Capítulo 15 - "Habilidades linguísticas"

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Assim que o dia clareou e o feixe do sol timidamente tentou atravessar a transparência da cortina da janela, eu acordei, sentindo o braço de Beatrice descansando na minha cintura, em posição de conchinha. Me virei, olhando-a de frente, tinha o semblante sereno de quem ainda sonhava. Observei a fresta da porta que permaneceu do mesmo jeito que havia deixado. Levantei devagarinho para dar mais uns minutos de sono para Beatrice, olhei a hora pelo despertador na cômoda do quarto de mamãe, assim que abri a porta para ver se ainda dormia.

"Hum... Sono profundo..."

Fui ao banheiro e logo voltei pro quarto. Coloquei meu celular para despertar vinte minutos antes do horário que minha mãe acordaria. Fechei o blackout da cortina para amenizar o clarão que logo viria e me deitei ao lado de Beatrice, tornando a admirá-la. Acariciei seu belo rosto, desviando algumas mechas de cabelo. Ousei-me a contornar seus lábios com a ponta do meu dedo; pousei minha perna sobre a dela até que ela acordou, flagrando a forma como eu a observava.

_Bom dia. _falou com a voz rouca, tornando deitar o seu braço pela minha cintura. _Que horas são?

Eu fiquei em silêncio sentindo o pulsar que me tomava cada vez que sentia o toque suave de sua pele tocando a minha por baixo do cobertor.
Sem responder a pergunta que me fizera, eu a oferto um beijo, deitando parte do meu corpo sobre ela. E em seguida, ainda de rosto colado, eu a admiro, acariciando-lhe a face e meu corpo passa a estar totalmente sobre o dela. Apesar do ambiente ensombrecido que prevalecia naquele cômodo particular, ainda podíamos ver uma a outra e também decifrar a intenção de nossas mentes. Suas mãos quentes apertou-me a cintura expressivamente, em resposta ao beijo que acontecia. E consequentemente eu a envolvo entre minhas pernas, e esse efeito acaba levando a outro, assim que sinto suas mãos se inquietarem ousando passear próximo ao meu quadril, apertando-me com força e avidez. Eu receio que toda aquela fluidez fervorosa nos leve a algo mais íntimo e prematuro, mas ao mesmo tempo me vejo presa para sair daquele fogaréu, quando percebo que meu quadril serpenteia sobre o dela e compassadamente nossa respiração arqueja a cada ato.

"Cu-co, cu-co, cu-co, cu-co"

_Aff! Eu não Acredito! _Beatrice disse impaciente.

_Pois é _falei sorrindo, e logo me recompus desligando o despertador.

Ela cobriu o rosto com as mãos parecendo não aceitar muito a interrupção do que acontecia. E eu fiquei fascinada vendo a empolgação dela.

_Esse despertador significa o quê?

_Significa que minha mãe está prestes a se levantar.

_Eu não acredito...

Sussurrou para si mesma. Depois me olhou.

_Do que está rindo?

_De você. _falei

Ela abaixou o cobertor até o ventre, ajeitou o cabelo que se espalhava pelo travesseiro.

_Cê não ta com calor não? _abanou-se com a blusa do pijama.

_Eu não... _ri.

Menti.

_Pára de rir! Isso não é engraçado...

_Ta bom... _tentei segurar o sorriso.

_Eu odeio isso! _disse depois de uns minutos em silêncio.

_Isso o que?

_Ficar nesse estado!

Eu tornei a me alegrar da expressão dela.

_Se você queria se vingar de mim, você conseguiu.

_É... Eu não tinha pensado nisso... _ falei orgulhosa.

As Ultimas Aventuras do Ensino Médio (Romance Lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora