De volta ao Brasil

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Cheguei sem aviso. Estou focada em um conto erótico, dando total atenção para ele, por isso o sumiço e também pq quero postar esta historia toda completa e não deixar vcs na mão como tenho feito. É isso. 

Espero que tenham uma boa leitura.

*2.638 palavras*

Este capitulo não contem uma revisão adequada, por tanto, pode haver erros.

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Música, filmes, séries ou leitura não foi o suficiente para manter Mônica distraída entre seus dois mundos. Ao seu lado uma senhora tomava-lhe o assento após voltar do banheiro. Seus cabelos grisalhos, pele marcada pela idade e a exposição do sol, trouxe a Castro lembranças dos seus pais, o peito apertou, mas logo teve a sensação dissipada sabendo que os veria em breve.

— Vejo que não descansou jovem.

— Pura ansiedade. — Retraiu-se.

— Eu conheço esta expressão, quando meus filhos ou netos está assim, logo sei que algo não está certo. Você está triste. — Afirmou a senhora avaliando.

Mônica respirou profundamente. Quem ela queria enganar? Até mesmo uma desconhecida notou o que se passava.

— Sim, estou! — Afirmou — Mas não deveria, minha família está rumo ao nosso destino e, por Deus, como eu sinto saudades. Mas...

— Mas você também deixou uma família para trás! — Castro assentiu surpresa. — Ouça minha filha.

— Abrir mão não necessariamente significa que você não terá mais contato com o que ama ou sentirá de novo.

Mônica, tirou um de seus fones de ouvido para que pudesse ouvir melhor a senhora ao seu lado.

— Abrir mão significa adaptar-se. Isso implica a várias coisas, situações, enfim. Eu por exemplo sofri um acidente de carro, chovia muito na cidade de São Paulo, era noite quando uma caminhonete perdeu a direção e se chocou no veículo. Este acidente me deixou gravemente ferida, muitas lesões, fraturas, tudo em mim doía de uma forma inexplicável. — Fez uma pausa para conter a emoção. — O médico teve comigo uma dura conversa na qual pensei que nunca teria na minha vida. — Mônica, segurou em sua mão direita. Estava ficando mexida com a história. — Ele falou que se eu quisesse viver bem e com uma qualidade de vida melhor eu teria que amputar minha perna e substituir por prótese.

— Nossa! Eu sinto muito. — Castro, estava surpresa. — O que a senhora fez?

— Eu abri mão e me adaptei. Não foi uma decisão fácil, o médico disse que eu poderia viver com a minha perna, mas seria muito pior, a dor me impediria de andar como antes, de correr e o que mais puder imaginar. As vezes até quando estamos no nosso conforto é preciso fazer escolhas.

— Eu sinto que mudei tanto.

— Isso pra você é ruim?

— Não, mas...

— Minha jovem se a mudança nos traz evolução, agradeça. — Ajeitou-se no assento. — Agora vou dormir, descanse menina. — Castro sorriu vendo a senhora virar o rosto para o lado oposto do seu, deixando a pensativa.

Sentia que tinha passado por uma grande metamorfose. Permanecia leve, brincalhona, despreocupada, mas agora carregava consigo experiências. Experiências de vidas ao seu lado. Momentos diferentes com cada um. Presenciou a dor, alegria, prazer, incertezas, medo, inseguranças, perdas.

Amor&Ódio - Aos Seus Pés -Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora