if it weren't for her...

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Olá cupcakes! Presentinho para vocês, essa história foi feita em colaboração com maaaryyyy. Boa leitura ☆♤

>_<

O som das bolas batendo no chão da quadra se misturava com os gritos do time. Xingamentos e incentivos eram proferidos aos berros junto das jogadas. E com mais uma jogada rápida de Hinata e Kageyama, a partida chega ao fim.
“Yosh! Mais uma!” – Hinata grita pulando e com uma bola já em mãos.
“Boke! Nem pense!” Kageyama respondeu entregando uma garrafa de água para Hinata e pegando a bola de sua mão.
“Ah, sem essa! Só mais uma partida!” O ruivo insistiu.
“Você disse isso das três últimas vezes...” Sugawara respondeu coçando a nuca “Já está tarde, e não é como se hoje fosse domingo, amanhã vamos voltar.”
Dando-se por vencido, o tampinha desistiu e assim, todos começaram a se alongar e pegar suas coisas para irem para casa.
“Kei-chan, se importa que eu vá com você?” Yamaguchi perguntou já do lado de fora do clube.
“Foi mal, combinei de sair com uma pessoa, fica para amanhã.” Respondeu ajeitando os óculos.
Enquanto Yamaguchi apenas assentiu, os outros pararam de conversar e até de andar, se amontoando em volta do jogador e aos berros. Não dava para saber ao certo o que eles diziam, mas era algo sobre “Você está namorando?”, “Um encontro?”,” Uma garota?”, “Ela tem amigas?”
“Calem a boca, droga! Me deixem passar! Solta meu braço, Hinata! CHEGAAA!”
Mesmo que Kei tentasse, eles não saíram de cima. Mas Tadashi se afastou para não acabar sendo atacado e Suga tentou apaziguar a todos.
“EI! Vocês vão acabar se machucando. Saiam de cima dele. Vamos, parem de gritar.”
Depois que conseguiu o milagre deles se desatarracarem, Kei pegou a bolsa do chão e saiu marchando furioso. Quando todos chegaram até o portão, se deparam com uma cena um tanto quanto intrigante: O loiro e uma menina, se beijando na frente do portão do colégio e depois seguindo de mãos dadas e sorrindo enquanto conversavam.
“Nossa, isso foi...” Hinata começou “O Tsukishima tá namorando! E ela é gata! Como assim a gente não sabia de nada?!”
“Não é possível!” Tanaka esbravejou “Como esse idiota conseguiu uma namorada antes de mim?! Fala sério, isso não é possível.”
“Oe! Yamaguchi! Você sabia de algo?!” Noya perguntou para o amigo, a última esperança naquele assunto.
“Não, bro. Descobri só agora também, sabem que ele não é de falar muito...” Respondeu de cabeça baixa ajeitando a alça da bolsa nos ombros e fungando “Bem, já tá tarde, até amanhã.”
Enquanto observavam atônitos a silhueta do amigo sumir nas sombras, Tanaka quebrou o silêncio que acabou se formando:
“Ok... ele tava chorando?”
“Eu vou atrás dele, consigo alcançá-lo.” Suga disse colocando a mochila nos ombros “Ninguém vai chorar comigo por perto.”
“Não é melhor dar privacidade para ele? Amanhã conversamos sobre isso, não?” Daichi tentou.
“Que privacidade o que?! Isso não existe aqui não. E você vem junto.” Sem dar tempo para Daichi protestar, Suga agarrou seu pulso e se pôs a correr “Até amanhã! Jantem certo!! YAMAGUUUCHIIII”
Todos se entreolharam e acabaram de sair da escola para seguirem seus rumos.
“Devíamos segui-los?” Asahi questionou.
“Acho que é melhor deixarmos com eles por agora... “ Nishinoya respondeu “Amanhã perguntamos o que sucedeu.. Oe, Asahi-san? Que tal me pegar um picolé?”
“Também quero!” Hinata disse empolgado.
