Olá, velho amigo

6 0 41
                                    

Quarto dos meus pais...
Um sítio que nunca reconheci bem.
Claro que sabia como era, mas não sabia o que estava escondido naquelas gavetas.
O Jeremy começou pelo armário e eu pelas mesinhas de cabeceira.
Só coisas normais até que encontrei uns papeis cheios de números

O Jeremy reparou que não havia movimento do meu lado e olhou para ver. Quando me apercebi o que os papéis significavam eu entrei em choque.
Os sentimentos de raiva, confusão e tristeza faziam o peso sobre os meus ombros.

"Jeremy.... Acho que não foi um acidente mas sim um suicídio..." Disse

Ele chegou-se mais perto.
"Isso é o quê?" Ele perguntou
"Dívidas. E não são poucas..."

Ficou silêncio por algum tempo.
Ele do nada beijou a minha bochecha.
"Vamos acabar com isto de uma vez, ok?"

Eu acenei a minha cabeça e então nós começamos a arrumar de novo.
Passado algum tempo ouviu-se um bater na porta.
Eu e o Jeremy olhamos um para o outro e eu fui lá para baixo para abrir a porta.
Eu lentamente meti a minha mão na maçaneta e abri a porta.
E quem estava no outro lado?
Ninguém mais do que o lindo a maravilhoso Andrew yaaaaaay.
Eu rolei os olhos e disse
"O que foi."

Ele pareceu estar abalado com a minha expressão fria.
"Eu só vim aqui para te pedir desculpas e que consigas superar esta perda."
"Ouve, eu já superei muitas coisas e uma delas foi abandonar-me por uma Barbie qualquer. Tu fazes alguma ideia de quanto isso me magoou?"
"Eu posso explicar--"
"Sim claro e a tua explicação é 'ah não és boa de mais para mim'?"

Ele chegou-se perto. Eu só olhei-o com um olhar de morte. Agarrei na gola dele e atirei-o para dentro de casa e fechei a porta. Eu empurrei-o contra a parede mais próxima.
"Eu gostava de ti ok?! E tu traiste-me com uma das minhas inimigas! Como é que foste capaz..." Lágrimas começaram a deslizar pelo meu rosto. "Eu sempre fiz tudo por ti, dei-te tudo o que podia e quando soube que me abandonaste foi como se eu tivesse levado um pontapé no coração... EU ODEIO-TE!"

Ele meteu as suas mãos nos meus ombros
"Anna, acalma-te"
"Acalmo-me o tanas! Tu não fazes mínima ideia do que eu passei a partir daí!"

Ele pegou em mim e meteu as minhas pernas a volta dele e trocou de lugar, agora eu é que estava presa contra a parede.
"Anna, ouve-me." Ele meteu mais força contra mim e chegou-se perto da minha orelha esquerda "Tu não mudaste nada. Tu ainda és perfeita e eu sempre quis ver cada parte do teu corpo e explorá-las com a minha boca. Eu sempre quis ver a tua reação dos meus toques longos... e lentos... Todas aquelas oportunidades que tive foram por água abaixo. Tu és fofa demais e eu não sei se consigo ver-te a sofrer por minha causa de novo. E eu sei que neste preciso momento estás a sentir arrepios pelo teu corpo todo. Gostas tanto disto?"

Com isto, ele começou a trincar levemente a minha orelha e a colocar fricção no meio das minhas pernas.
"Porque é que fazes isto comigo, Andrew." Eu disse com a minha voz a tremer
"Porque posso."

Eu estava emocionante instável. Grande forma de ter vantagem de alguém. E com uma voz temida entre respirações eu disse.
"Para, por favor. Eu não quero isto."
"Não queres isto?..."
"Não. Por favor, deixa-me em paz."

Ele olhou para mim surpreendido mas logo a seguir ficou zangado e atirou-me para o chão, meteu-se em cima de mim, prendendo os meus braços e pernas e meteu as mãos dele à volta do meu pescoço.
"Porquê?! Antes davas em cima de mim constantemente e agora não queres?!"
"Andrew, tens de entender que... Pessoas mudam."

