☁︎⋆ My heaven ⋆☁︎

- Chapter three -

Acordei cedo o que pra mim parecia ser um milagre depois da noite mal dormida de ontem, estava pensando no que deixou Yoongi tão vulnerável daquele jeito, e já que o mesmo não tinha falado nada sobre, minha cabeça não parava de criar teorias e paranóias para justificar o comportamento do menino.

Criei coragem para levantar da cama e segui até o meu guarda roupa, peguei um moletom azul marinho e um shorts cinza levando a muda de roupa para o banheiro.
Fechei a porta do mesmo e entrei de baixo do chuveiro que estava mais frio do que quente com o objetivo de expulsar pelo menos um pouco da minha preguiça. Ao finalizar meu banho, me enrolo na toalha, penteio meus cabelos que eram de uma coloração loiro mel e finalmente me visto.

Yoongi pov:

Acordo com os raios solares aquecendo gentilmente meu rosto, levo um momento para me situar e ter noção do ambiente ao meu redor.
Minha visão estava ainda um pouco embasada mas percebo que Haneul adentrou a sala mas não percebeu que eu havia despertado até eu me pronunciar com a voz embargada de sono.

— Bom dia.

Percebi que isso apegou de surpresa pois levará um susto de leve, fazendo com que encolha o corpo de uma forma rápida e não muito perceptível.

— Bom dia Yoongi. — a menina disse tentando fingir que não tinha se assustado.  — Pode já ir levantando daí, vamos sair pra tomar café.

— Yaah, tá tão bom aqui, pra que precisamos sair? — reclamei com uma voz de pidão.

— Não sei se o senhor Min Yoongi se esqueceu mas eu vivo a base de comida pronta e nunca me preocupei com o café porque eu moro em cima de uma cafeteria b&b, boa e barata! — Haneul relatou.

Ela morava em um pequeno prédio de 3 andares, no primeiro piso ficava a cafeteria, no segundo uma menina que parecia ter nossa idade, e no terceiro com acesso a cobertura morava Haneul.

— Vamos, vou pegar a sua roupa que lavei ontem, se quiser pode tomar um banho rápido. — dirigiu a palavra a mim soando como minha omma.

Fui em direção ao banheiro, a menina me estendeu uma toalha seca e saindo do quarto falou que deixaria a roupa em cima de sua cama.

(...)

A cafeteria era realmente como Haneul havia falado, boa e barata. A decoração também era muito bonita, tinha falsas plantas nas paredes, madeira rústica escura, detalhes em ferro de cor preta, a maioria das paredes eram de vidro dando acesso a uma vista calma da rua em que a menina que me acompanha vivia e o mais agradável de tudo era o aroma de café que se espalhava pelo local, era suave e nem um pouco enjoativo.

Haneul pov:

Ainda estava preocupada com Yoongi, mas o ver relaxado devido ao ambiente acolhedor da cafeteria aqueceu um pouco meu coração deixando a preocupação menor.

Não sabia se era a hora exata de perguntar mas não me contive.

— E-ei Suga... — estava insegura de como começar a conversa sabendo que ele não gosta de ser visto como vulnerável.

— O que aconteceu? Você raramente me chama de Suga... — declarou o menino estranhando o meu comportamento.

— Eu estou preocupada contigo... — parei de falar por um instante mas logo retomei minha fala — Você apareceu ontem na porta da minha casa tão fragilizado, queria saber se tem algo rolando e se eu posso te ajudar com isso.

— Olha Haneul, eu não tô afim de falar disso no momento, podemos conversar depois? — ele disse sério.

Eu simplesmente assenti e olhei para o meu café.

Depois de finalizarmos o nosso café Yoongi finalmente quebrou o silêncio que ali se encontrará.

— Eu acho melhor eu voltar pra casa, meus pais devem estar preocupados comigo, eu sai sem avisar e não sei notícias até agora.

— C-claro... se precisar de algo me liga — pronunciei com um sorriso amarelo.

E assim nos despedimos, Yoongi seguiu para fora do local enquanto eu fiquei ali acompanhada de meus pensamentos e só sai deles quando a moça que trabalhava no café veio até mim.

— Com licença, posso retirar as coisas? — perguntou com sua voz suave e doce.

— Claro, claro... obrigada — enunciei meio sem jeito por ela me pegar de surpresa.

Ela tinha cabelos pretos como a noite e a pele bem pálida o que realçava suas bochechas coradas devido a vergonha, suas orbes eram hipnotizantes, tão profundas e escuras...

Percebi que a mesma trabalhava ali sozinha e que parecia ter a minha idade, chutaria entre 17 e 19.

A menina estava se afastando da mesa quando a perguntei

— Você é a dona daqui? — interroguei com uma certa curiosidade.

— Não e sim. — ela riu. — O lugar é dos meus pais mas eu que cuido daqui, por acaso estaria interessada em trabalhar aqui comigo? Sabe, as vezes é bem difícil cuidar de tudo sozinha e já que você mora aqui em cima não pegaria nenhum trânsito e ganharia bem.

— Isso me pegou de surpresa — confesso. — mas, claro, pq não?

Nós duas rimos e nos apresentamos mais adequadamente, o nome dela era Yuna, também tinha 17 anos, mas estudava em outro colégio.

— Mas então o que te fez mudar pra cá? — ela me pergunta com o olhar curioso.

— É uma longa curta história, meus pais começaram a viajar bastante nesses últimos dois anos e a casa que vivemos é enorme, e eu passava todo tempo lá sozinha e aquilo me dava calafrios, precisava de um lugar mais aconchegante então meus pais compraram o apartamento aqui no terceiro andar e pra falar a verdade me sinto bem mais confortável aqui do que lá naquele casarão. — disse dando uma risada fraca.

Depois de conversarmos sobre muitas coisas tanto minhas quanto delas ela decide me perguntar sobre Yoongi.

— Aquele cara que estava aqui mais cedo... é seu namorado?

— N-não! O Yoongi é só meu amigo. — declaro sentindo minhas bochechas esquentarem levemente.

Yuna me fita com o olhar pervertido, me fazendo sentir mais vergonha ainda.

— Aigoo! Yuna, admito que ele é muito bonito e talentoso mas não temos nada!

— Tá bom então... — Yuna levanta as mãos como se estivesse se rendendo.

— Mudando de assunto, quando começo? — perguntei animada.

— Tudo bem por você na segunda?

— Sim, sem problemas!

— Então te vejo na segunda as 14:30. — Yuna diz se despedindo.

(...)

Ao chegar na minha casa decido arrumar tudo, já que os vestígios que mais alguém dormira aqui eram evidentes.

...

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— Mei mei