Asahi suspirou e balançou a cabeça, dizendo algo como “Tudo eu, ninguém aguenta não.” Enquanto desse lado, todos seguiam Asahi até a loja de conveniência, do outro, Suga e Daichi realmente alcançaram Tadashi, com a desculpa de que iam para a casa de um outro amigo, continuaram seguindo o caminho até a casa do menor. Porém ele permaneceu calado e de cabeça baixa por um bom tempo, até que Suga, não aguentando mais e resolveu quebrar o silêncio:
“Então, Yamaguchi-san. Está tudo bem? Eu e Daichi ficamos um tanto quanto preocupados do jeito que você saiu... Você estava chorando?”
“Desculpa preocupar vocês, senpais. Não ‘tava chorando não, foi só que... Estranhei o que aconteceu lá. Só isso.”
“Tem razão” Daichi respondeu com um sorrisinho “Aquilo foi um tanto quanto... intrigante. Não é segredo que o Kei é um tanto quanto... insociável. Ouch! Doeu, Suga-san!”
“Não fale assim do Tsukishima, ele só é um pouco complicado.” Suga disse.
Depois disso o assunto meio que morreu. Faltando algumas quadras para chegarem até a casa de Tadashi, ele acabou por quebrar o silêncio.
“Amusa, senpais... Como se sabe quando gostamos de alguém?”
Ahh, como posso descrever o clima que se seguiu após essa pergunta? Bem, imagine, duas pessoas que meio(muito) que se gostam, mas mal admitem para elas próprias o sentimento, ter de responder essa pergunta na frente do respectivo amado... Legal, né? Foi mais ou menos isso... Mas bem, Suga se pronunciou:
“Ah... então... acredito que varia um pouco de pessoa para pessoa... mas, anh... seria quando você percebe que pensa muito nela, que gostaria de fazer tudo com ela, que lembra dela em quase tudo, se pega pensando o que a pessoa acharia de tal coisa..”
“É, isso...” Daichi continuou “Também quando você não gostaria que seus momentos juntos acabassem, quando não vê a hora de se reencontrarem, conta os minutos para isso, só tem olhos para ela...”
“Entendo... vocês falam como se conhecessem um pouco dessas sensações...” Tadashi concluiu, meio lento, meio sonso, meio pensativo, ninguém sabe ao certo.
Suga e Daichi coraram até a cabeça e se atrapalharam em responder ao baixinho, algo como “não, nada a ver não, quer dizer...”,” ah, acho que não é bem assim, mas é só que...”. No fim, os dois se entreolharam e sabe-se lá Odin o que pensaram.
“Por que a questão, Yamaguchi-san?” questionou o capitão curioso.
“Nada muito importante, apenas algumas... paranoias, eu diria. Bem, boa noite, senpais. Obrigado pela companhia e desculpa pela preocupação que eu causei. Até amanhã.”  Disse se curvando e acenando no fim se encaminhando para a entrada de sua morada.
“Por nada não, Tadachi-chan! Até amanhã!” Suga respondeu.
“Até amanhã! Se precisar de algo, não hesite em pedir.” Daichi declarou.
Com um aceno, o menor adentrou sua casa e os mais velhos, seguiram o outro caminho conversando baboseiras até suas respectivas casas.
Mas bem, após aquela noite, todos ficaram empolgados com a ideia de Tsukishima ter alguém, e na tarde seguinte, demoraram para começar o treino, pois lotaram o loiro de perguntas. Após uma bronca do treinador, deixaram isso um pouco de lado e seguiram o treino e a vida. Porém, com o passar dos dias, Yamaguchi acabou se tornando mais distante, não só de Kei como de todos os outros, e mesmo todos questionando sobre isso, ele afirmava veemente que não havia nada de estranho ou diferente.
Um mês acabou se passando depois disso, e num belo dia, quando se aprontavam para ir embora, com os músculos cansados e os gritos de Hinata e Nishinoya, uma figura não muito comum apareceu na porta do ginásio.
“WOW! Um anjo desses por aqui só pode estar perdido...” disse Tanaka empolgado “Vou prestar socorro. Com licença, cavalheiros.”
“Sossega aí, cara.” Kei se pronunciou colocando as mochilas nas costas e ajeitando os óculos “É a minha namorada. Ficamos de sair depois do treino. Tenham uma boa tarde.”
