Acordei com meu estômago revirado e me sentei prontamente, ainda zonza, desnorteada, com a cabeça tinindo de dor.
Massageei as têmporas inchadas e abri os olhos com mais afinco, me situando, apesar de que eu nunca tinha visto nada do que via naquele momento.
Olhei para a coberta pesada que cobria meu corpo e desconheci aquele edredom cinza, como também desconheci o conjunto de moletom que estava vestida.
Virei a cabeça para o lado esquerdo e fitei as cortinas brancas que cobriam as janelas, depois encarei o ventilador de teto que era silencioso e potente, por fim virei o rosto pro outro lado, esbarrando em moveis opacos e cobertos de roupas... Abaixei o olhar e meu corpo solavancou levemente.
Ruggero estava sentado no chão, escorado no colchão, bem perto do meu travesseiro e dormia profundamente com o pescoço torto, uma posição que me parecia extremamente incômoda.
Congelei por alguns segundos, tentando entender aquela cena medonha, mas a minha cabeça estava nublada, dolorida, além de muito atordoada com tantas lembranças que vinham em pequenos trechos entrecortados.
Afastei a coberta e me arrastei pra beirada da cama, descendo bem devagar, tentando não acordá-lo.
Eu tinha que ir embora, buscar entender o que havia acontecido.
O problema foi que assim que pisei no carpete escuro que cobria o chão inteiro, meu tornozelo doeu tanto que um grito sufocado escapou da minha garganta e eu tombei pra trás, caindo sentada novamente.
Meus olhos ficaram empoçados por causa da dor e imediatamente me recordei o motivo disso...
Ah não.
E-eu... Eu pensei que tinha sido só um pesadelo.
Mas...
─ Ei, o que foi? - Ruggero falou com a voz arrastada, mas recheada de preocupação.
Me encolhi fugindo de sua mão que já ia tocar meu pé.
─ Que lugar é esse?
─ O meu quarto. - Respondeu com obviedade, se levantando sem muito esforço e envergando o pescoço pra um lado e depois para o outro, esboçando uma careta de dor. ─ Eu não podia levar você pra casa daquele jeito, então eu te trouxe pra cá.
Franzi a testa.
Meu tornozelo deu outra pinicada forte e mordi o lábio pra não grunhir.
─ Merda. - Balbuciei passando a mão pelo meu pé.
─ Fica tranquila. O Doutor Thiago disse que foi só uma torção leve, mas amanhã você já estará melhor, só precisa colocar um pouco de gelo e não forçar muito. - Ruggero se esticou e apanhou um frasco branco de remédio que estava em cima de uma poltrona de couro bege. ─ Ele também deixou esses comprimidos pra dor, mas antes de tomá-los você precisa comer.
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Império da Sedução
FanficKarol Sevilla é uma mulher rica, poderosa e capaz de transformar qualquer mulher comum em uma mulher que terá qualquer homem a seus pés. Ela sabe todos os truques da sedução e é expert em ter tudo o que deseja. Famosa, linda e bem sucedida. Será? Do...