— Está pronta? – Vejo Dean á me observar da porta. Reparo rapidamente que ele fica impecável com terno e gravata.
— Só falta eu colocar o colar, então podemos ir. – Aviso e me viro novamente para o espelho. Dean como um bom entendedor que é, vem até mim e pega o colar da minha mão e o coloca em seguida em volta do meu pescoço. – Obrigada, amor. – Agradeço e pego minha bolsa em cima da estante.
— Podemos ir? – Ele pergunta e passa suas mãos em volta da minha cintura, meu corpo se arrepia com seu toque. Digo que sim com a cabeça e descemos juntos para o primeiro andar. – Loren, você está dispensada por hoje. – Dean exclama para a empregada de cinquenta e poucos anos, ela precisa de um descanso e disso não tínhamos dúvidas.
— Não precisa vir amanhã não, Dean e eu estamos pensando em passar alguns dias em Los Angeles. – Aviso e ela assente sem pensar duas vezes.Dean termina de conversar com os seguranças sobre não deixar ninguém entrar ou sair e assim entramos no carro em seguida. O motorista é novo, eu não o conheço ou sequer vi ele por aqui, digo um oi brevemente e o mesmo retribui com um sorriso. Sua aparência é linda, um cabelo loiro tingido perceptível, olhos azuis se eu não me engano e escuto seu sotaque diferente quando ele pergunta à Dean para onde estamos indo.
Em alguns minutos chegamos na festa, o motorista estaciona o carro em frente à mansão e em seguida abre a porta. A casa estava praticamente toda iluminada. O porteiro nos dá passagem para entrar e caminhamos até a porta principal que é logo aberta.
A música clássica ao som do piano acalma o ambiente, escuto Dean bufar e resmungar um “Que saco”, rio baixo e entrelaço nossas mãos. Lembro a mim mesma para tentar não discutir com ele sobre qualquer comentário ou resmungo, já foi muito ele aceitar me acompanhar na festa da minha melhor amiga, que por ironia do destino, ele odeia.
— Holly! – Emma vêm em minha direção com os braços abertos para um abraço. – Achei que você não vinha. – Sinto seus braços me envolvendo, fecho os olhos pela força do abito e desfaço o abraço sorrindo.
— Está linda, Emma. – Digo sincera e ela abre um sorriso.
— Você que está. – Retribui o elogio e olha diretamente para Dean na espera de que ele diga alguma coisa. – O gato comeu sua língua, Dean? – Emma provoca-o e ele ri sarcástico.
— Não, mas o que acharia se eu cortasse a sua? – Pergunta com seu tom grosseiro de sempre, Emma me olha e revira os olhos ignorando a arrogância de Dean.
— Vem, Holly, preciso te apresentar umas pessoas. – Ela exclama e me puxa pelo braço sem dar tempo para que eu pensasse em uma desculpa para não ter que ir.Sussurro um “Se comporte.” Para Dean que logo saí do meu campo de visão. A casa não está tão cheia como o esperado, algumas pessoas já estão bêbadas e outras estão apenas conversando. Emma me leva até um pequeno grupo de pessoas que estão reunidas no sofá. Ela se senta e eu faço o mesmo, alguns olhares se voltam à nós, sorrio tímida e peço mentalmente para Emma me apresentar para eles.
— Ah! – Ela diz após perceber a cara de dúvida de todos. – Essa é Holly, Holly esses são Robert, Logan, Dylan, Emily e Megan. – Nos apresenta, todos sorriem em sinal de “oi”, faço o mesmo e movo minha cabeça de um lado para o outro atrás de Dean enquanto Emma conversa com o pessoal que acabou de me apresentar. Um deles vem até mim e se senta ao meu lado direito, percebo que tem olhos verdes, cabelos encaracolados e castanhos.
— Oi, prazer! Sou Dylan Cox. – Ele estende a mão como cumprimento.
— Holly Bennet. – Aperto sua mão e sorrio. Avisto Dean e Thomas, namorado de Emma, de longe rindo enquanto bebem algum liquido, volto minha atenção para o rapaz que está em minha frente antes que ele perceba que não escutei uma palavra que disse.
— Namorando? – Ele pergunta normalmente, seu tom de voz não mudou então levo isso apenas como uma curiosidade e não como uma cantada.
— Não, tecnicamente. – Ele franze a testa. – Estou noiva. – Explico.
— E quem é o sortudo? – Dylan brinca.
— Ele. – Respondo rindo e aponto para Dean. – O cara mais alto.
— Peraí, o Dean? Você é noiva do Dean? Nossa, não sabia que já iam se casar.
— Você o conhece? – Pergunto curiosa.
— Sim, somos velhos amigos.
— Holly, vamos embora. – Vejo meu noivo em minha frente com uma cara nada boa para Dylan. Me levanto e pego em sua mão assentindo.
— Ah, não. – Emma resmunga. – Fiquem mais um pouco. – Ela pede.