Desfilando, eu diria, com todos olhando descrentes, ele foi calmamente até a moça.
Quando os dois saíram, todos começaram a voltar a si. Alguns, como Suga, choravam de orgulho; outros, como Noya e Tanaka, gritavam sobre como ele era sortudo de ter conseguido uma menina, aparentemente mais velhas; tinha também casos como o de Daichi e Asahi, que se lamentavam por alguém mais novo ter uma namorada e eles não.
“Nossa, a namorada dele é realmente bonita.” Hinata soltou no meio de toda a confusão, ele se encontrava sentado do lado de Kageyama, que balançava a cabeça em discordância e de Tadashi, que tinha abaixado a cabeça, sabe-se raios porquê. “Não que eu tenha qualquer experiência, mas para mim eles combinaram e- Aí, Kageyama! Você tava quieto até agora! Por que mudou rápido de humor assim?! Por que me bateu?!”
“Cala a boca, boke. Olha.” Respondeu apontando para Tadashi.
Esse soluçava com as mãos cobrindo o rosto.
“Ei...“Hinata disse aguchando na frente dele “O que... Você tá bem?... O que houve?... Tá... machucado? EEI!”
“Não é nada, Hinata-kun.” Respondeu sorrindo entre as lágrimas “Não precisa se preocupar não.”
“Chega disso.” Kageyama disse enquanto colocava sua bolsa nas costas e estendia a do menor para ele “Yamaguchi, cata suas coisas e vamos logo.”
“Ah qual é! Você disse que íamos treinar até mais tarde!” protestou o ruivo.
“Boke! Será que você não consegue ser inteligente pelo menos agora?! Não é hora para isso, vamos logo.” Repreendeu o maior “Vamos Yamaguchi.”
Como o de sardas não se moveu e o menor abriu a boca para protestar novamente, o moreno jogou a bolsa de Yama nos braços dele, e o puxou junto com o ruivo pelo pulso em direção a saída.
Os três gritaram se despedindo do pessoal que acabou ficando para fechar a quadra e rumaram até a saída da escola. Como o caminho não era muito longo, Kageyama foi direto ao ponto já que passaram pela saída:
“Você não está bem desde quando ele disse que estava com alguém. Você gosta dele não?”
“Como você-”começou o de sardas mas foi interrompido pelo menor.
“WOW! Espera, espera, espera, o que eu perdi?!” Exclamou surpreso, apontando para o moreno.
“Perdeu como se nunca teve, boke?! Se você ao mesmo olhasse em volta iria perceber.” E se voltando para o mais velho “Eu apenas observei, seu desempenho acabou piorando um pouco, então só juntei as peças.”
“Espera, você sabe pensar?!” Hinata implicou.
Antes que pudesse revidar, Yamaguchi soltou um suspiro cansado.
“Tsukishima sempre foi um amigo muito importante para mim, mas eu comecei a me sentir diferente em relação a ele já tem algum tempo. E eu me assustei, de verdade, ele é meu melhor amigo, e se eu fizesse algo ou dissesse algo que acabasse estragando nossa amizade? Entendem o que quero dizer?” questionou encarando os dois que olharam um para o outro mas não sabendo que o outro também olharia então acabaram abaixando a cabeça enquanto coravam e assentiam, mesmo estranhando a reação ele continuou “Acabei trancando o sentimento e achei que tinha deixado bem escondida a chave. Mas percebi que não foi nem um pouco assim, só de ver ele com a menina um pânico se instalou em mim. Na minha cabeça, ele esperaria até eu criar coragem e desenrolar o que quer que fosse se seguir depois disso, mas não. Ele seguiu mesmo sem saber que o fazia, como poderia? Eu não tive coragem de dizer o que sentia, nem de mandar algum tipo de sinal. O menino não é adivinho. Eu... o perdi. Apenas vou levar um tempo para aceitar totalmente e seguir, mas... eu o perdi.”
Yamaguchi fez todo o discurso olhando para a frente, sem parar de caminhar em momento algum, mas quando ele terminou, parou repentinamente e um olhar de assombro tomou conta de suas feições.
“Oe, você tá... o que houve?” Hinata perguntou cauteloso.
