Condessa da noite

31 de dezembro de 1766

ooi gente demorei mas apareci 

Hoje e véspera de ano novo, meu pai e eu fomos a igreja, o padre estava dando um sermão, o padre ama dar sermões, ele está falando sobre os papéis das mulheres na nossa sociedade é bom eu não concordei em nenhuma parte do que ele falou, por que os sermões para as mulheres sempre são tão pesados? É por que parece que a nossa sociedade passa a mão na cabeça dos homens? Não sei ainda as respostas para isso, mas quando descobrir eu escreverei aqui, mas eu não concordo com o que o padre falou, é falei sobre isso para o meu pai.

- Não concordo com as palavras do padre. Acho que ele está errado em muitos aspectos sobre nós mulheres, não somos simples cuidadoras de casa, muito menos que devemos sempre abaixar as nossas cabeças para os homens, e sim acho que podemos mostrar nossas próprias opiniões. Mas acho que isso nunca vai acontecer não é mesmo papai.

Ele olhou para mim um pouco triste.

- Por que você acha isso meu amor?

- Não sei pai, realmente eu não sei. Mas sinto que nunca teremos o mesmo direitos que os homens, porque somos "frágeis" para a sociedade. – Eu falo para ele.

- Sabe, sua mãe era uma mulher maravilhosa, e ela tinha suas próprias opiniões e nossa ela me ajudava em muitas coisas que eu não conseguia entender. Ela era como um guia para mim, ela sempre sabia o que fazer, sempre ajudava quem precisava, ela era o ser humano mais bondoso e com a alma mais bela que já tive o prazer de conhecer. É você me lembra muito ela, Helena. Minha doce e pequena Helena. – Ele me responde com um sorriso triste.

Papai sempre foi maravilhoso. Minha melhor amiga foi passar a tarde comigo, ela e meio ingênua mas ela também não concordou com as palavras do padre hoje, ela se chama Jacqueline de Gebbriander, ela e morena e tem os olhos cor de mel mais incríveis que já vi, não sei como começou a nossa amizade mas acabamos nós tornando grandes amigas.

Depois acabei me encontrando com Alexandra, também vi ela na igreja e achei um pouco estranho ver ela lá. Ela não tem uma feição de ser uma mulher religiosa.

- Eu te vi hoje na igreja. Achei que você não fosse religiosa.

- É eu não sou religiosa. Mas fiquei curiosa em saber como e estar em uma igreja.

- É você gostou? – Eu pergunto curiosa.

- A arquitetura e incrivelmente magnífica e exuberante.

- E as pessoas?

- São falsas, superficiais e ignorantes. Devo dizer estão fingindo ser algo que não são, para poderem passar uma boa imagem, mas lá no fundo essa imagem está manchada e não passam de mentirosos e as vezes podem ser monstros Helena. – Ela fala para mim enquanto toma seu chá.

- Você me acha falsa, superficial e ignorante?

- Não. Você parece ser uma garota inteligente e sincera, e isso é bom, precisamos de inteligência e principalmente de sinceridade nessa vida.

- Então você não concordou com que o padre falou hoje.

- Pelos deuses claro que não, nunca ouvi tantas bobagens na minha vida inteira. – Ela me responde.

Eu não consigo me segurar e acabo dano risada do que ela falou, e consigo ver um sorriso nascer nos seus lábios. A tarde com Alexandra foi muito boa e aprendi um pouco mais sobre os deuses egípcios e também sobre o Egito, e ela está me ensinando latim também, ela e a mulher mais inteligente que já conheci. Depois acabo indo para casa, porque hoje a noite meu pai irá fazer um baile de ano novo, mas ainda sinto aquela tristeza e vazio dentro de mim, mas hoje a noite irei usar o colar que era minha mãe é sinto que isso irá me trazer algum conforto nessa noite. Sinto que ela estará perto de mim hoje a noite, me guiando como ela guiou o meu pai.