Realidade ou fantasia (Marique)

Marilia

Marília

Assim que entrei no carro ele começou a escutar música, eu conhecia ela muito bem, se chamava "convite de casamento" dava pra ouvir ele cantarolando bem baixinho e eu sem querer soltei uma risada.

Henrique: O que foi?

Marília: Você não parece o tipo de pessoa que eu escuta esse tipo de música.

Henrique: São as melhores que tem e não pode me dizer que tipo de pessoa eu sou se não me conhece direito.

Depois dessa resposta não tinha o que falar, apenas fiquei em meu lugar ouvindo as músicas mas podia perceber que todos os semáforos em que parava, ele estava lá me olhando.
O caminho foi longo, achava que nunca ia chegar no restaurante. Quando questionei para onde estávamos indo ele somente me disse que era um restaurante que quando veio pra Goiânia havia ido lá e tinha gostado do espaço.
O restaurante tinha uma cara de ser bem caseiro, nossa mesa estava em um lado um pouco mais escuro que os demais lados, tinha uma árvore bem ao nosso lado e única luz do espaço era a do sol.

Henrique: O que achou?

Marília: Nunca tinha vindo aqui, mas gostei do local. Irei vim mais vezes com o João Gustavo.

Henrique: João Gustavo? Seu marido? -ele parecia está chateado com as palavras-

Marília: Não -Ri do jeito que ele me olhava naquele momento- ele é meu irmão, meu caçula.

Henrique: Ah sim, que bom que é solteira.

Marília: Eu não disse que era solteira, eu disse que o João Gustavo não era meu namorado.

Ele ficou impaciente com minhas palavras e somente levantou dizendo que ia no banheiro.

O almoço foi silencioso, ele me respondia quando perguntava sobre algo relacionado a sua casa e o apartamento, mas nenhuma palavra além disso, o Henrique que estava sendo simpático antes de ir almoçar tinha se transtornado no Henrique frio que ele demonstrava ser. Quando terminamos o almoço ele me deu um aviso: "as coisas do quarto preto eu irei escolher com você". Me assustei quando ele falou isso, por que logo as coisas do quarto preto ele queria ir comigo?

Henrique: Tchau Srt.Dias, até mais.

Marília: Sr.Tavares? Posso lhe fazer uma pergunta? -Eu ainda referia a ele como Sr.Tavares, ao contrário do Juliano, ele não falou que poderia chamar pelo seu nome-

Henrique: Fale, só não garanto que vou responder.

Marília: Por que está estranho desde que falei sobre namorado?

Henrique: Apenas achei que estava saindo com alguém descomprometida assim como eu. Não esperava que tivesse algum relacionamento.

Marília: Não me acha capaz de está em um relacionamento?

Henrique: Não sei, não lhe conheço. Mas não parece ser o tipo de pessoas "namoravél".

Marília: Você pelo jeito é pior do que eu imaginava, achava que era um babaca mas você consegue ultrapassar isso. E a princípio, eu não namoro mas é apenas por opção, infeliz tem muitos Henriques por aí.

Henrique: Henriques?

Marília: Homens com ego fraco, impossível de está sozinho, nunca se contenta com o que tem e sempre vai buscar fora. Homem que uma mulher não tá bom, que não é capaz de amar ninguém. Homens fraco e inúteis.

Henrique: Você sabe que eu posso lhe demitir né?

Marília: Que demita, melhor do que conviver com um homem babaca como você.

Sai em direção a porta da minha casa, sem nem se quer olhar para trás. Era sério que ele tinha me falado isso? Que cara canalha!

Contínua...