Capítulo 6

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Oii! 

Esse já é o penúltimo capítulo! Espero que tenham gostado da história até aqui e obrigada pelos comentários e votos! 

-x-


Lan Jingyi não estava se adaptando muito bem. Era o que Lan Xichen pensava quando via o pequeno brincando com a comida em sua frente, sem nenhuma menção de comê-la. Já havia se passado quase uma semana desde que ele havia chegado. Ele pensava no que poderia fazer para o menino se adaptar melhor à sua nova vida. Lan Xichen sabia muito pouco sobre o que havia acontecido a Jingyi antes dele ser jogado nos braços de seu tio. Talvez se ele soubesse melhor, poderia fazer com que o pequeno se sentisse mais à vontade.

— Jingyi, eu estava pensando, nesse fim de semana, o que acha de irmos visitar sua avó? — Lan Xichen perguntou.

— Pode ser. — ele falou, sem demonstrar muito interesse.

— Está sem fome? — ele perguntou de novo.

O pequeno balançou a cabeça positivamente.

— Tudo bem, coma pelo menos um pouquinho, e você pode ir ver TV, ou desenhar, se quiser. — Lan Xichen falou. — Como foi o dia com A-Yuan hoje?

— Foi bom. — ele respondeu apenas. Ele demorou um pouco para completar: —Nós brincamos com os coelhos e 'senhamos.

— Então você entrou no cercado dos coelhos dessa vez? — Lan Xichen perguntou, se lembrando que o pequeno estava com receio de brincar com os bichos.

— Entrei. Eles são macios. — Jingyi comentou. — Eu gostei dos coelhos.

— Que bom! — Lan Xichen disse sorrindo. Ele vinha quebrando a regra do silêncio nas refeições quando via Jingyi cabisbaixo. E felizmente isso vinha retribuindo em alguns avanços em entender o pequeno Xiao Yi.

Jingyi comeu um pouco e quando Xichen permitiu, ele saiu da mesa de jantar e foi se sentar na mesa de centro da sala, onde vários papéis e canetas e lápis coloridos estavam dispostos pra ele desenhar. Lan Xichen frequentemente via e analisava seus desenhos para entender melhor o que estava acontecendo na cabeça do menino.

Lan Xichen havia entrado em contato com o psicólogo com quem se tratava perguntando alguma referência, alguém para tratar Xiao Yi. Ele explicou a situação e o psicólogo o encaminhou para uma amiga que tratava de crianças e adolescentes. Xichen contou a ela sua situação e, para não conflitar com Xiao Yi tão cedo, eles decidiram que ele o observaria e contaria a ela. Se as coisas estivessem muito ruins, Lan Xichen levaria Jingyi para o consultório imediatamente. Se não estivessem, ele conversaria com o pequeno antes de tomar a decisão.

Xiao Yi continuava vindo ao seu quarto todas as noites reclamando de pesadelos e pedindo para dormir com ele. Ela havia explicado que era bom que ele já o visse como uma figura protetora, mas eles teriam que entender porque os pesadelos aconteciam.

Por enquanto, ela disse que era apenas um período de adaptação normal, Jingyi ainda estaria tímido e ele apresentava muitos sinais positivos como sua interação com A-Yuan e também com o próprio Xichen. Ele, entretanto, continuava preocupado.

— É mais incomum acontecer uma adaptação rápida, quase imediata, como aconteceu com o filho do seu irmão. — Ela assegurou Xichen um dia. — Crianças, assim como qualquer pessoa, precisam de seu tempo, e são muito diferentes. Você não está sendo um pai ruim de forma nenhuma, e o primeiro sinal disso é ter me contatado tão rápido.

Xichen sabia disso, mas era bom ser assegurado de que estava fazendo a coisa certa.

Assim que chegou o fim de semana, ele pediu para o tio o contato da avó de Lan Jingyi e avisou-a da visita. Quando chegaram na casa, ele viu Jingyi correr para se juntar à sua bisavó. Ela era já uma senhora, mas não tão velha quanto Lan Xichen imaginava. Provavelmente teve a filha cedo. Ele se apresentou, explicou como a situação havia sido resolvida e aproveitou que eles foram visitar para pedir que ela assinasse alguns papéis dados pelo advogado da família Lan.

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