Ele apertou mais
"Bullshit! Eu sei que ainda gostas de mim, Anna. Não tens como esconder."
"Não consigo-... Respi- rar"

Ele apertou ainda mais.
"Hah! Merda." Ele disse com um sorriso e parou "vais ter que aprender a gostar disto, ok?"

Ficou silêncio por algum tempo e eu decidi chamar pelo Jeremy porque eu sei que o Andrew não teria nenhuma chace ao lutar contra o Jeremy.
"JER--" eu fui interrompida com o Andrew a beijar-me
"A chamar alguém, hm? É engraçado o facto de que ficaste mais fraca. O que aconteceu, baby?"
"Não me chames isso."

Ele começou a apertar o meu pescoço de novo.
"Quem julgas que és para me dizer o que digo e o que não digo."

Eu estava a tentar soltar, pelo menos, um braço para poder respirar de novo.
Com algum esforço, consegui e peguei no canivete que tinha sempre comigo e, cegamente, tentei acertar nele.
Ele parou para ver sangue a escorrer da bochecha dele. Merda, só fiz um golpe superficial.
Eu aproveitei este momento para tentar metê-lo em estado grave mas ele bloqueou-me e apertou o meu pulso, o que causou que o canivete caísse em cima de mim e, por sorte, caiu com o cabo e não a lâmina.

Ele, então, prendeu o meu braço de novo, pegou no canivete e apontou-o para a minha garganta.
"Achas que devo cortar-te aqui?"
"Não. Deixa-me em paz, por favor." Eu implorei com uma voz tremida.

Ele deu-me uma chapada/murro.
"Cala-te! És mesmo irritante às vezes."

Ele desceu o canivete para o meu peito
"Devo cortar aqui?"

Eu abanei a cabeça a dizer que não.
Ele desceu o canivete para a minha barriga.
"Preferes aqui?"

Eu disse que não.
"Hmmmm..." Ele subiu o canivete para o meu queixo. "Que tal aqui de baixo? Toda a gente vai ver a minha marca"

Eu abanei que não mas ele ignorou-me.
Ele saiu de cima de mim e eu tentei fugir mas ele agarrou-me no braço com muita força.
Ele sentou-se e encostou as minhas costas ao peito dele.
"Prepara-te, querida."

Ele meteu uma mão a tapar a minha boca e posicionou o canivete na parte mole a beira do maxilar e fez um corte profundo. Eu gritei de dor.
Doía.
O sentimento do sangue a escorrer e do ar a bater na minha carne era doloroso.

Ele posicionou o canivete do outro lado e fez a mesma coisa.
"Eu... Odeio-te...."
"O que foi isso?"
"Eu odeio-te!"
"Ai sim?"
"SIM!"

E com isto ele deitou-me e espetou o canivete na minha mão e prendeu-o no chão. Ele foi a cozinha e pegou noutra faca só que maior e espetou na minha perna e saiu de casa.
O Jeremy finalmente veio para baixo e ficou em choque.
"ANNA!!" ele veio imediatamente a minha beira.
"Jeremy! Ajuda-me por favor." Eu implorei
"Ok uuuuuhh"

O Jeremy obviamente estava a entrar em pânico. Sangue por todo lado e a pessoa que ele amava em risco de morte.
"Jeremy, primeiro acalma-te, k?"
"Ok" ele respirou fundo. "A seguir."
"Tens de diminuir a corrente sanguínea onde tenho feridas."
"Com o que?"
"Cintos ou panos e roupas"

Ele pegou no cinto dele e meteu-o na minha perna.
"Lembra-te que não podes apertar mui...to."
"Anna, fica comigo!"
"Jeremy, desculpa eu acho que não consigo aguentar."
"Anna, escuta. Eu já chamei a Miss Claire a dizer que era uma emergência. Ela e a Doc só já estão a caminho. Aguenta, ok?" Ele disse com lágrimas a formarem-se nos seus olhos.
"Jeremy.... Eu peço desculpa...."
"Anna, não!"



Olá lindas e lindos. Demorou um bocado porque o tempo e imaginação tão meios fdds. Mas yh espero k gostaram deste capítulo 🏃‍♀️
Muah, darling.

You Love IWhere stories live. Discover now