bônus - Yagnar, bocão e 5 metros de problemas

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Soluço olhava para o horizonte com melancolia, já faziam alguns anos desde que banguela se foi e que sua ida consequentemente trouxe paz a berk, já não eram atacados com frequência e dragões raramente apareciam no arquipélago, apesar disso o preço a se pagar pela paz o afligia, ele estava voltando da viagem que fizera até as ilhas do fogo e dava uma última olhada no horizonte esperando ver o amigo fúria da noite voando em sua direção quando uma
comoção de vozes vieram de trás do moreno.

— Ah Soluço que bom que está aqui eu te procurei por toda Berk! — Bocão exclamou segurando o cotuvelo do rapaz.

— Ah é? E por qual motivo o senhor faria isso? — Ele indagou acompanhando o velho amigo.

— Pai! pai! — Yagnar o único filho de soluço correu até o homem alegremente, suas perninhas se movendo com rapidez e agilidade.
Soluço o pegou no ar quando o garotinho de 6 anos pulou do barranco em direção aos seus braços.

— Opa, opa, eu fico fora dois dias e você cresce tudo isso? E você sabe que se a sua mãe ver você pulando de barrancos ela vai ficar brava não sabe? — Indagou o mais velho, yagnar abraçou o pai e fez beicinho.

Soluço riu ao ver os olhinhos azuis pidões do garoto, os olhos da Elsa, ele realmente não conseguia dizer não aqueles olhos.

— Tudo bem, esse, vai ser o nosso segredinho. — Disse em quanto colocava o pequeno no chão.

Yagnar correu serelepe pela neve.

— Vem ver o que eu e o tio Bocão fizemos! — Ele exclamou extasiado com a expectativa.

— É o garoto tem talento, você vai ficar impressionado, cuidado para não cair para trás com a obra que fizemos. — Bocão se gabou acariciando a ponta do bigode grande com os dedos.

— Feche os olhos! Feche os olhos! — O menino pediu.

— Certo. Estão fechados. — Soluço fechou os olhos mantendo um passo excitante conforme avançava, ele sabia que estavam indo em direção ao centro de berk apenas pela direção que seguiam.

— Está pronto? — Indagou o menino com a voz alegre e o rapaz concordou.

— Pode abrir! — Mandou Bocão e soluço deu alguns passos para trás, levou a mão ao peito com o susto que levou ao ver uma estátua de mais de 4 metros de Stoico.

— Ah ficou impressionado ein.— Indagou Bocão batendo nas costas do soluço.

— Esse é vovô Stoiko, o mais valente, veloz e destemido homem que já pisou em solo viking! Grrrrrrr! — Gritou Yagnar com cara de mal, os cabelos marrons voando conforme ele fazia golpes com as mãos.

— Veloz? — Indagou Soluço olhando para Bocão que o ignorou e limpou uma lágrima se emoção.

— Eles crescem tão rápido. — Murmurou fungando.

— Àquela estátua está grande de mais está atrapalhando meu bando de javalis passar. — Soluço escutou um homem dizer e se virou a tempo de ver sua esposa.

Ela usava um coque alto e vestia as próprias roupas vikings que ela e Valka tinham produzido, eram claras como a neve apesar de discretas e a deixavam mais linda do que já era, e todos da Ilha percebiam isso, o modo sereno e firmemente belo com o qual ela cuidava de tudo em sua ausência era admirável.

Ele sentiu o coração bater forte, tinham sido apenas dois dias mas a visão da moça o fazia se sentir sem fôlego.

— Não se preocupem garanto que irei dar um jeito nisso. — Ela respondeu e
seus olhares se cruzaram, ela sorriu, fechando o caderno de reclamações do dia.

meu amor chegou no inverno | ❅ concluída ❅Onde histórias criam vida. Descubra agora