— Não vai dar, amanhã cedo devemos estar em Los Angeles. – Explico e ela se levanta para me dar um abraço.Nos despedimos e caminhamos diretamente para o local onde o carro foi estacionado, o motorista anda de um lado para o outro enquanto fala no celular ainda não percebendo nossa presença, Dean finge um tossido e o rapaz que antes estava distraído desliga o celular com rapidez e sorri nervoso, rio de sua reação e entro no carro.
No caminho até nossa casa Dean conversa sobre o trabalho e os detalhes do nosso casamento, as vezes acho que ele que é a mulher da relação, nunca gostei de conversar sobre detalhes de festas e muito menos de casamento, ignoro meus pensamentos idiotas e volto a prestar atenção na conversa. Assim que chegamos o portão é aberto automaticamente, vejo os seguranças fazendo suas rondas noturnas frequentes pelo vidro fumê do carro.O motorista para o carro logo em frente a nossa casa, ele sai do carro e abre a porta para podermos sair. Dean pega em minha mãe e caminhamos até a porta principal que está aberta, acredito que seja Loren ainda na casa fazendo seu trabalho.
— Loren? – Ele chama e ela aparece em seguida ainda de avental com um prato em uma mão e um pano para secá-lo em outra.
— Vou para cama, estou cansada. – Aviso e ele assente sem dizer uma palavra, é mais que óbvio que ele irá para o escritório. Subo as escadas e caminho até o quarto tirando os saltos que estão me matando.Acendo a luz antes de entrar no quarto, vou até o banheiro e tiro meu vestido preto ficando apenas de roupas intimas, coloco uma blusa larga e volto para o quarto, entro de baixo dos cobertores, mesmo não estando frio.
***
Acordo com barulhos vindo do andar de baixo, olho para o lado e Dean não está, há apenas um bilhete com sua letra “Amor, caso acorde estou na empresa. Preciso conversar com alguns funcionários antes de irmos para Los Angeles. Boa noite, te amo.”Observo a janela e ainda é noite, escuto novamente barulhos no primeiro andar. Saio da cama e ando em passos lentos até a porta do quarto, tomo coragem e a abro, para minha felicidade e apavoramento não há ninguém. Desço as escadas deslizando a mão no corrimão da mesma, as luzes da sala e do resto dos cômodos estão apagadas, apenas a da cozinha está ligada. Será que Loren resolveu passar a noite aqui? Continuo meu caminho até a cozinha, também não há ninguém aqui. Abro a geladeira e pego um copo d’água, escuto uma risada sarcástica atrás de mim e meu corpo se estremece, respiro fundo e me viro não encontro nada nem ninguém, suspiro de alivio e sinto algo em volta do meu nariz, um cheiro forte que está me dando sono. Uma voz firme e rouca sussurra em meu ouvido “É aqui que o jogo começa, baby.” Caio já desacordada no chão frio da cozinha, então não me lembro de mais nada.
***
Meu corpo doe como se estivesse sido espancada, uma de minhas mãos está algemada na cabeceira da cama, me sinto invadida e a uma luz forte impede minha visão. Onde eu estou? Esse não é meu quarto, essas não são minhas coisas e com certeza essa não é minha casa. O que aconteceu? Minha cabeça está explodindo e tenho a sensação de que em qualquer momento posso desmaiar. Os passos vindos do outro lado do quarto estão cada vez mais fortes o que me deixa perplexa. Não tenho ideia do motivo, mas o choro está entalado em minha garganta me sufocando mais e mais de desespero. Aquele sussurro rouco está martelando em minha cabeça, do que ele estava falando?A porta é aberta, deixando assim cinco caras com sorrisos maliciosos, irônicos e assustadores entrarem... Espera, o que Dylan está fazendo aqui?
— Enfim acordou. Estávamos a sua espera. – Dylan diz irônico e os outros rapazes riem.
— O que vocês querem comigo? – Pergunto com tom de voz baixo e com um grande medo da resposta. Dylan tira uma arma de trás das costas e caminha lentamente até mim, me afasto bruscamente e ele ri mais ainda.
— Eu poderia te matar agora mesmo. – Dylan passa o cano gelado da arma em meus cabelos, lágrimas escorrem pelas minhas bochechas, ele carrega a arma e aponta diretamente para meu crânio. – Para de chorar, porra! – Grita me assustando. – Odeio que chorem e que se façam de vítimas! – Continua, tento segurar as lágrimas, mas está difícil, ou melhor, impossível.
— Por que está fazendo isso, Dylan? – Pergunto com a voz entorpecida e ele ergue as sobrancelhas com a face de dúvida, mas logo ri.
— Dylan? – Diz gozador. – Não, pequena criança. Styles, Harry Styles.NOTAS:
Me desculpem pelos erros de ortografia. O capítulo está pequeno e sem graça, mas reconsiderem, afinal é o primeiro capítulo. Comentem se gostaram e o que pode ser melhorado.
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Killer |H.S|
Teen FictionIsso com certeza não é uma história de amor, e eles não são príncipes encantados. (Postada apenas na conta @LarryMasturbi: http://www.wattpad.com/story/33894863-killer-h-s)