🎄|| Capítulo 1

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Josh Beauchamp POV

06/12/2020- domingo

Fazia quase 4 meses que minha irmã mais nova tinha falecido, Sina era uma pessoa muito boa, sua alegria contagiava a todos, sua auto-estima era uma das melhores coisas a ser vistas. Uma das coisas que ela mais gostava era de escalar montanhas, desde os seus 20 anos, e ficou nisso por 6 anos, eu sempre avisei a mesma de que isso era muito perigo, mas quem disse que ela me escutava.

Com isso veio o seu acidente em uma das montanhas no Peru, a Trilha Inca, uma de suas cordas estava mal encaixada e com isso a queda foi feia, ela não morreu na hora, ela aguentou até ter uma despedida "agradável" com a sua família e principalmente com a sua filha Aisha. Lembro que antes de ela dar o seu último suspiro em minha frente, ela pediu para que eu cuidasse de sua filha como se fosse minha e que eu a fizesse feliz como ela deveria ser.

Foram longos dias, parecia que o tempo não passava, a pior coisa que eu já fiz foi dar a notícia a uma criança de 4 anos que sua mãe havia falecido, lembro o quanto ela chorava, não queria sair do quarto, ela só falava que iria sair do quarto quando sua mãe estiver aqui, foi uma coisa horrível de se presenciar.

Hoje eu tenho o enorme prazer em ser o responsável legal da minha sobrinha, eu sempre fui apegado a ela, e como ela não tem pai - ele não era uma pessoa da lei, então morreu após 2 anos na cadeia - ela sempre me considerou como o tal, mesmo tendo a consciência de que eu era apenas o irmão de sua mãe. E sim, ela me chama de pai.

Papai, podemos brincar lá fora? - fala a pequena vindo em minha direção.

Está nevando muito princesa, se der, mais tarde eu brinco com você lá fora - falo me agachando em sua frente para ficar do mesmo tamanho dela.

Tudo bem - falou um pouco desanimada - Então podemos assistir filme de natal?

Podemos sim - falo e vejo a pequena sair correndo para a sala.

BARBIE! - ela grita - eu quero assistir o filme da Barbie, um natal perfeito.

De novo Aisha? - falo me sentando ao seu lado no grande sofá - vimos esse ontem.

Eu gosto dele papai - fala e faz uma carinha fofa que só ela sabe fazer - por favorzinho.

Ok, mas só hoje - suspiro, ela sempre me vence com essa carinha fofa.

Eba! - fala pulando em cima de mim em um abraço aconchegante - te amo papai.

Também te amo minha mini Rapunzel - falo beijando sua testa carinhosamente - pequena, já decidiu o seu presente de natal?

Ainda não - fala fazendo biquinho - não pensei em nada ainda.

Tudo bem - aperto sua bochecha - quando souber me avise, não esqueça que o natal está muito próximo.

Não vou demorar para escolher - ela sai do meu colo e senta novamente no sofá - agora podemos assistir?

Claro.

Coloco o filme e vou fazer pipoca e chocolate quente para nós dois, deixo ela vendo o desenho e vou para a cozinha.

Eu sempre fui aquele cara que fica com bastante mulheres, eu não me apegava muito a elas, mas também não rejeitava de uma forma rude, meus pais sempre me ensinaram que não devemos tratar as mulheres como se fosse trocar de roupa.

A morte da minha irmã foi um choque para todos, eu sempre fui muito grudado nela, era o irmão mais velho que a protegia de tudo, só me arrependo de não ter protegido a mesma de seu namorado abusivo, ele era o pai de Aisha, mas não teve nem a oportunidade de conhecer-lá pois morreu na cadeia após ser espancado por alguns prisioneiros que não gostavam dele.

Mas voltando na questão de mulheres, eu namorei duas vezes em 28 anos de vida, uma foi aos 18 anos, namorei uma menina quando estava na faculdade, eu gostava bastante dela, ela foi a minha primeira vez, mas terminamos pois ela teve que ir para outro país, sua faculdade foi transferida para Londres. A outra garota que eu namorei foi com 24 anos, eu resumo básico do que aconteceu, traição, da parte dela pois eu nunca faria isso com alguma garota, foi uma coisa horrível de se presenciar, ver com os seus próprios olhos uma pessoa que você gosta e namora, dormindo com outro.

Desde os meus 24 anos, eu fiquei com poucas garotas, me fechei um pouco para o amor, não tenho mais aquela esperança de conhecer a minha alma gêmea como Aisha fala, agora eu só penso em uma coisa, cuidar de Aisha e a fazer feliz.

– Papai - escuto ela gritar da sala - cadê a minha pipoca?

– Já cheguei filha - falo me sentando novamente ao seu lado - desculpa a demora, fiz chocolate quente também - deixo o balde de pipoca no sofá e entrego o chocolate quente para a mesma.

– Tudo bem - fala sorrindo e bebericando sua bebida - quer que eu volte o filme.

– Não precisa pequena - falo rapidamente - pode deixar aonde está.

– Ok - ela volta a assistir, mas não demora muito para ela voltar o olhar para mim - acho que sei o que eu quero de natal.

– Me conte então - sorrio

– Eu quero duas coisas - lá se vai o meu dinheiro, penso - eu quero uma boneca da Barbie - lá vem essa Barbie de novo.

– Tudo bem - suspiro - e a outra coisa?

– Não vou contar agora - ela ri - esse outro presente não precisa de dinheiro.

– Tudo bem então - falo um pouco desconfiado - mas, você vai me contar o que é?

– Vou - ela fala fazendo suspense - mas não agora.

– Ok - riu de sua fala - mas, a Barbie, como você quer ela?

– Eu quero aquela que sempre passa na televisão - lá vem - aquela Barbie que vem com cafeteria.

– Que Barbie é essa?

– Pesquisa na internet - que folgada - deve ter lá.

Pego meu celular e pesquiso "Barbie que tem cafeteria", fui olhar ela e não posso mentir que é bem bonita e a cara de Aisha, na verdade era bonita antes de eu ver o preço, 250 reais em uma Barbie, aí já é demais.

– Ok, você quer me falir - ela solta uma gargalhada gostosa de se escutar - vou ver se eu acho, tudo bem?

– Tudo bem papai, agora podemos voltar para o filme?

– Podemos.




E aí pessoal, como vcs estão?

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E aí pessoal, como vcs estão?

Espero que tenham gostado!

Desculpem a demora, tive alguns problemas com a minha internet.

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