.

Bebendo mais uma dose de seu energético com algum tipo de bebida no meio, Noah viu um dos garotos do time da faculdade se aproximar de Sina. Por aí tudo bem, mas quando o garoto agarrou o braço da garota, Noah sentiu algo estranho.

Esquisito, bastante esquisito.

Um não sempre seria um não, quando uma mulher diz não, é não. Ponto final. Ele aprendeu isso desde pequeno. sua mãe sempre foi cuidadosa nesses quesitos.

Uma mulher deve ser respeitada.

Se aproximando do meio dos garotos Noah escutou Sina exclamar baixinho

– não quero....

A primeira tentativa. Noah observou o garoto

– vamos linda... vai ser divertido. Prometo te dar um orgasmo. – o americano pensou em socar o rosto do loiro aguado em sua frente, mas não seria necessário.

– Eu não que-

A voz de Sina predominou mais uma vez, então Noah se instalou no meio do loiro de olhos verdes ao lado da garota

– ela não quer Cristian.. não escutou?

Noah se aproxima do garoto que está apertando o braço da garota e molha os lábios dando atenção aos olhos esverdeados do garoto a sua frente

– largue ela.

O garoto a larga em seguida. Observa Noah com aquele ar de "desculpa mexer com sua garota" e se retira.

Largando o copo Noah se vira para a loira.

– não preciso de sua ajuda...

Como sempre, orgulhosa.

– você está ficando maluca? Ele ia te forçar sem você não quisesse. - Noah franze o cenho

– eu sei me protege-

A sim, nessas condições você não se protegeria nem de um pequeno rato, Noah pensou

– não porra. Nessas condições você não sabe. Está bêbada

Bêbada. A palavra que nunca sairia de sua boca em direção a garota anos antes

– eu não estou bêbada– é o que todos costumam dizer.

– o que aconteceu com você? Nunca te vi beber- Noah observa cada detalhe do vestido de Sina. Ousado, foi o que pensou quando a viu com Sabina mais cedo

– as coisas mudam... – as coisas mudam. Algo que após tanto tempo o garoto aceitou. Coisas mudam. Ciclos acabam. Superar as vezes é necessário. A dor é necessária.

Observando a alça do vestido em que Sina estava, ele escuta a doce voz sensual da garota

– gostou do vestido Sr. Noah?— diz se aproximando, e em seguida mais uma frase é soltada.

Sr. Noah. Nome que o fez ser tão feliz anos antes de tudo desmoronar.

– não se preocupe... eu posso mandar alguma fotinha pra você mais tarde

Fotinha?

O garoto não ligou para isso. Álcool é álcool. Sina não estava em condições de falar algo concreto.

– vamos sair daqui. - a puxa em direção a saída

– você não manda em mim.. eu quero dançar...

Dançar. Dance na merda da sua casa, pensou Noah.

Se a deixasse aqui, só Deus sabe o que aconteceria. Bêbada, Sina Deinert estava bêbada

Apertando o botão que dá origem a vida do seu carro, Noah se vira para Sina

– onde você mora?

– porque?

Paciência. Era isso que ele necessitava, pelo menos para não ser grosso.

O pânico começava a surgir no interior de Noah. Ele estava dialogando com alguém que o deixou. Com alguém que pensou que nunca veria outra vez.

Destino podre e cruel.

– você não pode sair nessas condições...

– Sabina está comigo – Sabina. Noah lembrou de
algumas noites passadas quando Sabina deu -lhe o número de Sina. Então o arrependimento veio.

- Sabina está bêbada também Sina.

Sina.

Deinert.

Um nome e um sobrenome que fodiam sua vida de qualquer jeito.

– eu estou no hotel do meu tio. — o hotel, como ele suspeitava. O hotel em que rolou o evento. O hotel que o fez vê a garota de olhos verdes pela primeira vez. O hotel em que aconteceu o melhor dia da sua vida.

Noah sai de seus desvaneios quando vê Sina apagando.

Bêbados.

Com cuidado e tentando não parecer um descuidado, ele a coloca no seu carro.

Parando para a observar, a bebida também estava em suas veias naquele momento.

Ele pensou.

Pensou no passado.

Nos momentos.

Enquanto Sina havia mudado.

Três anos é muito tempo.

Tempo demais.

Suspirando e colocando o cinto na garota a sua frente, ele fecha a porta e vai para o banco do motorista.

Ligando o carro, e sem olhar para a garota, ele parte para o seu destino.

𝙉𝙪𝙙𝙚𝙨 - (𝑳𝒐𝒗𝒆 𝑨𝒈𝒂𝒊𝒏)Onde histórias criam vida. Descubra agora