Acordo com a claridade batendo em meus olhos e me tirando de um lindo sonho.
-Bom dia Amelie- vejo a figura ruiva parada em frente a mim e logo vejo que é Dalilah.
Dalilah é minha melhor amiga, nos conhecemos desde que me entendo por gente. Seus pais trabalham como cozinheiros reais. Sempre que eu ia roubar um doce da cozinha a encontrava e nós ficávamos brincando e comendo muitos doces. Depois que crescemos meu pai a convidou para trabalhar também no castelo como minha dama de companhia. Ela cuida de mim
-Bom dia Lila- me sento e desejo voltar a dormir novamente...- Tenho mesmo que me levantar?- digo tirando as cobertas de cima de mim e sinto o frio bater nas minhas pernas e braços.
-tem sim- diz rindo indo em direção ao meu closet- esqueceu que hoje você tem aula de etiqueta?- Lila volta com dois vestidos, um azul marinho longo com pedrarias nas mangas e no busto, e outro marfim que ia até minhas batatas da perna, este já era mais leve e delicado do que o outro. Indicando que eu deveria me vestir.
Me levanto relutante e Lila me ajuda a vestir o vestido marfim. Sinto o tecido leve e frio sobre minha pele e desejo novamente minhas cobertas quentinhas. Em seguida me sento na minha penteadeira e Dalilah começa a tirar os tecidos brancos do meu cabelo que o fazem ficar mais liso.
-Qual penteado você quer hoje?- diz voltando seus olhos azuis esverdeados para mim através do espelho
-Hm... Aquele com tranças dos lados e preso aqui atrás- mostro onde ele ficaria preso e ela logo começa a mexer em meus cabelos e luto contra o sono enquanto ela os ajeita.
-Soube que uma família real chegará ao castelo hoje, você sabe quem são?- puxa uma mecha de meus cabelos escuros e prende com um grampo quase da mesma cor.
-Não... Talvez meu pai esteja pretendendo fazendo algum tratado- tento me lembrar se meu pai os mencionou alguma vez.
-ouvi dizer que o Príncipe é bonito- um sorriso brota em seus lábios finos e me encara com uma feição esperançosa e brincalhona ao mesmo tempo.
-Você sabe que só vou me casar quando encontrar o homem certo- uma risada escapa de meus lábios.
-Eu sei, mas vai que ele seja o certo- puxa mais uma mecha e a trança.
-pode ficar com ele- digo e nós duas rimos alto.
Depois que Dalilah termina de fazer o penteado me entrega minha coroa e eu a posiciona sobre minha cabeça. Minha coroa era a mesma que minha mãe usava quando era Princesa. Ela é dourada e delicada com pequenos detalhes de Esmeraldas Rockefeller e Cristais. Coloquei a coroa e ela a prendeu com dois grampos da cor do meu cabelo.
-obrigada Lila, não sei o que seria de mim sem você -digo rindo e Dalilah me acompanha na risada.
-Certeza que se viraria muito bem- me trouxe um par de saltos da cor do vestido.
-Eu não teria tanta certeza assim- me levanto já sentindo dor em meus calcanhares, ninguém merece acordar e já estar de saltos altos.
Me olho no espelho, vejo a figura de pele clara que é quase da cor do vestido que estou vestindo. Vejo como Dalilah conseguiu fazer milagres nos meus com meus cabelos, se não fosse por ela meus cachos castanhos estariam parecendo um arbusto, e não tão arrumadinhos. Apesar de gostar de ficar com os cabelos soltos, não sei se meu pai aprovaria tal penteado.
Olho para minha penteadeira e pego colar que minha mãe deixou para mim após sua morte. Estava em sua família há muitos e muitos anos, um dia o passarei para minha filha. Vejo o pequeno par de azas com uma cor holográfica que não sei ao certo a qual pedra pertence e a linda correntinha delicada de ouro. Nunca entendi o porque das asas... Não é uma borboleta e as asas não estão grudadas uma na outra... Me lembro de quando era pequena e ficava com minha mãe em nosso jardim secreto no colo em seu colo brincando com seu colar.