“Eu o perdi. Bem, na verdade não tinha como eu o perder já que ele nunca foi meu. E, minha nossa, ele nunca será.” O de sardas começou a murmurar e voltar a chorar. Os outros dois se entreolharam, incertos do que deviam fazer para ajudar. Por fim, para o espanto dos presentes, Kageyama cortou o silêncio.
“Olha, não sei ao certo como essas coisas funcionam, mas você não o perdeu. Pelo menos não por completo. Ele ainda é seu amigo, e sei que isso pode parecer ruim agora, mas ele ainda está com você. Só está com alguém agora, mas não é o fim, não sabemos se durará por muito tempo. Por que não se afasta um pouco dele ou algo assim? Para você pensar direito e colocar as informações nos lugares corretos.”
“Eu não sei, é só... ele esteve comigo desde quando éramos crianças, é estranho pensar que agora tem mais alguém além de nós dois. Eu não sei como agir.”
“Vamos te ajudar, você não está sozinho.” Hinata disse.
“Obrigado pessoal. Acho que o melhor seria eu me afastar um pouco mesmo, assim vejo como as coisas seguirão.”
“Isso. Estamos contigo, não se preocupe.”
No dia seguinte, Tadashi evitou Tsukishima de todas as formas possíveis. Ficou de cabeça baixa nas aulas, sem falar nada, saiu rápido da sala nos intervalos das aulas e almoço, sem dar a chance do loiro questionar o comportamento.
O resto da semana correu do mesmo modo e até nos treinos, Kei notou as desviadas que o menor dava para não ter contato com ele. Isso já era estranho o suficiente, contudo tinha mais um fator que o estava incomodando também: toda vez que tentava falar com o de sardas, Kageyama lançava olhares menos amigáveis ainda do que os que já eram lançados a ele.
Enfim, o final de semana chegou, e como todo adolescente Tsukishima teve um bom descanso e talvez uma pizza e filme em família, correto? Haha não. O loiro foi basicamente ameaçado a comparecer a um mini acampamento de treino de Bokuto e Kuroo. Os mais velhos disseram que queriam analisar se o mais novo teve alguma melhora no desempenho.
Mesmo protestando por semanas que não ia e ter tido a breve esperança que tinha conseguido, foi surpreendido pelo seu irmão na manhã de sexta querendo saber porque ele se recusava a ir em um “treino muito oficial com dois dos melhores jogadores da temporada”, ou seja, aqueles dois tinham ligado para o irmão dele alegando que ele estava recusando um convite importante de acampamento de treino.
Dessa forma ele não teve escolha senão ir. Bem, precisava de um socorro de qualquer modo.
Depois de chegarem até a quadra que tinham arrumado- como, não se sabe, mas era boa, estava vazia e não era exatamente longe para qualquer um dos três não conseguir voltar para casa muito tarde.
De primeira apenas atazanaram um pouco o mais novo e colocaram alguns assuntos em dia. Mas depois de um tempo, decidiram treinar com um joguinho rápido, primeiro os dois contra o loiro e depois iriam revezando os times.
Na primeira rodada, os dois soltavam dicas para ele conforme seguiam e em dado ponto, Kuroo acabou falando como quem não quer nada:
“Sabe, o Hinata e Kenma ficam trocando mensagem boa parte do tempo. E em uma dessas, o tampinha acabou comentando duas coisas e ficamos um tanto quanto intrigados com ambas...”
“Um” Bokuto completou enquanto sacava “Você está namorando mesmo?” disse sacando.
“Dois” Kuroo completou rebatendo a defesa do loiro “O clima nos treinos não estava o dos melhores.”
“Principalmente entre você e o menininho do saque balão.” O albino completou mais uma vez salvando a bola e a cravando no campo adversário.
Tsukishima suspirou e foi buscar a bola.
“’Tá certo, eu quero acabar com aquele baixote laranja. Mas sim, estou namorando e sim, o clima não está bom, e sim” disse sacando “’Tá uma droga principalmente com o Tadashi. Ele mudou comigo estes dias e eu não tenho noção da razão.”
“O namoro é sério?” Bokuto questionou bloqueando o saque.
