CAPÍTULO 14

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KALENA


— Então, Sr. Galaretto? Você gostou da fazenda?

— Querido... – minha mãe murmurou olhando para o meu pai e complementou – Estamos à mesa.

— Desculpe, querida. Mas estou ansioso para saber a resposta dele.

— Eu gostei muito sim, Sr. Turtle. Ela serviria muito bem para o que eu desejo fazer, mas gostaria de saber por que quer vendê-la? É uma fazenda muito promissora.

— Estamos querendo nos mudar daqui.

— Hum...

— Conte a eles o que pretende fazer? – o outro homem falou e nós encaramos D'Angelo.

Todavia, eu não conseguia manter meus olhos nele por muito tempo e sempre abaixava o olhar para o meu prato.

— Bom... Minha intenção é comprar uma propriedade razoavelmente grande para montar uma clínica veterinária com local onde poderá abrigar animais resgatados e tratá-los até encontrar novos donos.

— Temos ótimas acomodações para alguns bichos. Mas se você ficar mesmo com a fazenda, que eu espero que fique – meu pai disse sorrindo e continuou – Os funcionários podem permanecer? É que alguns são pais de família e precisam do trabalho para ter o que comer.

— Claro. Podemos entrar em um acordo com relação a isso.

— O senhor é veterinário? – Ninovan quis saber.

— Não, não. Gosto muito de animais, mas a clínica é para a minha namorada que está fazendo faculdade de Medicina Veterinária em Dallas.

Um arrepio gelado subiu pela minha espinha na hora e eu ergui o olhar, encarando o ser humano a minha frente, mas D'Angelo se encontrava tão calmo como sempre que era como se estivesse falando de outra pessoa e não de mim.

— Achei que o senhor fosse casado com alguma dondoca da cidade grande – minha irmã mais velha falou e recebeu uma reprimenda do meu pai que se desculpou com D'Angelo.

— Não ligue para o que a Ninovan disse.

— Está tudo bem, Sr. Turtle. Para sanar a curiosidade da moça, eu já fui casado 4 vezes nesta vida.

Todos à mesa ficaram em choque, com exceção de mim, óbvio, e da Kauane que se encontrava no mundinho dela, alheia a nossa conversa e apenas comendo sua comida.

— Agora eu só quero curtir sossegado com a minha namorada que é bem mais jovem que eu e muito bonita, não que minhas outras esposas fossem feias, mas minha namorada tem uma beleza diferente e natural.

— Ih... É golpe. Fica de olho, senhor. Ela quer só o seu dinheiro. Mulheres jovens com caras velhos? É só isso que elas estão atrás.

Eu me sentia bastante constrangida com aquela conversa e com o rumo que a mesma tomava.

— É por isso que tenho um relacionamento diferente do normal.

— E como é esse namoro? – Ninovan quis saber.

— Não sei se vocês já ouviram falar, provavelmente não, mas eu tenho um namoro Sugar. Eu sou um Sugar Daddy.

Nossos olhares se encontraram de novo enquanto eu ouvia minha irmã rir e dizer que aquele nome era engraçado.

— Sim, é estranho para quem não conhece. Muitas pessoas até confundem isso com prostituição que é algo bem feio, mas sempre deixo claro que não tem nada a ver uma coisa com a outra. Meu namoro não envolve amor e sim troca de favores. Eu ajudo financeiramente a minha Sugar Baby, dando uma quantia estabelecida previamente em nosso acordo para que ela use esse dinheiro para conseguir realizar todos os sonhos que a mesma desejar.

Querido Sugar Daddy - Um Romance Age GapOnde histórias criam vida. Descubra agora