∙ my love won't let you down ∙

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(cheryl parece ser decepcionada por todas as pessoas em sua vida. com uma exceção: verônica lodge.)

As lágrimas caíam por seu rosto lentamente. Molhando suas bochechas e lábios com a água salgada.

Cheryl não deveria estar chorando. Era seu aniversário, não deveria estar assim. E se perguntava o que havia feito errado.

Ninguém havia aparecido em sua festa. Nem mesmo os que se diziam ser seus amigos. Ela estava ali. No chão de sua casa chorando.

— Se ao menos Verônica estivesse aqui. — a ruiva murmurou entre os soluços de choro.

Verônica, sua namorada, estava na cidade vizinha com seus pais. Se sentiu horrível por não ter ido ao aniversário de sua amada mas sua mãe estava doente e seu pai se sentia mal por não conseguir ajudar Hermione.

Cheryl percebeu que estava sozinha naquela casa. E só lhe restava uma coisa: beber. Beber para esquecer.

A ruiva pegou numa das garrafas de álcool da festa e começou a beber. Sem parar.

Do lado de Verônica, a menina tinha acabado de colocar a mãe para dormir. E sentiu seu coração apertar.

— Uh. — Verônica franziu o cenho e tocou seu colar com o nome cheryl nele. Era da ruiva, ela tinha levado ele consigo para estar ligada a ela de alguma forma.

E Verônica sabia que quando sentia aquele aperto, sua namorada estava mal.

— Cheryl.

Cecília pegou o celular e ligou para Cheryl.

— Ei, amor? — a morena perguntou sorrindo. — Você está bem?

— Banana com chocolate. — Cheryl respondeu do outro lado. E pelo tom de voz da mesma, Verônica percebeu o que estava acontecendo. A voz de choro misturada com álcool no sangue.

— O que aconteceu, meu amor? — Verônica perguntou de forma inútil. Ela sabia que Cheryl não diria nada.

— Oh, nada! Uh, isso aqui é whisky. — a risada de Blossom surgiu pela ligação.

— Fique... Fique aí, por favor. Eu estou indo.

. . .

Uma hora depois, Verônica estava em New York. O táxi a deixou em sua casa e ela rapidamente procurou sua chave para abrir a porta.

— Amor. — Verônica fechou a porta e correu até ao chão da sala onde Cheryl estava desmaiada. — Cheryl, acorda. Por favor. — deu batidinhas em seu rosto e colocou a cabeça dela em suas pernas. — Porra, garota, você sabe que é sensível com o álcool. Cheryl, acorda!

— Hm... — Cheryl mexeu sua cabeça lentamente e ao abrir os olhos, viu a única pessoa que queria ver. Sua visão estava meio turva, mas poderia estar cega que ainda reconheceria seu amor.

— Shh, fica calma, não quero que
passe mal aqui. — Verônica acariciou o rosto da garota. — Vou te colocar mais sóbria, sim?

A latina se levantou com Cheryl no colo. A ruiva abraçou o pescoço da namorada e escondeu sua cabeça no pescoço da mesma.

— Está frio. — Cheryl sussurrou com os olhos um pouco fechados.

— Eu sei que está. E vai ficar mais, amor, sinto muito.

Verônica se referiu ao banho. Ela sentou Cheryl na tampa do vaso do banheiro de seu quarto e tirou suas roupas. De seguida, segurou sua mão para que ela entrasse na banheira.

— Não, eu não quero. Me tira daqui. — Cheryl choramingou sabendo que tomaria banho com a água fria.

— Não, fica aí. — Verônica impediu que a ruiva saísse da banheira. — Eu tomo banho com você, ok? Você só vai precisar me abraçar.

Cheryl assentiu cabisbaixa e esperou que Verônica tirasse as suas roupas. A morena entrou na banheira e puxou a namorada para um abraço em baixo do chuveiro. E então o ligou.

— Merda! — Cheryl gritou sentindo o choque térmico em seu corpo.

— Eu sei, eu sei. — Cecília acariciou os cabelos ruivos molhados com a água. — Molhe seu rosto, amor.

Cheryl levantou a cabeça sentindo a água gelada contra seus olhos. Aquilo ajudou.

— Pronto. — Verônica fechou a torneira e limpou os olhos de Cheryl com seus dedos. — Melhor? — sorriu e deu um selinho nos lábios da namorada.

A ruiva fixou Verônica por um tempo e nesse tempo, lágrimas se formavam em seu rosto.

— Não, não chora. — Verônica abraçou Cheryl com força enquanto acariciava suas costas. — Vou te dar um remédio, vem.

Verônica ajudou Cheryl a vestir um pijama e vestiu o seu também. Foi até à cozinha pegar um remédio e um copo de água.

— Aqui. — a morena entregou o comprimido a Cheryl e ela o tomou com a água. — Você vai ficar melhor. — Verônica beijou a testa da namorada e sentou ao seu lado na borda da cama.

— Porque veio? — Cheryl perguntou pousando o copo numa mesinha do quarto.

— Porque eu sabia que estava me chamando. — a latina sorriu e pegou a mão de Cheryl. — Meus pais estavam dormindo, eu só deixei um bilhete e vim correndo.

— Eu senti tanto a sua falta, amor. — Cheryl abraçou o corpo de Verônica que retribuiu o abraço de bom grado.

— Eu também senti sua falta, Cher. — a morena sorriu. — O que aconteceu hoje, por que você estava chorando quando eu te liguei? Porque estava sozinha?

— Me deixaram sozinha, Verônica. — Cheryl cruzou as pernas no colchão e seus ombros se descaíram, assim como as lágrimas em seu rosto. — Eu não sei, eu... O que eu fiz de errado? Porque ninguém apareceu?

— Shh, calma. — Verônica segurou as mãos da outra menina que chorava intensamente. — Eu sei que nenhum deles te ama do mesmo jeito que você os ama, você tem um coração de ouro, Cheryl. E eles estão perdendo. São eles, não você. E eu estou aqui. E sempre que precisar de mim, eu estarei aqui.

— Não. — Cheryl deu uma risada nasal. — É uma questão de tempo até ir embora também.

— Não, não. Meu amor por você é enorme, Cheryl. E ele não irá te decepcionar. Eu prometo.

Cheryl fungou e olhou Verônica. Sorrindo, a ruiva juntou seus lábios aos da namorada rapidamente.

Verônica retribuiu o beijo na mesma intensidade e a outra garota passou para o seu colo.

— Obrigada. Por estar aqui. — Cheryl sussurrou ofegante.

— Quando não houver mais ninguém por perto, eu estarei. Sempre.

Blossom voltou a beijar Verônica, dessa vez a deitou p'ra trás e caiu por cima dela rindo.

Verônica cumpriu sua promessa
mental: fazer todas as lágrimas
de Cheryl desaparecerem.

~🦋~

esse capítulo ficou mais curto porque originalmente não era para ser postado nesse livro, me desculpem.

amo vocês, até ao próximo 💛

one shots ⋅ cheronica Onde histórias criam vida. Descubra agora