“Não. Quer dizer, não muito.” Respondeu devolvendo a bola “Ela gostava de mim, e acabou se confessando no meio de um pessoal. Meu irmão estava junto e não me deixou dispensar a menina no meio daquela nação toda, então acabei só... deixando as coisas seguirem. Mas acho que vou terminar com ela, não gosto dela de qualquer forma.”
“Nem conheço a moça, mas já tenho pena dela” Kuroo disse buscando a bola que tinha saído da quadra “Mas então, você gosta de alguém?”
“Boa pergunta.” Respondeu o loiro “Eu achava que sim, e quase fui atrás de resolver isso, mas aparentemente ia ser furada.”
“É uma menina?” Bokuto questionou.
“Hm... Eto...” o loiro limpou a garganta “Na verdade não.”
“HÁ!” exclamou Kuroo sacando “Eu disse. ‘Tá me devendo um churrasco.”
“Ih, nem vem.” Bokuto replicou “Não sabe se é ele.”
“Haha, é o Yamaguchi ne?” Kuroo questionou sorrindo maroto.
“Uhum” Tsukishima respondeu salvando a bola.
“Viu? Churrasco. Vai falar com ele?” o moreno disse.
“Como? O menino começou a se afastar de mim agora. Não consigo nem falar bom dia sem ele sair correndo ou entregar uma garrafa de água sem que Kageyama me fuzile com os olhos! E, ele não gosta de mim dessa forma.”
“Ah droga, Kuroo, temo que devemos usar nossa checklist suprema.”
“Oya oya! Tem razão, ele não nos deixe escolha. Pronto?” questionou jogando a bola pelos ombros e pegando uma prancheta invisível.
“Oya oya oya! Só se for agora!” respondeu estralando o pescoço.
“1” Kuroo começou “vocês vão para todos os lugares juntos por convite não só seu como dele também?”
“Sim?” o loiro respondeu com a sobrancelha arqueada e a cabeça meio inclinada “Mas isso não quer dizer n-”
“2” continuou Bokuto “Ele ficou estranho desde que você iniciou está história de namoro?”
“Não.” Respondeu o loiro “Ele só começou a ficar estranho quando... Eu... comecei a namorar” foi respondendo e abaixando a cabeça derrotado.
“Há! 3” finalizou Kuroo “Ele se distanciou de você depois de ter ficado estranho por causa do seu namoro?”
O loiro encarou os dois atônito. As peças estavam se encaixando e ele começava a perceber o que estava se passando.
“Vocês querem dizer que eu empaquei nossa relação com aquela menina?!”
Os mais velhos se entreolharam e responderam juntos sorrindo:
“Isso aí, gafanhoto.”
“Ah que bacana. Droga, eu sou um idiota.”
Enquanto o loirinho pistolava e ia em direção as bolas no carrinho para descontar sua raiva, os mais velhos ficaram encarando enquanto sorriam observando a cena.
“Espera. Então tudo depende de eu terminar com ela e ir falar com ele?”
“Bem, na teoria, sim.” Respondeu Bokuto “mas acho que é mais fácil falar do que fazer.”
“Tsk” o mais novo pegou uma bola e rumou para a quadra “Vamos continuar o treino, resolvo esse problema mais tarde. E troquem de time comigo, cansei dessa injustiça.”
Com os dois rindo, o treino e o final de semana seguiram tranquilos.
XXX
Na segunda, Tsukishima estava determinado a resolver aquela situação o mais rápido possível. Então tratou de marcar de encontrar com a até então namorada depois da aula e do treino para acabar com aquela fase do problema.
Não foi fácil, de verdade. Não que ele não tenha chegado e já dito o que queria ou como falar. Pelo contrário, ele foi mais direto do que era necessário, eu diria. Essa foi a parte fácil, a difícil foi fazer a menina parar de chorar que não queria terminar e fazer os curiosos de plantão pararem de olhar.
Ele jura que tentou o máximo que deu. Mas quando a paciência acabou, ele mandou uma mensagem para o irmão ligar proclamando uma emergia para poder sair logo dali.
Não foi muito humano e nem muito ético, ele admitiu para si mesmo, mas olha, ele nunca foi muito para emoções humanas. Ele só pagou a conta, se desculpou e saiu.
