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De cada vez que fico triste é como se o chão se abrisse debaixo de mim, rasgo-me toda por dentro e cada lágrima que me cai é como se me queimasse. Mas, em contrapartida, de cada vez que estou feliz é como se dos meus olhos saísse fogo de artifício, como se a lava de um vulcão me atravessasse a alma. Ser intensa é viver no limiar dos extremos opostos. É viver e sentir no limbo entre o oito e o oitenta. É sentir tudo no momento para depois não sentir nada. É o impulso de viver todos os momentos à flor da pele e não saber distinguir que são só momentos, que os instantes não duram uma vida inteira. É não ter meio termo. É não saber ser morno neste mundo de pessoas descartáveis. É a personificação de confusão de tantos sentimentos que fervem por dentro. É sofrer por sentir tanto e por tão poucas perceberem o que isso é. É ser o amor e o ódio na mesma pessoa. Amor de quem ficou e se atravessou para conhecer. O ódio de quem não viu, não perdeu tempo e foi embora. É não saber onde largar tanta intensidade. É cair, levantar e querer sentir tudo outra vez. É ter tanta personalidade que a impulsividade impera. É não deixar nada para depois. É dar o peito às balas. E só quem a abre o peito, quem se torna íntimo consegue lidar com alguém assim. É viver com entusiasmo, com  borboletas no estômago e fazer tudo como se fosse a primeira vez.
Não me peçam para sentir menos. Não sei ser menos do que isto. É o mesmo que me roubarem de mim mesma.

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⏰ Last updated: Nov 17, 2020 ⏰

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Fracassada no Amor 💔Where stories live. Discover now