Diante dos Destroços

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Estou no pico de um montanha de lixo, observando mais uma vez a que antes podia-se dizer paisagem, mas agora era só escuridão, como se o mundo fosse desmotivado a acordar, ele se negava a abrir os olhos do sol, a iluminação era fruto apenas da palida lua, dando tons azulados por todo o mundo, aonde você olhasse era pura destruição e escuridão.

Queria poder dizer que alguém nesse mundo pode consertar isso tudo, mas depois de 100 anos é difícil encontrar alguém que não seja um Asuras(monges chamam demônios de Asuras). As pessoas que viviam abaixo dessas construções destruídas agora não existe mais ou se transformou, mesmo os monges do monastério Das 7 luas, caíram.

Uma parte de mim diz que estou sozinho nisso aqui, que sou o ultimo monge vivo, ou até mesmo a última pessoa viva. O que não me dá motivos para eu continuar minha jornada, eu devia me acabar aqui terminar com esse sofrimento perpetuou de solidão, isso que se passa na mente quando está há tanto tempo só. Meu aprendizado como monge dizia que cada vida vale a pena, e se estou vivo ainda tenho um propósito, por isso tenho que continuar indo para não sei onde, enquanto Deus ou não sei o que me nega a morte. Desço a montanha de lixo e escombros, meus pés se vinculam com uma alça de uma bolsa. E eu tropeço girando muitas vezes até chegar ao chão, minha cabeça bate fortemente no chão, ouço zumbidos e....Desmaio.

Levanto devagar com uma dor dilacerante na cabeça, com a visão turva e desigual a minha mente, ouço sons indescritíveis, mas semelhante a uma empilhadeira. Sento-me devagar procurando a primeira coisa para me apoiar. Levanto-me e percebo que minha perna está quebrada, é mais que só a dor de cabeça, agora terei que lidar com uma perna quebrada. Atrás de mim acho uma madeira que pode servir de apoio, uma cruz quebrada ao meio, a pego fazendo como apoio para a perna. Subo metade da montanha de lixo, procurando o que me fez cair tão desgraçadamente, encontro uma bolsa, com um símbolo que me fez lembrar uma cruz dos antigos cristões. O pego e desço novamente. Com a perna fraturada e dolorida recaio sobre o chão, abro a bolsa, o som do maquinário fica ainda mais forte, me lembrando de que a única coisa que não devia ter nesse mundo atual era som. Mas o que está diante de mim, isso...todas as anotações de como tudo isso aconteceu, e como devia consertar.

“Padre Altestan, 25 de Janeiro de 2025...Tudo que sei sobre a natureza.”
– a cada palavra que eu lia eu tinha certeza... ISSO MUDA TUDO!

O Melhor da NaturezaWhere stories live. Discover now