𝐙𝐄𝐑𝐎 ━━ acho que todos nós podemos decidir o que o bom e o mal e o certo e o errado significam para nós, não o que nos dizem para aceitar.
Tudo pode dar errado quando se tenta impedir o fim dos tempos da pior maneira, com desastre e caos surgind...
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CAPÍTULO DOZE UMA FLUTUAÇÃO NA LINHA DO TEMPO
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SUBMERSA EM UMA banheira, tentando se esvair de pensamentos ruins e sensações que lhe impediam de ter boas noites de sono. A água transbordava, molhava o banheiro e o quarto, pouco se importava com tudo aquilo, apenas queria estar em paz. Subindo para a superfície, Nia procurou o ar e retirou os curtos cabelos de seus olhos, agora sentindo a grande necessidade de gritar e chorar - o que há tanto tempo lhe machucava, agora estava querendo vir à tona.
A água em sua banheira estava gélida, mas quando entrou nela pela manhã, era como se pudesse estar dentro de um caldeirão. O banheiro escuro lhe mostrava que já havia anoitecido sem que ela se desse conta, repetiria aquilo diversas vezes ao dia, mas tudo porque sabia que debaixo da água, procurava por ar e os pensamentos não poderiam lhe atrapalhar nisto, ou se afogaria.
Se levantando da banheira, Jittatad caminhou até o espelho, onde suspirou o ar gelado e encarou sua própria face. Olhando as fotos espalhadas dentro da pia, não via só a si, mas seus pais biológicos junto consigo, comemorando o aniversário de um ano. Apertando as unhas contra a pia de mármore, em uma explosão de estresse, deu um soco ao espelho que quebrou.
Trocando de roupa rapidamente, sentou-se na cama, apertou seus coturnos e prendeu seus curtos cabelos em grampos, deixando somente a franja. Colocando luvas pretas e uma blusa de gola alta, Nia girou as facas que tinha em mãos e colocou dentro do coturno, respirou fundo, aquele era o último dia para salvar mundo e ela os ajudariam, mesmo que não os visse há dias.
