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•Emily

Eu estava feliz e ao mesmo tempo triste, eu descobri que tenho um pai, e uma mãe. E fiquei 16 anos em um orfanato sem pai, e mãe, e agora do dia pra noite descubro que tenho os dois.
Estava sentada olhando a caixinha embrulhada em minha frente sobre a mesa.

Miguel - Não vai abrir o presente querida?

Emily - Não precisava de presente, hoje mais cedo já não compramos várias roupas?

Carmem - Minha querida, seu pai só quer compensar o tempo perdido.

Miguel - É querida, só quero compensar o tempo perdido, com a minha garotinha _Falou passando a mão em meus fios longos.

Abri a caixinha com cuidado e vi um celular muito lindo ali dentro, eu nunca tive um celular antes.

Emily - Nossa nossa, obrigada. _Sorri para eles. O senhor Miguel me abraçou, e senti algo na cintura dele. - Ai, Me machucou.

Miguel - O que foi querida?

Carmem - Vamos subir Emily? Está na hora de tomar banho.

Emily - Eu consigo tomar banho sozinha, já sou grande.

Miguel - Na verdade você é pequenininha, bem pequenininha ainda.

(...)

Vesti o pijama rosa com cinza e me deitei na cama, olhando a bela decoração do quarto. Logo a senhora Carmem entrou, com biscoitos e um copo de leite.

Carmem - Aqui meu bem, coma, você não comeu nada hoje.

Emily - Estou sem fome.

Carmem - Eu e seu pai iremos sair, só voltaremos mais tarde, você ficará bem aqui sozinha?

Emily - Eu não gosto de ficar sozinha.

Carmem - Quer que eu peça para Luci ficar até mais tarde?

Emily - Não, tem os seguranças ai fora, tudo bem... Pode ir.

Ela fez carinho em meu cabelo, e me tampou com o edredom. Fiquei assistindo filme na tv que tem no quarto, e quando estava começando a ficar sonolenta, ouvi barulhinhos na janela.

Me levantei com muito medo, e peguei um dos ursos que ficavam na cama. A janela se abriu com tudo fazendo um vento frio entrar, e junto com ele, alguém todo de preto. Joguei o urso, acompanhado da bandeija onde estava os biscoitos e o copo. E ouvi o grito de dor, seguido de um xingamento, aquela voz, eu conhecia aquela voz..

Dylan - Ai porra.

Emily - O senhor está louco?

Dylan - Eu sabia que iria te encontrar aqui.

Emily - Você não me visitou mais no orfanato... Eles me adotaram.

Dylan - Eles são seus verdadeiros pais.

Emily - Sim eu fiquei sabendo disso hoje _Vi o mais velho passar a mão na testa. - Me perdoa, deixa eu ver esse machucado.

Ele se sentou na cama, e eu fui pegar o kit de primeiros socorros. Tudo bem, eu só preciso limpar o sangue, e colocar o curativo.

Emily - Ok, quietinho senhor Dylan, eu vou limpar ok?

Comecei a limpar mas não conseguia limpar direito pois a cama ficava afundando conforme eu me mexia, decidi me sentar no colo dele, para eu conseguir limpar melhor. Mas essa foi uma decisão totalmente errada, algo começou a me cutucar embaixo do pijama.

Dylan parecia gostar daquilo, mas me incomodava muito. Em um descuido qualquer, acabei esbarrando a minha boca, próxima à dele. E ele se levantou rapidamente, me jogando na cama de forma que meu cabelo voasse para o meu rosto.

Emily - Aiii

Ouvi passos se aproximarem. Era um dos seguranças certeza.

- Senhorita? Está tudo bem? Ouvi seu grito.

Emily - Eu caí, mas está tudo bem sim.

Os passos começaram a se afastar. E quando olhei para trás o homem já não estava mais lá. E a janela estava meio fechada. Joguei as coisas no chão e me deitei. Talvez fosse coisa da minha cabeça e ele não estivesse ali.

The submissiveOnde histórias criam vida. Descubra agora