Bem, parte “fácil” feita, hora de planejar a próxima fase: a declaração.
Na verdade, ele já sabia o que iria falar e como. Mas a questão é, quando falaria se não conseguia se aproximar do menino?! Ele tentou pelo resto da semana e os dias que se seguiram, e quando assustou, um mês já havia se passado e nada da oportunidade aparecer.
Com o passar dos dias, ele foi perdendo as esperanças e a paciência. Tentou pedir conselho aos senpais, mas nada ajudava. Não conseguia achar uma brecha, a defesa criada pelo dois estava impenetrável.
Foi aí que em uma bela tarde chuvosa, do tipo com muitos trovões, ventos e relâmpagos, Suga e Daichi conseguiram fazer com que Kageyama fosse embora antes de fecharem a quadra, ou seja, Yamaguchi ficou sem o guarda costa.
O resto foi fácil, com a ajuda de Asahi, os três conseguiram despachar o resto do time, e deixar um desacordado Tsukishima e um arisco Yamaguchi para recolherem tudo e fecharem a quadra.
Os dois se olharam sem jeito e foram um para cada lado para arrumar logo a quadra e se mandarem dali.
Em dado momento da arrumação, os dois foram para a salinha de equipamentos, Kei com o carrinho de bolas e Yamaguchi com o carrinho com coletes para lavar.
Ambos se encararam e o de sardas abaixou a cabeça e ia seguir o caminho quando o loiro explodiu:
“Qual é a sua hein? Acha que pode me ignorar do nada e eu vou deixar por isso mesmo?! Ei! Não de as costas para mim! Estou falando com você!” disse exasperado agarrando o colarinho do menor.
“Qual é a sua! Você chega do nada com uma menina que surgiu do além, proclamando aos quatro cantos que estavam namorando! Por que fez isso?!” disse agarrando as mãos do maior em seu colarinho.
“Porque ela se declarou para mim e meu irmão não me deixou dispensar ela no meio do povo todo que estávamos!”
“Então por que deixou durar tanto? Não era só ter dispensado ela meio minuto depois de ter saído do meio daquele povo?!”
“Falar é fácil! A menina grudou em mim e o que eu tinha a perder? Alias, por que ficou tão incomodado com essa história?! Você é meu amigo! Devia ter ficado feliz por mim! Mas não! Você se afastou! Por que raios fez isso?!”
“Como eu podia continuar como se nada estivesse acontecendo?! Como eu podia simplesmente agir normalmente?!”
“Você devia! É o que amigos fazem!”
“Eu gosto de você, seu idiota! Não percebe?! Eu não quero ser simplesmente seu amigo! Como acha que e-”
“O que você disse?” o loiro perguntou relaxando os ombros que nem percebeu que estavam tencionados.
“O que?” Tadashi perguntou desentendido.
“Você... você gosta de mim?”
“É claro que gosto! Por que você acha que-”
Bem, ele nunca chegou a terminar a sentença porque Tsukishima agarrou sua cintura e o beijou. Com o choque, o de sardas nem se moveu, mas depois de alguns segundos empurrou o outro.
“Você está louco?! Ainda trai sua namorada e comigo ainda?! Onde está seu bom senso?!”
“Terminamos. Não gostava dela. Eu gosto de você. Quero estar com você. Só com você.”
“Você gosta de mim...”
“Gosto” o loiro respondeu sorrindo com as mãos envolta do rosto do outro, sorrindo.
“Eu não estou te perdendo.” Dizia ainda assimilando as informações.
“Você não está e se depender de mim, não deixarei nunca que isso aconteça.” Dito isso, ele o beijou e dessa vez o outro correspondeu.
O beijo no início foi calmo, as bocas se conhecendo aos poucos, mas logo a língua do maior invadiu a boca do menor e começou a explorar cada parte, o menor sufocou um gemido e abriu mais a boca para encaixar melhor o beijo.
