Encontrarmos novamente

luz do luar

-Ei, você- o grito da quele menino me fez parar e me virar andei devagar então ele deuma forma desafiadora, ele deu alguns passos para trás arranhando o tênis com algumas pedras,sua respiração ficou pesada.

- Eu- desculpe, eu só queria- Da boca saía vapor de frio, o cabelo ia de um lado para o outro por causa do vento e seu narizinho começava a ficar de um vermelho intenso. Aproximei-me ainda mais para intimidá-lo e fixei meu olhar em seus olhos.E então os ventos celestiais se misturaram e as montanhas beijaram o céu e eu mergulhei em seus olhos cor de mel, pude ver tudo o que eles refletiam, aquela bondade poderosa e perigosa.

Sua pele brilhava como pérola  e seus lábios eram como lírios frios de orvalho, então pequeno e frágil como uma rosa.Eu acordei do meu pequeno transe,dei uma última olhada nele.Ele parecia tão confuso quanto eu, então me afastei e entrei em casa.E fui direto para o meu quarto, que estava rodeado de rosas e vários tipos de flores,rapidamente olhei pela janela ele caminhava em direção a sua casa com passos lentos.

"Chega, chega Tharn, chega"

"Ele não é do Type"

"Ele não é Type e eu também não sou Tharn"

Repeti isso para mim mesmo várias vezes.Aqui estou, minha amado, perdida entre os mares do deserto,como a pena que cai de um pássaro à noite.Aqui estou eu em uma torre de frio, protegida da memória de seus lábios marítimos. Da memória das suas indulgências e dos seus cabelos luminosos.Para mim é difícil te esquecer porque você vive fundido na minha alma, eu me enterro no passado como um túmulo no fundo dessas memórias gloriosas.

Fiquei no meu quarto triste e sombrio pelo resto da tarde,cheio de memórias que me assombravam cada vez que fechava os olhos. Levantei-me do chão frio, abri a janela para o frio cair sobre mim e então vi uma pequena figura caminhando.

Não faça isso eu disse a mim mesmo, mas já era tarde demais agora eu estava perseguindo aquele garotinho, ele estava errado eu sabia perfeitamente, talvez seu rosto fosse o mesmo,mas eu tinha que entender que eles não eram os mesmos Andei atrás dele por meia hora até chegarmos ao pequeno lago, que era cercado por pedras e algumas árvores.Ele parou e começou a tirar várias fotos de toda a paisagem,admirando e sorrindo como uma criança pequena.

-Sei que você está aí- ele se virou para onde eu estava e deu uma grande gargalhada e ouviu-se o som da câmera,ele tinha tirado uma foto, me virei e comecei a andar mas ele correu, ficando na minha frente.

- Desculpe, não pude evitar. É que tudo parece tão perfeito sob o luar, estou tão maravilhado com tudo isso. Ele  continuo tirando fotos, uma por uma e ele não parecia se cansar,ele parecia perfeito sob o luar. Que porra eu estava pensando? Eu tenho que ir agora.

- Ah! Não vá ainda. É assustador ficar aqui sozinho, se me atrevi a vir aqui é porque você vinha atrás de mim se eu não tivesse corrido para minha casa imediatamente.

Eu só posso suspirar resignado,então ele pegou minha mão e me levou para a margem do lago me forçando a sentar
ao lado do.

- Quase esqueci, meu nome é Gulf, talvez você já me conheça ou tenha ouvido meu nome na escola ou talvez não porque estava muito distraído, só quero me desculpar por parecer um perseguidor, não sou assim eu juro, só que eu só mexa-se aqui e tudo parece magnífico inclusive você, bom, não ou sim, mas sim, não sei mais o que estou dizendo, desculpe pela foto também, não quero que você pense que sou uma pessoa má, oh!Eu me sinto tão mal.

Então ele respiroufundo, eu pensei que nunca pararia, como é possível uma pessoa falar tanto?

- Sério desculpa por falar demais é uma coisa que eu não controlo, digo que não sou bom de socializar mas sério, falo muito mesmo espero que não te incomode.

Ele ficou falando por horas e eu já estava pronta para ouvi-lo,sua voz era doce e delicada como um doce e ele parecia nunca calar a boca, quando eu parei de ouvi-lo foi porque ele estava deitado entre as pedras, levantei e tirei minha jaqueta colorida café e bem devagarinho ponho. Inconscientemente acariciei seus cabelos e suas bochechas tão suaves como seda,levantei-me pronto para ir mais uma vez, mas.

- Se você me deixar aqui sozinho, eu vou morrer

A tristeza pela perda abundou em mim, um medo que eu nunca pensei que sentiria novamente se apoderou de mim. Meu coração que não estava batendo começou a gritar lamentos de partir o coração.Aproximei-me dele o mais rápido possível, peguei-o no colo, deixando nós dois sentados, comecei a movê-lo de um lado para o outro com todas as minhas forças, o sofrimento me invadiu.

- Não diga isso de novo, não me deixe - abracei-o o mais forte que pude - Por favor, não me deixe de novo, de novo não, não me deixe de novo, fique comigo.

-M-mew você falou?