Companhia

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— Xeque-mate! - Edmundo diz, depois de ter posicionado sua peça no tabuleiro.

— E novamente eu perco. - resmunga o fauno Kaemnus, recebendo um riso do Rei a sua frente.

— Foi uma boa partida. - Ed diz.

— Edmundo! - Lúcia grita ao abrir as portas com um sorriso enorme no rosto, assustando os dois.

— Porque está gritando, Lúcia? - Edmundo franziu o cenho, virando o rosto para o tabuleiro e ajeitando as peças.

— Eles voltaram! A Emma chegou! 

Dita a frase, Edmundo vira para a irmã com um sorriso, pede desculpa ao fauno e se retira da sala com a menor, correndo pelos corredores do castelo até chegar ao grande salão onde encontraram Pedro e Susana ao pé da escadaria que levava aos quatro tronos.

— Chegaram? - Ed perguntou a Pedro que tinha o rosto radiante.

— Sim, já devem estar entrando...

No final do salão foi ouvido o som de passos, os quatro se viraram observando Emma, que usava uma calça preta, botas, blusa branca de mangas cumpridas, um espartilho verde escuro de alça que moldava sua cintura, a capa vermelha recaindo sobre os ombros e a espada na cintura. Ao lado dela estava Floy, todo de preto, exceto por seu casaco metade aberto revelando uma camisa branca, a espada estava nas costas com a alça atravessada no peitoral.

— Recebi a mensagem. - Emma diz ao chegar perto dos quatro, Floy e ela fazem uma reverencia rápida. - Sentiram saudade?

— É claro! - Lúcia se apressa e abraça Emma. - Você não para mais no castelo.

— A trabalho a fazer lá fora. - Emma sorriu, Susana foi a próxima a dar um abraço.

— Certo, mas agora vai descansar por um tempo aqui, não é? - Susana pergunta.

— Tudo depende do que o Rei Pedro, o Magnífico, decidir. - Floy diz olhando para Pedro que sorriu de lado.

— Conversamos depois. - Pedro diz. - Bem-vindos de volta.

— É, não aguento Pedro resmungar. - Edmundo diz baixo, olhando para o chão, mas Pedro escuta e Emma franziu o cenho.

— O que disse? - a morena pergunta.

— Que o Pedro...

— ...que quero saber se estão todos bem. - Pedro interrompe. - Todos voltaram bem?

— Sim! - Floy e Emma concordam.

— O último foi um lobisomen, e adivinhem só quem foi a isca? - Floy fala, por último apontando para si.

— E você correu tão rápido quanto um centauro. Essa eu queria ter visto. - Cass diz entrando no salão pela lateral direita.

— Era um lobisomen irritado, dei meu melhor. - Floy deu de ombros.

Cass abraça Emma e depois o amigo. Eles trocam algumas palavras, conversando sobre a caçada aos ogres, até Lúcia e Susana arrastarem Emma para acompanha-la ao quarto, o caminho todo com muitas risadas e comentários sarcásticos. Depois, as Pevensie deixaram a guerreira descansar em seu aposento que ficava só um corredor de distância de onde ficava os quartos dos reis e rainhas.

Emma tomou um longo banho relaxante, era bem preciso depois de uma semana caçando ogres pelos bosques e aldeias. Cuidou dos cabelos, escovou, colocou um vestido simples branco e preto, decote ciganinha de mangas cumpridas pretas e uma sapatilha confortável. Em pouco tempo duas serviçais bateram a porta com uma bandeja de comida a mando do Rei. Emma sorriu, comeu das uvas e torradas e bebeu do suco, depois foi para a sacada de seu quarto olhar a paisagem, muitas árvores e a praia, vendo as ondas quebrando. Nárnia sempre foi e será a paisagem mais linda que já vira.

Aurora | NárniaOnde histórias criam vida. Descubra agora