As mãos do loiro foram ate a cintura do de sardas, logo as descendo pelas coxas dele e o forçou a subir no seu colo. O maior guiou os dois aos trancos e barracos até a sala do vestiário. Ele fechou a porta com o pé e colocou Yama no chão, as costas dele ficaram coladas na porta. A boca do loiro desceu para o pescoço do menor, e Yamaguchi sentiu a mente ficar em branco. Tsukishima chupava e mordia de leve a pele salpicada de sardas no meio dos beijos que depositava na região.
As mãos do maior se esgueiraram na camiseta de Tadashi e encontraram um mamilo duro, o qual apertou imediatamente.
“A-Anh... Anhh...” Tadashi estremeceu nos braços do maior e ele empurrou a ereção para a barriga do maior.
“Eu preciso de você, preciso agora...” Tsukishima sussurrou rouco no ouvido do menor mordendo o lóbulo de sua orelha. “Posso tirar isso?” sussurrou segurando a barra da camisa do menor.
Tadashi acenou a cabeça, sem conseguir proferir alguma coisa coerente. Para ele, tudo que conseguia processar era Tsukishima com os cabelos bagunçados e as bochechas coradas a sua frente.
O loiro retirou a camisa do menor e a sua também. O moreno perdeu o ar por um momento. O maior colou mais ainda os corpos e grudou novamente sua boca com a do outro, mordendo-o de leve enquanto sentia as unhas do moreno arranharem suas costas.
Tadashi empurrou de leve o loiro até que os dois estivessem sentados no chão, e ele no colo do maior. Tadashi aproveitou a posição e começou a mexer o quadril contra a ereção do maior.
“Tira isso” o loiro disse rouco enquanto puxava o short e a box do outro. Esse ajudou se levantando e arrancando a peça, e aproveitando que estava de pé, ajudou o loiro a retirar a dele também, ficando ambos nus.
O loiro puxou-o de novo para seu colo e levou sua mão até o pênis de Tadashi, e esse gemeu arrastado, fazendo o membro do maior latejar. Então Tsukishima agarrou os dois membros e começou uma masturbação dupla, fazendo com que o menor jogasse sua cabeça para trás e suspirasse.
O maior se aproveitou do pescoço exposto do outro e começou a deixar um rastro de beijos, mordidas e chupões. Yama agradeceu por estarem ambos no chão e pelo maior estar com uma mão em sua costa o segurando, pois não tinha certeza se conseguiria se sustentar sozinho. Não com Kei bombeando ambos os membros e marcando seu pescoço daquele modo.
“Tsukki... não vou aguentar muito tempo...”
O loiro sorriu com a boca ainda no pescoço do menor e aumentou a velocidade da mão. Yamaguchi gritou o nome do outro quando chegou ao orgasmo. Kei atingiu o clímax também quando ouviu o outro o chamando. Ele então abandonou o pescoço do menor e colou seus lábios de forma exigente, silenciando os gritos dele.
Eles colaram as testas esperando as respirações se regularem. Mas logo o moreno estendeu sua mão até sua mochila e tirou um preservativo e o vidro de lubrificante da mesma.
“Você anda com isso para todo lugar, é?” O loiro debochou.
“Engraçadinho. Eu coloquei faz um tempo e esqueci de tirar.”
“Então realmente você and-” ele foi calado pelo menor, que tinha voltado a grudar os lábios de ambos,
Ele voltou a mexer o quadril na ereção novamente desperta do outro. Kei sentia o membro latejar novamente, ele segurou firme a cintura do outro e o puxou para mais perto.
Yama separou a boca de ambos e desceu seus lábios deixando uma trilha de beijos do canto da boca de Tsukki até seu pescoço, o qual marcou com mordidas e chupões.
“Tadashi... não aguento mais... fica de quatro, vou te preparar.”
O outro obedeceu, saindo do colo do maior e se posicionando no chão do modo pedido. Kei apertou o vidro de lubrificante, deixando que uma boa quantia atingisse seus dedos, e logo se voltou para o menor.
Ele passou a trilhar beijos pela costa de Yama, e logo introduziu o primeiro dedo, ouvindo o menor gemer arrastado, e depois de um tempo, introduziu o segundo, começando com os movimentos de tesoura para alargar o menor.
“Tsukki...eu...vai logo...” o de sardas suplicou.