Ela sempre me falava que aquele colar era o portal para um reino encantando de fadas e elfos. Um lugar seguro lindo e mágico, onde tudo era perfeito e florido. Eu acreditava que este lugar realmente existia quando era mais nova, uma vez eu peguei todos os livros sobre elfos e fadas que achei na biblioteca e li para saber como eu poderia ir para este lugar. Em um deles dizia que "E na arvore onde o céu azul refletir, lá o portal você poderá abrir" então eu saí procurando qualquer arvore com folhas ou flores azuis para tentar abrir o "portal", acabou que nunca o achei e passei uma semana chorando porque queria ir para aquele ligar mágico.
Saio de meu quarto acompanhada por Dalilah e um guarda Alto e bronzeado que não conheço.
-Onde está Cadman?- pergunto para Dalilah que me olha confusa e então se vira e vê que quem nos acompanha não é ele.
-Não sabia que ele não vinha- diz quando chegamos as escadas.
- Qual seu nome?- pergunto para o guarda que nos acompanhava.
-Sou Hunt, Thomas Hunt, Majestade- ele faz uma pequena reverência depois que já chegamos no primeiro andar do castelo -Cadman foi visitar seus pais em Neri- Hunt segura minha mão no último degrau para que eu não caia e logo em seguida faz o mesmo com Lila.
-Entendo- me despeço de Hunt e Dalilah e vou para o salão de jantar para tomar café da manhã com meu pai.
-Bom dia Filha- diz meu pai sentando na ponta da mesa e me sento ao seu lado.
Olho para a para a cadeira vazia a minha frente e vejo os pratos e talheres perfeitamente alinhados como se mais alguém fosse comer conosco... Lembro de minha mãe... Aquele costumava ser a cadeira dela. Ela foi a primeira a quebrar a tão famosa tradição de que o Rei se senta em uma ponta da mesa e a Rainha na outra. Segundo meu pai, ela fez isso pois e sentia muito longe dele... Ainda colocamos as louças no lugar dela... Sei que ela está conosco...
-Bom dia Papai- saio de meus pensamentos e comprimento meu pai.
-Minha filha, hoje virão o Rei Arthur II, a Rainha Edith e o príncipe Arthur de Tonkzer e nós daremos um baile de boas vindas às visitas- Diz meu pai enquanto os empregados trazem bandejas com pães e frutas.
-entendo, mas o que eles farão aqui? -um empregado coloca um prato de porcelana com uvas e uma maçã sobre o outro prato um pouco maior que já estava na mesa.
-Preciso resolver alguns acordos do passado -estranhei quando ele disse isso... Que tipo de acordo seria esse?
-Que acordo é este, papai? -minha mãe reclamaria pela minha curiosidade desnecessária sobre o tal assunto.
-Nada que precise se preocupar, minha filha -suas palavras calam minha dúvida, sei que não é nada muito importante, se não ele teria me contado.
Após o falecimento de minha mãe eu e meu pai nos aproximamos muito. Com certeza foi a melhor coisa que me aconteceu depois de tudo aquilo, não sei o que eu faria sem meu pai.
-Quando Allard chegará? -coloco um pedaço de maçã em minha boca.
Allard é meu irmão mais novo, ele foi ao reino de sua noiva, a Princesa Elior a de Coneur. Logo ele assumirá se casará e trá que se mudar para Coneu para assumir o trono de.
-Não sei ao certo, ele apenas disse que chegaria esta semana.
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Onde o céu azul refletir
FantasyUm ataque fantasma que matou todo um reino... Quer dizer, quase todo mundo... Agora, após tudo isso, Amelie precisa rever histórias e ensinamentos do passado para reconstituir seu reino e legado de seus pais.