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"Nunca fui considerada um exemplo de menina boazinha, meiga, fofa, como todos acham deveríamos ser. Sou malvadinha mesmo, faço tudo errado, choro, grito, roubo, torturo, me estresso facilmente. Não sou perfeita, e pra falar a verdade, nem quero ser..."


Chicago; 16 de setembro de 1980

Elizabeth GreenWood

Grito mais uma vez dentro daquele quarto imundo, mas ninguém vem

Grito mais três vezes e a porta é destrancada

É hoje que vou embora desse inferno

Quebro o pescoço dos guardas e vou em direção a saída

Cada ser vivo que eu via ou sentia que podia me impedir, eu matava

É triste, eu sei, mas eu preciso sai daqui, já faz seis anos

Seis anos de pura tortura, abuso, criminalidade

Avisto a saída e corro a até lá, mas avisto o Dr. Blackburn

- Liza, não faz isso, você não tem ideia de como o mundo lá fora é cruel! 

Cínico, escroto, bastardo e hipócrita

Dou um sorriso em sua direção só para aumentar a tortura

Ele cai no chão e começa a gritar e se debater

- Não fofo, você vai sofrer calado, como eu sofri, mas, você não vai sentir nem 1% do que eu senti - Digo fazendo-o calar a boca e se tremer todinho

O mato logo de uma vez porque estou ficando sem tempo

Abro as portas e sinto o ar gélido me consumir e meus pelos arrepiarem

Respiro fundo e me concentro para conseguir fazer a explosão

Ando três passos e escuto o barulho

Olho para trás e vejo o prédio em chamas

Dou um sorriso sarcástico e vou em direção a floresta de Chicago

- Olá mundo - Digo e vou floresta adentro

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