chapter twelve: trust me

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Uma semana depois

-Alfa! -Louis gargalhou, correndo para longe e tropeçando no sofá, caindo de costas e usando a almofada como escudo. -Alfa, tenha piedade de mim!

Harry se jogou em cima dele, as mãos grandes passando pelos cabelos do menor e pelo rosto, deixando toda a parte tocada branca.

Louis arquejou, a boca aberta em pura revolta.

-Seu... Seu monstro! -Empurrou Harry, resmungando e limpando a farinha que agora caia de seus cabelos e manchava o sofá. -Não acredito que você fez isso!

-Você jogou o pote de farinha em mim! -O alfa retrucou, voltando a se sentar e dando espaço para o ômega se limpar, rindo da expressão raivosa do menor.

Eles estavam fazendo um bolo desde de manhã. Ou melhor: eles estavam tentando fazer um bolo desde de manhã.

Quando Niall disse que Louis era um desastre na cozinha, o ômega não estava mentindo. Mesmo com a ajuda de Harry, a massa ainda havia ficado cheia de bolhas e o alfa dúvida muito que a textura estranha vá mudar depois que o bolo sair do forno.

-Foi engraçado. -Louis respondeu, dando os ombros. -Tem farinha nos seus cílios, alfa...

-O que? -Questionou, tentando olhar para cima, mas conseguindo apenas ficar um pouco vesgo, ganhando uma risada de Louis.

-Eu tiro para você. -Tomlinson respondeu, levando uma das mãos calmamente até perto dos cílios do outro, que fechou os olhos por instinto. -Posso?

Harry assentiu, sentindo em seguida o dedo indicador e o polegar se juntarem em seus cílios, tirando dali qualquer resquício de farinha.

O alfa sentiu quando a mão de Louis saiu do local, mas não ousou abrir os olhos. Os dedos pequenos percorreram lentamente o traçado do rosto do alfa, parando em sua bochecha e acariciando o local.

Harry sabia que Louis estava nervoso. Não só o cheiro do ômega mostrava claramente aquilo, como ele podia sentir os dígitos do outro trêmulos sob sua pele.

O de olhos verdes suspirou, inclinando-se um pouco mais em direção a mão do ômega, ainda com os olhos fechados. Ele estava com medo de acabar com a pequena magia do momento caso os abrisse.

-Harry... -O som da voz de Louis não passou de um fraco suspiro, fazendo Styles se arrepiar. -Harry, eu...

A voz foi diminuindo aos poucos, até não existir.

Styles abriu os olhos e encarou o menor. As bochechas estavam coradas, os olhos quase fechados pela vergonha e os lábios rosados entreabertos, esperando que alguma palavra saísse de lá.

O alfa se sente incapaz de desviar o olhar da boca alheia, seu cérebro em um loop eterno de "é só beija-lo", mas um pequeno sussurro dentro de si continua a repetir que ele precisa de autorização de Louis para isso.

Não importa se o corpo do outro está demonstrando querer o mesmo, não importa se ele o homem estava claramente prestes a pedir permissão para fazer aquilo. Harry precisava ouvir as palavras.

-Lou...

O alfa observou o de olhos azuis engolir pesadamente e abaixar a cabeça, envergonhado.

Ele não iria pedir permissão, porque baseado no que vinha observando nas últimas semanas, o menor o responderia com "sim" apenas por medo de magoa-lo.

O alfa se aproximou e beijou a testa de Louis, vendo o menor soltar um som surpreso e ronronar baixinho, relaxando.

-Desculpe. -Louis sussurrou. -Eu ainda não...

talk to me || l.s. aboOnde histórias criam vida. Descubra agora