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Naquela hora eu me senti tão mal. Ela gostava de mim, mas...eu nunca percebi isso.

Eu realmente pensei que ela só me via como um amigo, e eu a via como uma grande amiga, uma pessoa que eu sempre poderia contar.

Só queria morrer naquele momento. Não queria estar ali, queria me matar. Eu tô machucando a minha amiga, que idiota.

- Chat? Por que não falou nada?

- N-nada. Eu só...só fiquei pensativo. - Fico calado. - Desde quando gosta dele?

- Desde que ele entrou na escola. No primeiro dia de aula eu tive ódio dele, sabe? Pensei que ele era aqueles menino mimados, até porque o peguei colando um chiclete no meu lugar. Mas na verdade ele só tava tentando tirar o chiclete de lá. Depois me explicou tudo, e...eu acabei me apaixonando por ele.

Flashback on

- Eu só queria que vc soubesse que eu só tava tentando tirar o chiclete da sua cadeira. Eu juro pra vc. Eu nunca estivesse em uma escola, nunca tive amigos, isso é tudo meio...novo pra mim.

Entreguei meu guarda chuva a ela, pois estava chovendo e não queira que ela se molhasse, mas sem querer, quando ela pegou o objeto, ele fechou bem na sua cara. Começamos a rir na mesma hora.

Flashback off

- Marinette, eu...eu sinto muito.

- Não, não sinta. Acho que ele está apaixonado por outra pessoa.

- E...quem vc acha que ele gosta? - Eu não sei porque perguntei isso, apenas veio em minha mente e eu falei.

- Eu não sei...ele conhece tantas garotas, e todas são afins dele. Eu não tenho a menor chance.

Cara, ver ela assim é de partir o coração. Da para ver a tristeza no fundo dos seus olhos. Tadinha. Eu sou um babaca mesmo.

Não penso duas vezes e puxo Marinette para um abraço. Acho que ela estava precisando de um abraço agora.

- Me desculpa.

- Por que? - Encerra o abraço. - Vc não tem culpa.

- O...o que eu quis dizer é que...eu sinto muito por vc. O tanto que vc gosta dele, e... - Me interrompe.

- Gostava. Não gosto mais. Pelo menos vou tentar esconder meu sentimento.

- Ah... - A olho com uma cara triste.

Nossa, eu sou tão idiota. Só queria poder consolar essa garota nesse momento. Mas espera, eu posso consolar ela. Agora sou o Chat Noir, eu posso deixa-la mais alegre.

Chego mais perto dela e lhe dou um abraço bem apertado, assim fazendo a garota logo retribuir.

Sinto ela respirar fundo e encostar sua cabeça em meu ombro, fazendo com que eu desse um sorrisinho.

Ficamos abraçados por um tempo, depois começamos a conversar sobre coisas aleatórias, e assim foi nossa noite.

E enquanto a mim, prefiro esquecer que machuquei a amiga que tanto amo.

Continua...

𝐌𝐀𝐑𝐈𝐂𝐇𝐀𝐓Onde histórias criam vida. Descubra agora