A Torre.

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Olá!
Aproveitem 🌈

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A Torre.


ㅡ Quando eu entrei, ele já estava morto. ㅡ Levantei as mãos manchadas de vermelho. ㅡ Tentei sentir o pulso dele, mas não tinha mais pulso. Só carne aberta e sangue. Não vi nada. Estou aqui há um dia, não conhecia Choi Soobin para dizer se ele tinha motivos para se suicidar ou não. Eu só queria tomar banho. 

ㅡ Ele não teve um comportamento estranho? Agiu de alguma forma suspeita? Alguém te incomodou com algo? ㅡ Sra. Kang me olhava como um tigre olha um veado na floresta. Sua voz grave e sem hesitação era inesquecível.

ㅡ Já disse: não o conhecia para saber se estava estranho ou não. Ele se mostrou muito quieto e isso é tudo que sei. E não reparei em nada suspeito.

ㅡ Nem mesmo de seus colegas de quarto?

ㅡ Com todo respeito, senhora, estou aqui há um dia. Eu não sei dizer quem estava agindo estranho ou não. Tanto Jii quanto Jee foram receptivos e ocupados, quietos. Na verdade, idênticos a Soobin. E isso é tudo o que sei.

A professora de Poções do terceiro ano me olhou atentamente. Seu cabelo preso e brincos grandes em repouso, como o mar prestes a se tornar tsunami. Ela olhou um papel no canto da mesa ㅡ chutei ser meu histórico escolar ㅡ e me mandou sair. Pedi licença e deixei a sala de Kang Seulgi. Torci para nunca mais ter que vê-la.

Ao sair, ouvi a voz de Jii vir de uma porta fechada e a de Jee de outra. Todos estávamos sendo interrogados. Li o nome em uma das portas rapidamente; Lee Felix. "Nepotismo", pensei e ri seco por dentro, logo tomando o rumo até o quarto de Kai, pois o meu estava interditado. Alunos cochichavam pelos corredores. A escola estava atordoada. 

Choi Soobin, o menino de ouro, um prodígio quando se tratava de enxergar o oculto, aquele que era invejado havia sido encontrado morto em uma banheira, com os pulsos cortados. Suicídio era o palpite óbvio, mas era tão óbvio quanto que a investigação não pararia por ali. 

A escola estava tremendo por conta disso, inquieta e ansiosa para resolver logo a questão. Pelo que ouvi nos corredores, no máximo em dois dias haveria alguma reunião para esclarecer tudo aos alunos ㅡ para que se houvesse um culpado, ele servisse de exemplo aos outros e se não houvesse, todos pudessem colocar um ponto final ali. E pelo modo como os alunos me olhavam, chutei ser um dos mais queridos na lista de "possíveis exemplos aos outros".

Ser suspeito de assassinato não foi o que previ para meu primeiro dia de aula. Porém talvez fosse o que um ou os dois Park previram. Previram ou fizeram, ainda não estava claro. E eu não queria esperar pela resposta. A última coisa que desejava era me envolver naquela história.

ㅡ Mas não tem sentido, Kai! Soobin estava bem! Ele estava bem! Ele teria me dito, eu sei que teria!

Essas foram as primeiras palavras que ouvi ao entrar no quarto de Kai, cuja porta estava aberta e tornava visível a imagem de um garoto gritando, chorando totalmente inconformado. Ambos olharam para mim, que disse que voltava depois.

Os Irmãos Park'sOnde histórias criam vida. Descubra agora