Indecentes

Capítulo 2

Segue mais um capítulo do conto pra vocês. Ele é composto por 4 partes, mas não se preocupem, vou soltar todo pra quem não usa o kindle. :) 

Leiam e se deliciem com esse casal que é puro fogo. ♥

***

NÃO FAZIA IDEIA DE QUANTO tempo durou a corrida até nosso destino, mas me deixei aproveitar e permitir que a música embalasse nosso momento. Minha expectativa era tanta, que mal conseguia relaxar. Nossas conversas foram passadas na mente, tentando lembrar de fatos importantes que eu tinha revelado, mas a gente sempre passava horas falando sobre tudo, desde assuntos banais até os mais sérios.

Weston tinha facilidade de arrancar todos meus segredos. Eu era um livro aberto, e ele também. Nunca escondeu nada de mim. Até bobagens que o desagradavam eram ditas.

— Chegamos, Ems. — Avisou no momento que desligou o motor.

Eu amava quando ele chamava pelo meu apelido ao invés de Emily. Amava como soava na sua voz rouca e autoritária.

— Já posso me livrar da venda? — Perguntei inquieta.

— Não seja tão precipitada. Ainda não é o momento.

Soltei um longo suspiro e esperei. Era a única opção.

Weston saiu do carro e me deixou esperando por alguns minutos. De dentro do automóvel conseguia ouvir uma música abafada e o som de um portão automático se fechando.

Logo percebi a sua presença ao meu lado e a porta do passageiro sendo aberta, sua mão segurando a minha e me ajudando a sair. A cada minuto minha excitação apenas aumentava absurdamente.

— Mais uma vez, você está linda. Certeza que vai ser o centro das atenções.

Derreti com o elogio, por mais que estivesse acostumada com suas palavras doces.

— Estamos perto?

— Sim. Muito mais do que imagina.

Meu coração tamborilou com força. Deus, era uma agonia sem fim!

Ouvi um bip e uma voz eletrônica soou avisando sobre a entrada permitida. O lugar parecia uma fortaleza, mesmo que eu sequer tivesse vendo do que se tratava.

Caminhamos por alguns minutos e entramos em um elevador que parou logo no primeiro andar, que foi onde saímos.

A música ficou mais alta e, além dela, murmúrios e conversas eram escutadas. Não tinha como ver, mas sabia que várias pessoas estavam presentes. Torci para não ser uma festa da empresa. Egoistamente, queria um momento sozinha com ele. Nada mais do que isso.

Weston soltou minha mão, mas nem deu tempo de sentir sua falta, já que logo ele se aproximou por trás do meu corpo, encostando na minha bunda e levando as mãos para o nó da venda.

Arrepios percorreram o meu corpo quando seus lábios encostaram na minha nuca e deixaram um beijo quente e molhado. Bastava que ele me tocasse lá embaixo que eu gozaria de vez.

— Vou tirar a venda e quero que preste bastante atenção no lugar. Não se sinta obrigada a gostar.

Quase gritei para que ele arrancasse logo a venda. Estava em um desespero agonizante.

Os mais torturantes segundos da minha vida se passaram quando ele desfez o nó e tirou o tecido que me impedia de ver ao redor. Demorei um pouco para conseguir me adaptar a claridade. Apertei os olhos e fitei o ambiente, curiosa e instigada.

— Puta merda! — Falei quando caiu minha ficha depois de minutos de análise.

Estávamos em uma espécie de salão principal. Dezenas de pessoas estavam juntas em mesas, banquetas ao redor do bar e sofás requintados. As paredes eram vermelhas, o piso de granito e do teto pendia um lustre exagerado. Havia alguns espelhos em certas partes, mas nada que tornasse cafona.