“Se eu não te preparar certo, vai doer pra cacete depois” respondeu rindo anasalado.
“Eu aguento... vem logo... eu preciso...”
“Precisa do que hein?” sussurrou no ouvido do outro, logo mordiscando o lóbulo da orelha do menor.
“De...você...” disse em meio de suspiros.
Com isso, o loiro não se segurou mais. Retirou os dedos e abriu um preservativo, logo o colocou e se posicionou atrás do moreno, segurando a nunca do mesmo e mordendo seu ombro enquanto o penetrava.
Yamaguchi gritou quando teve seu corpo invadido. Doía, como o maior tinha dito, mas menos do que ele pensou que doeria, mas mesmo assim ele queria muito aquilo.... No início, as estocadas foram mais lentas, esperando o corpo se acostumar com a invasão, mas essas foram se tornando mais brutas. Yama sentia as mãos de Kei correrem por todo seu corpo, até pararem em seus cabelos, puxando-os sem muita delicadeza e mordendo o pescoço agora mais exposto. Revirou os olhos perdido em prazer enquanto rebolava contra a pélvis dele.
Sentiu o maior se retirar, e quando virou para reclamar, esse o tomou nos braços e o ajeitou sentado em suas pernas dobradas. O moreno o beijou enquanto penetrava o membro do outro em seu interior. Quando as bocas se separaram, ele desceu os beijos pelo pescoço do outro e começou a se movimentar.
Tsukki jogou a cabeça para trás e gemeu rouco, colocando uma mão no quadril do outro para auxiliar nos movimentos, e a outra para o pênis até então negligenciado.
O maior respirou fundo, buscando o controle que sabia que não existia enquanto o menor cavalgava mais rápido e com mais forca em si. A pele suada não ajudava muito o loiro para auxiliar nos movimentos, mas convenhamos, não é como se o outro precisasse. Ele então desceu as mãos e bateu nas coxas e nádegas do moreno.
Kei Grunhiu, não ia conseguir aguentar por muito tempo com Tadashi cavalgando daquela forma em si, chamando seu nome como se precisasse dele para respirar.
“Tsukki.. não vou aguentar... por muito tempo” ele tentou chamar em meio a gemidos, as mãos arranhando os ombros do maior, enquanto sentia seus quadris arremeterem sozinhos contra ele, deixando um barulho seco pelo quarto.
“Não precisa se segurar, Yama...” mordeu-lhe o pescoço, fechando os olhos e respirando o cheiro do menor antes de marcá-lo mais algumas vezes “Goza pra mim... vem Yama, vem...”
O arrepio causado pela voz sussurrada contra seu ouvido fez Tadashi abraçar o pescoço do loiro com forca, enquanto se beijavam de forma desordenada e afoita. O calor subia por sua virilha, chegando ao peito, crescendo e se expandindo, para no meio de toda aquela bagunça, explodir.
Tsukki apertou Tadashi e gemeu junto dele, as bocas tão próximas, que não soube qual das vozes era a responsável pela vibração que sentia no mínimo espaço que os separava. Sentiu o gozo dele em seu abdômen e permaneceu imóvel enquanto o menor parava de se movimentar.
Eles encostaram as testas e esperaram as respirações se normalizarem. Yamaguchi sorriu fraco e depositou um beijo na ponta do nariz do loiro, logo se levantando.
“Ei, onde pensa que vai?” o maior perguntou em alerta.
“Hm?” respondeu enquanto vestia sua calça “a escola vai fechar daqui a pouco, vamos terminar na minha casa.”
“Como...?” questionou confuso
“Ora, vamos terminar na minha casa, meus pais estão fora” disse vestindo a camisa e olhando zombeteiro para o outro “ou vai me dizer que se satisfez só com isso?”
Suspirando aliviado, o loiro retirou o preservativo, o amarrando e descartando na lixeira próxima. Logo pegando a camisa que o menor jogava para si.
“Eu não mereço você” falou balançando a cabeça.
Rindo, o menor pegou os pertences dos dois enquanto esperava Tsukki acabar de se vestir, logo o beijando e entregando sua mochila para rumarem ate sua casa. O dia mal havia começado.

>_<

That's all folks!☆

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