Evie Campbell é uma garota que, cansada de ser sempre o centro das atenções na ceia de natal por conta da sua falta de pretendentes, decide se aventurar em um site de acompanhantes, para resolver seu problema e se livrar dos olhares invasivos que se...
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Eu rolava o feed incessantemente afim de fazer o tédio que se instalava em mim, passar mais rápido. Parecia que todas as pessoas do Instagram estavam mais ansiosas para mostrarem os preparativos de suas festas futuras, isso incluía o natal e toda a sua organização, do que com a comemoração em si.
O natal tinha perdido o efeito a muito tempo e parecia que ninguém tinha reparado.
Suspirei e decidi me levantar para tomar um banho. Tinha que começar meu turno na cafeteira e lanchonete sweet coffee e já estava atrasada. O pior de tudo é que eu já tinha passado da cota de tolerância e a qualquer minuto, poderia ser demitida. Eu não teria do que reclamar, seria por uma justa causa.
Tirei o vestido que usei praticamente o final de semana inteiro. Ele já estava todo sujo de café, chocolate quente e molho que eu deduzo ser de pimenta. Ele era um dos trapos que minha mãe costumava chamar, que faziam parte do meu guarda-roupa e eu não fazia questão nenhuma de me desfazer. Afinal, são essas peças as mais confortáveis.
Entrei com tudo debaixo da água gelada e suspirei. O clima estava bom demais para ficar na cama, mas péssimo para se tomar um banho.
Fechei os olhos e tentei pensar na melhor maneira de encarar as mesas, pedidos e gorjetas que me esperavam em poucos minutos, mantendo toda a educação do mundo com qualquer cliente chato ou até mesmo os engraçadinhos.
Despertei com o toque do meu celular e nem precisei deduzir que era minha companheira de trabalho me ligando para me avisar do atraso. Sai às pressas do banheiro, me enrolei na toalha e quase tropecei nos meus sapatos na ida ao quarto. Abri a porta do guarda-roupa e busquei meu uniforme branco com amarelo. Passei a gola dele pela cabeça, ainda com o cabelo molhado e vesti uma calcinha, sem a necessidade de um sutiã. Meus seios eram tão pequenos que eu duvido que chamem a atenção de alguém, ao ponto de perceberem.
Sentei na cama e coloquei meus tênis brancos, fechei a porta do quarto, pegando meu celular que já não tocava mais e o casaco grande preto já que lá fora estava com princípio de uma possível nevasca e os flocos de neve começavam a querer cair apressadamente para antecipar o inevitável.
Tranquei a porta do meu apartamento e desci as escadas às pressas, dei boa noite para o síndico ao passar, dando de cara com o tempo lá fora. Corri para o ponto de ônibus a tempo de pegar o transporte que quase me escapava, igual aos demais dias pelo meu atraso. Era incrível o fato de eu sempre perder horários e coisas por conta desse pequeno problema.
Cumprimentei o motorista e fitei a janela, já sentada no banco. Não demorou muito e em menos de 15 minutos já estava na porta do meu trabalho. Abri a porta com certa força pelo medo do meu chefe estar na porta e achar que eu estava fazendo corpo mole, na minha cabeça eu pensava em mil e uma desculpas, mas antes de eu dar ela com a melhor cara lavada do mundo, quem me abordou foi sua sobrinha e minha companheira aqui.
