Mil Tsurus [antiga Ao Som da Chuva]

epígrafe

As batidas de um coração que havia alcançado a genuína paz vibravam em uma melodia constante sob a palma dele. Do homem de cabelos escuros e olhar afiado.
Aquele toque, que tinha início em sua nuca e um fim indefinido era o lar dela.
Me permita fazer morada aqui, em você, os olhos dela diziam amedrontados com a possibilidade de que o que ela experimentava sempre que o encontrava fosse um devaneio, uma fantasia da qual sua mente se recusava a abrir mão. Fizeram-na acreditar em muitas coisas, mas ele empenhava-se em romper aquele ciclo mórbido no qual a haviam inserido.
Pode residir aqui, em mim, pelo tempo que precisar. O beijo nas pálpebras dela eram a resposta. Aqueles olhos que possuíam um tom amendoado já haviam testemunhado o bastante da maldade humana na concepção dele. Bastava de todo aquele terror. Ele a protegeria sem sufocá-la pelo tempo que ela permitisse.