April 1 - [ZARRY]

KENNY

AVISO IMPORTANTE: Galera, o que a Kendall fala ao Zayn, não é mentira, ok? É realmente a versão dela das coisas. Pra vocês não acharem que ela tá querendo por pilha ou algo do tipo. Não odeiem a garota! Ela é LEGAL!

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Na primeira hora que se passou após a fuga estranha de Harry pelas ruas de Bradford, eu fiquei rodando a cidade com um muda de roupas em mãos, celular e carteira.

Eu não fazia a mínima ideia de para onde estava indo, já havia passado por ruas que nunca havia visto antes, mas desistir não era uma opção.

Como uma luz em minha mente, Kendall veio a minha cabeça. Em todas as vezes que Harry ficou nervoso, ela era a solução. Não era muito legal pra mim, assumir que meu namorado precisa da ex pra ficar bem, mas não era o melhor momento para ser orgulhoso. Além do mais, ao que parece, o problema se trata de sonambulismo, então provavelmente ela já esteve com ele em outros casos e deveria saber o que fazer.

Agradeci mentalmente aos céus por ter pego o número dela em um dia qualquer que conversamos juntamente com Harry, Sophia e Louis.

A garota apenas me avisou que daria um jeito e pediu para que eu a encontrasse no centro da cidade e assim eu fiz.

O táxi parou em frente à uma praça no tal centro e de longe eu já podia avistar o carro da garota parado do outro lado da rua. Ela estava caminhando de um lado para o outro enquanto conversava ao telefone.

Me aproximei em silêncio, deixando que a mesma terminasse com a ligação antes de soltar qualquer palavra.

- Certo, pai! Desculpe por isso e obrigada mais uma vez. - Desligou e voltou seu olhar a mim.

- Oi... - eu estava de fato nervoso, mas decidi não transparecer muito, já que a garota estava a flor da pele.

- Ele está bem. - suspirou aliviada.

- Como assim? Cadê ele?

- Meu pai foi avisado que tinha um cara pelado tentando entrar em um supermercado na zona oeste, foi só ligar os pontos. - riu - Ele está na minha casa.

O pai de Kendall era o policial chefe da cidade. Perdi a conta de quantas histórias Harry já contou sobre como ele tirou o garoto de roubadas.

- Va-vamos pra lá? - eu não sabia o quão inconveniente poderia ser me oferecendo para ir a casa dela, mas eu queria ver meu namorado.

- Antes, eu preciso falar com você. - se encostou na porta do carro.

- Falar comigo? - arqueei as sobrancelhas

- Zayn, eu não quero que você pense que o que eu vou falar é por você ser atual do meu namorado, por ciúme, inveja ou pra prejudicar o Hazza. Não é nada disso. - eu não estava gostando do rumo da conversa - Eu estou realmente preocupada com você.

- Preocupada comigo? - indaguei duvidoso

- É visível que você está completamente apaixonado por ele e eu não quero que saia machucado como as outras.

- Não é visível... - fiz biquinho

- Cara, você ficou mais de uma hora andando sozinho pelo meio da cidade durante a madrugada, quando você podia apenas mandar que os amigos dele ou os pais fossem atrás.

- Touché - ri - Mas, eu ainda não estou te entendendo.

- O Harry não é esse ser humano perfeito que aparenta. Quer dizer, sim ele é um amor e faz qualquer um morrer de amores, mas esse é o problema. Tem uma parte do Harry que ele esconde e que sempre acaba magoando as pessoas ao redor. - bufou tentando achar as melhores palavras.

- Ken, seja direta. Por favor! - eu esqueci implorava.

- Quando ele coloca algo na cabeça, ele não para até conseguir e não leve isso como uma qualidade. Nas férias do ano passado, ele não saiu de casa um dia se quer, porque havia decidido que queria aprender latim.

Comentei e eu ri, mas ela permaneceu séria.

- Ele contratou três professores particulares, uma para o dia, um para noite e outro para finais de semana. Ele não parava nem por um segundo, ele emagreceu muito, teve anemia e foi socorrido diversas vezes. Você tem noção do que é um ser humano com qi comum, aprender fluentemente um idioma em um mês?

Ela riu nasalado passando a mão nos próprios cabelos.

- Ele não age assim apenas com a parte acadêmica, ele é assim com tudo e todos. Eu perdi as contas de quantas vezes ele terminou comigo nos últimos três anos por achar que estava apaixonado por outras garotas, chegando até a namorar com algumas delas. Mas quando ele percebia que já havia conseguido o que queria, acabava.

Eu já estava entre um turbilhão de emoções, sobre isso ser verdade ou não, mas por algum motivo, algo dentro de mim dizia que era. A vontade de chorar, a raiva por me deixar levar pelo sentimento. Eu realmente estava confuso.

- Eu normalmente nunca liguei, não gostava das garotas, então apenas deixava que ele jogasse a merda no ventilador. Mas você é diferente, seu sentimento por ele só está aumentando e eu não quero que você saia machucado. Então tome cuidado, Zayn.

- O-brigado por... me avisar. - eu estava totalmente perdido.

- Vamos? - abriu a porta do carro e se dirigiu para dentro dele.

- Me-melhor não. - era difícil segurar as lágrimas.

- Zayn, eu não quis por medo em você. Eu só estava te alertando por ter acontecido nas últimas vezes, mas também não quer dizer que vai ser sempre assim... - manteve um sorriso terno na face.

- Eu acho que vou pra casa. - sai dali rapidamente, não dando mais tempo para receber outra resposta da garota.

Eu estava atordoado, nervoso, confuso, irritado e extremamente triste. Eu odiava essa sensação. Odiava estar apaixonado, odiava não ter controle de mim mesmo. E odiava ainda mais, não saber o que fazer.

Caminhei lentamente pela rua, deixando que meu subconsciente me levasse para onde desejasse. Não havia ninguém em minha casa e provavelmente minha cama estava com o cheiro dele, era o que eu menos queria agora.

As lágrimas escorriam sem meu consentimento. Eu estava tão desnorteado que não me importei com um fato de estar andando sozinho no meio da madrugada.

Quando finalmente parei, percebi que estava em um lugar conhecido.

Respirei fundo antes de adentrar o local e deixar que o elevador me levasse até o andar correto.

Suspirei pesadamente quando as portas da caixa de ferro se abriram. Caminhei até o fim do corredor e parei na porta com o número 132.

Toquei a campainha e esperei por alguns minutos até que o ser com a cara de sono abrisse.

- Z? O que faz aqui essa hora? - encostou a cabeça na porta, ainda de olhos fechados.

- Eu preciso de você, Lee.

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Parece que o Z não é o único com segredos rsrs

Deixem as teorias aqui, pois o próximo cap já vai acabar com as dúvidas

Espero que tenham gostado e já tem mais att aí! 💕