Procê

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Oi gente, pra quem tá lendo de novo: obrigada por isso, amo vocês desde sempre. E pra quem tá lendo pela primeira vez por aqui: Muito obrigada amo vocês também. Beijos!





Bianca POV

O calor em minha pele repentino fez com que eu acordasse. Tentei abrir os olhos, mas a claridade me impediu, me fazendo desistir do ato. Aos poucos tive consciência do meu corpo, sentindo o mesmo abraçado e sobre algo. E então o aroma doce de Rafaella invadiu minha narinas, o que me levou a mais uma tentativa de abrir os olhos, conseguindo dessa vez.

A primeira coisa que vi foi o pescoço da mulher, eu estava com a cabeça sobre seu ombro e meu braço esquerdo sobre seu abdômen. Elevei a cabeça e tive a visão completa de seu rosto: olhos fechados, lábios inchados e o cabelo bagunçado ao redor de sua cabeça. Suspirei.

Após alguns segundos contemplando a vista, decidi levantar. Sai de cima dela lentamente, fazendo esforço para não acordá-la. Sai do quarto passo a passo, cuidando para não tropeçar pelo caminho - já que ser desastrada era um de meus dons. Desci as escadas em busca de seus pais, os achei na cozinha. O pai de Rafa estava sentado tomando café e lendo o jornal, enquanto sua esposa fazia algo no fogão.

— Bom dia — falei. Ambos me olharam,, sorrindo.

— Bom dia minha filha — a mulher falou — sente-se, estou fazendo o café. Cadê a Rafa?

— Dormindo. Acabamos dormindo tarde ontem, ela precisava adiantar algumas coisas do trabalho.

— Eu falei pra dormirem cedo — respondi, sentando ao balcão, junto de Tião.

— Eu sei, mas você sabe como ela é com o trabalho.

— Parece eu quando era mais jovem — o homem se manifestou, bebendo da sua xícara — um dia ela se aquieta, quando ter uma família talvez.

— Quando ter filhos, Tião — ela disse.

— Quem vai ter filhos? — uma Rafaella de cara amassada apareceu na cozinha. Sorri ao vê-la, era incrível como ela era linda em todos os momentos — Bom dia — falou diretamente para mim, sentando-se ao meu lado.

— Bom dia.

— Você, já tá na hora de me dar netos — a mãe dela falava, enquanto colocava dois pratos em nossa frente. O meu com omelete e no de Rafaella uma torrada.

— Eu não vou ter filhos agora, eu já disse pra vocês.

— E quando? — Sebastião perguntou.

— Quando eu decidir que é a hora, e vamos mudar de assunto. Cadê o resto da família?

— Chegam daqui uma hora.

— Filha, você pode dar leite pro bezerro? Ainda gosta de fazer isso?

— Bezerro? — perguntei.

— Sim, tem bicho pra todo lado aqui — ela explicou — Depois do café eu vou lá, pai.

— Você viu se eu terminei de fazer as planilhas ontem? Eu acabei pegando no sono e não lembro.

— Sim — ela comeu um pedaço da sua torrada — faltou só algumas coisas, mas eu termino hoje.

— Eu posso terminar.

— Não, você já ajudou bastante. Obrigada.

— Obrigada nada, eu vou cobrar por isso — brinquei.

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