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De repente, me pego olhando para um pôster enorme dos Beatles que está destacado perto dos outros pôsters de bandas igualmente famosas em uma parede escolhida propositalmente para chamar a atenção e ser o ponto turístico diferente e chamativo do quarto. Talvez diferente seja o termo errado, já que nos filmes a nossa geração parece estar imortalizada por quartos bagunçados de fãs de bandas de rock com paredes repletas de pôsters ou discos e fitas cacete. Mas diferente parece ser o único termo que me vêm a mente quando eu tento resgastar qualquer termo expressivo o suficiente para isso. E há uma razão até: é diferente, pra mim, pois eu nunca tinha visto algo assim antes, isso, é claro, tirando nos filmes americanos, sendo eles clichês ou não; é diferente pois aqui, sendo palpável, estando na minha frente diretamente, sem a tela da minha televisão de tubo me impedindo de viver. E talvez seja por isso também, porque é real, e estou vendo e vivendo isso.

Um sorriso me escapa e eu me repreendo no mesmo instante por isso, não sabendo ao certo o porquê, mas buscando algo para ocupar a minha mente e motivos para dar a mim mesma do porquê isso parece tão importante agora.

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